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terça-feira, 15 de outubro de 2019

Universidade de Aveiro desenvolve espumas 3D com base na cortiça

É um ótimo isolante térmico, é flexível e fácil de produzir. Para além disso, é mais uma forma de aproveitar a cortiça nacional e de promover a economia circular. Uma equipa de investigação da Universidade de Aveiro conseguiu produzir espumas para isolamento térmico com ajuda da cortiça desperdiçada na produção de rolhas. A equipa conseguiu ainda o feito de produzir as revolucionárias espumas através da impressão 3D.

“Sendo a cortiça um material isolante, a sua utilização na produção de espumas 3D de poliuretano [polímero utilizado na produção de vários materiais plásticos] tem a vantagem de ajudar no isolamento, obtendo-se valores de isolamento térmico idênticos às espumas convencionais”, congratula-se Nuno Gama, o investigador responsável por este projeto nascido no Departamento de Química e no CICECO - Instituto de Materiais de Aveiro, uma das unidades de investigação da UA.
Outra das vantagens da utilização da cortiça, mais propiamente das sobras da produção de rolhas, é que, com o uso deste material, se aumentou a sustentabilidade e a flexibilidade das espumas o que pode aumentar a gama de aplicações do material. E com o recurso à impressão 3D a UA abre as portas à produção de espumas com estrutura celular na exata medida das necessidades.
A impressão 3D apresenta diversas desvantagens relativamente às técnicas convencionais, como é o caso dos custos e tempos necessários para a produção das espumas. No entanto, aponta o investigador, apresenta também múltiplas vantagens. “Com recurso a esta técnica, não é necessário a produção de protótipos sendo também possível construir peças com geometrias impossíveis de se obter com recurso a outras técnicas. É ainda possível produzir peças personalizadas”, diz o investigador.
Para além de Nuno Gama, também os investigadores do CICECO Artur Ferreira e Ana Barros-Timmons participam neste projeto de uma equipa que tem uma larga experiência na produção de espumas de poliuretano, para serem utilizadas como isolantes térmicos, sempre a partir de recursos renováveis.

“Neste trabalho foi dado enfoco no isolamento térmico, mas o aumento da flexibilidade que a cortiça proporcionou, pode aumentar a gama de aplicações do material, como por exemplo na absorção de vibrações ou energia sonora”, esclarece Nuno Gama.

O custo associado hoje à produção de espumas 3D torna inviável produzir painéis para o isolamento de habitações, mas com a diminuição dos custos associados à técnica, “poderá no futuro tornar viável a utilização destes materiais no isolamento de produtos com elevado valor acrescentado”.

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segunda-feira, 17 de junho de 2019

Gabriel Couto constrói uma das maiores residências universitárias de Portugal

Na sequência do ambicioso plano de investimentos projetado para Lisboa e Porto para os próximos anos, o grupo “U.hub Investments”, onde pontificam Jaime Antunes, Hugo Gonçalves Pereira e a gestora de ativos Atrium, acaba de confiar a construção do seu maior empreendimento universitário em Portugal ao grupo Gabriel Couto. Este projeto faz parte do programa de investimentos previsto por este grupo promotor, o qual visa tornar, em 2021, a rede U.hub líder no segmento das residências para estudantes em Portugal, com um universo de mais de 1700 quartos e suites.

Esta nova residência universitária, projetada para a zona da Areosa, junto ao Polo Universitário da Asprela, área que concentra o maior número de estudantes universitários do País, resulta de um investimento global superior a 15 milhões de euros, e apresenta-se como uma solução de alojamento estudantil para nacionais e estrangeiros, de elevada qualidade, com excelentes condições, prometendo uma experiência memorável aos novos utentes.
Com a assinatura do atelier de arquitetura “PG Arquitetos Associados”, este empreendimento destinado a acolher a futura residência universitária será constituído por 456 unidades de habitação de diferentes tipologias, distribuídos por 10 pisos acima da cota de soleira, totalizando uma área total de construção de cerca de 14.000 m2. Para a Gabriel Couto este emblemático projeto residencial representa «mais um desafio aliciante a ser alcançado num prazo muito exigente». A Fiscalização desta empreitada estará a cargo da empresa “Tecnoplano - Engenharia e Gestão, S.A.”.
Esta nova residência universitária constitui uma resposta eficiente à reduzida oferta de alojamentos para estudantes que atualmente se verifica na cidade do Porto, através de um modelo que segue os mais elevados padrões de qualidade, incluindo no seu âmbito requisitos e exigências que se enquadram dentro dos parâmetros internacionais de oferta entre este tipo de serviços, tendo presente que muito dos clientes serão estrangeiros que frequentam temporariamente as instituições universitárias da cidade do Porto.

Com uma localização privilegiada e acabamentos de alta qualidade, esta residência universitária irá servir as diversas instituições de ensino superior localizadas no Campus Universitário da Asprela, sendo este o principal polo da Universidade do Porto. A U.hub desenvolveu um conceito de residência orientada por princípios programáticos centrados no conforto, bem-estar e segurança, estabelecendo com base nestes pressupostos um conjunto de requisitos que estruturam o desenvolvimento de um empreendimento habitacional concebido para integrar todas as funções de “habitar” do quotidiano do estudante comum, nomeadamente a função dormir, estar e estudar.
Esta nova residência universitária da U.hub no Porto está organizada em dois núcleos independentes, cujo acesso se processa por duas colunas verticais principais compostas por escadas e elevadores. Nos pisos inferiores localizam-se os espaços coletivos de apoio para as funções lúdicas, convívio, lazer, trabalho e estudo, com áreas generosas e condições de ambiente e equipamentos apropriados para as diversas funções. Para complementar o dia-a-dia dos futuros residentes, este equipamento dispõe ainda de um conjunto de serviços de apoio diversos, nomeadamente lavandaria, arrumos, limpeza, tudo gerido a partir da unidade de operação e gestão do empreendimento.

No que concerne ao estacionamento no exterior, este terá uma capacidade para 57 viaturas, conforme previsto nas condições aprovadas do loteamento, dispondo ainda de uma oferta diferenciada de estacionamento para os diversos tipos de veículos nomeadamente bicicletas e motociclos, apesar de acreditar que a maioria dos futuros residentes se deslocarão a pé para os seus estabelecimentos de ensino, face à localização privilegiada do espaço.

A comemorar os 70 anos de existência, para o grupo Gabriel Couto, "a adjudicação desta empreitada por parte do grupo U.hub Investments constitui um grande motivo de orgulho e sinal inequívoco da confiança que este tipo de empresas e grupos investidores têm vindo a depositar na competência técnica apresentada pela nossa empresa, como entidade responsável pela construção de grandes projetos residenciais e imobiliários".

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sexta-feira, 29 de março de 2019

Paulo Lourenço recebe três milhões para reinventar engenharia sísmica

Foi atribuída a Paulo Lourenço, professor catedrático do Departamento de Engenharia Civil da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, uma bolsa de 3 milhões de euros do Conselho Europeu de Investigação (ERC) para desenvolver uma abordagem inovadora para a avaliação da segurança do património construído com valor histórico, quando submetido a sismos. Este método vai ser desenvolvido nos próximos 5 anos, sendo uma parte da bolsa aplicada na construção de uma nova infraestrutura laboratorial, em Guimarães, que replique os sismos que ocorrem na Terra.

Em declarações à TSF Paulo Lourenço disse que "temos uma infraestrutura excelente no Laboratório Nacional de Engenharia Civil [LNEC], que usamos muito e esta nova será uma infraestrutura para o norte do país, mais pequena mas com equipamento único ao nível do controlo e da observação dos danos. Vai estar a trabalhar quatro anos seguidos a replicar sismos, o que nos dará um manancial de informação experimental que não existe, é totalmente novo".

"Vamos pegar na informação [produzida na nova infraestrutura] e combiná-la com ferramentas de simulação computacional, ferramentas analíticas, que já existem mas que vão ser validadas a outro nível, e acopladas com formulações matemáticas que tentam incluir o regime caótico deste género de estruturas", acrescentou.

Recorde-se que em 2011 Paulo Lourenço venceu o prémio John B. Scalzi.

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quarta-feira, 13 de março de 2019

Eco-cimento produzido com desperdícios de celuloses

Este é, provavelmente, o cimento mais ecológico do mundo. Na receita, para além de utilizar maioritariamente desperdícios das indústrias de celulose que de outra forma iriam para aterros, a produção do cimento ‘verde’ desenvolvido na Universidade de Aveiro (UA) reduz drasticamente o uso de recursos naturais virgens e pode ser produzido à temperatura ambiente, diminuindo consideravelmente o consumo de energia. O resultado é um eco-cimento para construir um mundo mais sustentável.

Desenvolvido para ter as mesmas caraterísticas do cimento comum, mais conhecido como cimento Portland e cuja produção é altamente poluente, o eco-cimento desenvolvido no Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica (DEMaC) da UA assume-se como uma alternativa aos ligantes tradicionais.
“As nossas argamassas geopoliméricas são uma alternativa válida às produzidas com cimento Portland pois têm propriedades que as tornam adequadas para diversas aplicações na construção”, explica Manfredi Saeli, o investigador que a par de Rui Novais, Paula Seabra e João Labrincha desenvolveu o novo material.

De fato, acrescenta o investigador, “os materiais produzidos são altamente sustentáveis, menos poluentes e a sua produção é rentável”. Além disso, “os geopolímeros endurecem rapidamente, exibem uma matriz estável e uniforme, um desempenho mecânico adequado e uma excelente resistência a produtos químicos e ao envelhecimento. Tudo isso torna essa nova classe de cimentos uma alternativa ao cimento Portland válida e sustentável”.
Desenvolvido com recurso a desperdícios da indústria de celulose, nomeadamente cinzas e grãos de cal que de outra forma iriam parar a aterros e que constituem 70 por cento dos ingredientes do eco-cimento da UA (os outros 30 por cento são metacaulino), este material inovador pode ser usado no lugar dos cimentos tradicionais e com níveis de desempenho idênticos.

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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Impressão 3D em cortiça desenvolvida por estudante da Universidade de Aveiro

Já é possível fazer impressões 3D com material 100 por cento biodegradável à base de cortiça. Desenvolvido na Universidade de Aveiro (UA) a partir de resíduos de cortiça resultantes do fabrico de rolhas, o novo material quer ser não só uma alternativa ecológica para qualquer impressora 3D como também dar aos objetos impressos o toque, o odor e a cor que só a cortiça pode dar. Em alternativa aos filamentos sintéticos disponíveis no mercado, cujos ingredientes plásticos não são amigos do ambiente, este material desenvolvido pela estudante Tatiana Antunes para a tese de Mestrado em Engenharia de Materiais “é uma solução totalmente nova”.

A estudante desvenda que se trata de “um filamento compósito que foi desenvolvido recorrendo a uma matriz plástica biodegradável e que incorpora partículas de cortiça que são parte de um resíduo resultante do processo de fabrico de rolhas”.
Biodegradável e solução para a reutilização de desperdícios de cortiça, o filamento apresenta tonalidades castanhas, tem um toque levemente rugoso e, durante o processo de impressão, emite um leve odor a cortiça.

“Temos, assim, um filamento para impressão 3D, com personalidade e amigo do ambiente que pode ser usado para as mais diversas impressões, pois permite a impressão de objetos com uma excelente estética e qualidade, com uma cor característica associada”, aponta Tatiana Antunes.
Este projeto foi desenvolvido na Escola Superior Aveiro-Norte (ESAN) e no Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica, sob orientação dos professores Martinho Oliveira e Elisabete Costa. O trabalho teve ainda o acompanhamento da investigadora Sara Silva, da ESAN, e da Amorim Cork Composites.

>> Recorde o artigo A utilização da cortiça na construção.

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segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Projeto eCO2blocks premiado pela utilização de CO2 na criação de blocos para a construção civil

O projeto português eCO2blocks venceu a final internacional do ClimateLaunchpad, a maior competição de ideias de negócio amigas do ambiente. A tecnologia pretende criar blocos para a construção civil com resíduos industriais, dióxido de carbono e água não potável.

A solução apresentada pela eCO2blocks reduz a utilização de recursos naturais, tem um processo de fabrico 10 vezes mais rápido e 45% mais barato relativamente à opção tradicional com cimento. A ideia, que resulta de um projeto de investigação da Universidade da Beira Interior, foi distinguida com o galardão “Sustainable Production Systems” no valor de cinco mil euros e foi a grande vencedora do ClimateLaunchpad, o que lhe valeu a entrada direta para o programa de aceleração do Climate KIC e um prémio monetário de 10 mil euros.

“Queremos tornar a indústria da construção civil mais sustentável e competitiva ao introduzir tecnologias que possibilitem produzir materiais de construção sem impacto no meio ambiente e com custos de produção reduzidos. E este prémio é um reconhecimento de que estamos no bom caminho e a nossa ideia de negócio tem bastante potencial. A curto prazo queremos finalizar os protótipos e iniciar a produção piloto dos blocos.” afirma Pedro Humbert, promotor do projeto.
O ClimateLaunchpad, uma iniciativa da Comissão Europeia, distingue ideias de negócio cleantech – relacionadas com energias renováveis, eficiência energética, agricultura, água, transportes e tecnologia industrial. Em Portugal, esta iniciativa internacional é promovida pelo UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto e pela SPI – Sociedade Portuguesa de Inovação.

Os prémios foram atribuídos na final internacional que decorreu no dia 2 de novembro, na Escócia. A representar Portugal estiveram, ainda, a CyanoCare, um polímero produzido por uma cianobactéria marinha aplicado a produtos cosméticos, e Spawnfoam, um recipiente moldável que pretende substituir as embalagens de plástico.

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segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Qualidade do ar no Porto pode melhorar com árvores estrategicamente plantadas

Quando colocados estrategicamente os espaços verdes têm um enorme potencial para melhorar a qualidade do ar nas cidades. A conclusão é de uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) que na cidade do Porto estudou o potencial das zonas verdes para reduzir as concentrações de dois dos principais poluentes das cidades nacionais: o dióxido de azoto e as partículas em suspensão no ar. Só estes dois poluentes poderiam ser reduzidos em cerca de 20 por cento com a ajuda da Natureza.

Publicado este mês na revista Atmospheric Environment, o estudo centrou-se no Porto, mais concretamente no bairro do Batalhão dos Sapadores na Rua da Constituição, onde os investigadores do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da UA, e através de modelos numéricos previamente desenvolvidos, simularam a substituição de um bloco de edifícios por um parque verde urbano de 570 metros quadrados.

O trabalho previu os efeitos que a zona verde teria sobre dois dos principais poluentes e ambos emitidos pelo sector dos transportes: as partículas em suspensão suficientemente pequenas para serem inaladas e o dióxido de azoto, poluentes que no Porto, e de uma forma geral nas cidades portuguesas, são os mais preocupantes para a saúde pública.

As conclusões não deixam dúvidas: a existência de uma área urbana junto à Constituição permitiria reduzir, em média, as concentrações de partículas em suspensão no ar em 16 por cento e de dióxido de azoto em 19 por cento, reduções essas que serão maiores ou menores dependendo das condições meteorológicas que se verificarem.

A mesma necessidade por espaços verdes estrategicamente posicionadas se aplicará não só a outras zonas da cidade do Porto como também a outras cidades nacionais. É que apesar das particularidades da morfologia urbana (edifícios, árvores e estradas) da zona portuense onde foi realizado o estudo, e que têm um papel preponderante no microclima urbano e, consequentemente, na qualidade do ar, os modelos numéricos e o método usado pelos investigadores da UA podem ser utilizados em qualquer área urbana.
A investigadora Sandra Rafael

Planear o território a pensar na qualidade do ar
“Estes resultados são explicados pela introdução de árvores que sendo elementos porosos, ao contrário do que acontece com os edifícios, promovem um aumento da velocidade do vento na região em estudo aumentando, consequentemente, a dispersão dos poluentes atmosféricos”, aponta Sandra Rafael, a investigadora que assina o trabalho do CESAM juntamente com Bruno Vicente, Vera Rodrigues, Ana Miranda, Carlos Borrego e Myriam Lopes.

Este estudo permitiu concluir, “através de uma análise quantitativa, o potencial das soluções baseadas na Natureza para a melhoria da qualidade do ar nas cidades, demonstrando que estas podem e devem ser consideradas como um instrumento de gestão da qualidade do ar pelos decisores políticos”, apela Sandra Rafael.

Para além disso, é evidenciado neste estudo que “os benefícios destas soluções estão diretamente dependentes de um adequado ordenamento do tecido urbano”. Isto significa que “o planeamento do território, como é exemplo a seleção do local e áreas a aplicar estas soluções, entre outros fatores, é imprescindível, requerendo que as medidas sejam avaliadas antes da sua implementação, o que só é possível através de modelos numéricos”.

Decisão política apoiada pelos cientistas
“A qualidade do ar à escala local depende fortemente das singularidades de cada área urbana, pelo que a morfologia do território, onde se enquadra a presença da vegetação, e as condições meteorológicas locais são fatores preponderantes. Estamos a falar de um escoamento atmosférico complexo cujo comportamento varia hora a hora”, aponta a investigadora. Apesar desta complexidade, Sandra Rafael garante que “temos hoje disponíveis um conjunto de ferramentas e de conhecimento que nos permitem apoiar a decisão política nesta temática”.

Assim, os resultados deste estudo reforçam a necessidade de integrar o conhecimento e as ferramentas científicas no planeamento urbano, para otimizar o papel das soluções baseadas na Natureza na melhoria da qualidade do ar e da qualidade de vida dos cidadãos. Sabendo que mais de 75 por cento da população europeia vive e viverá em áreas urbanas e conhecendo hoje os efeitos da poluição atmosférica na saúde humana, “é imprescindível garantir um ar de qualidade nas nossas cidades”.

“Sabemos hoje que as designadas soluções baseadas na Natureza para a melhoria da qualidade do ar em ambientes urbanos permitem assegurar múltiplas funções e benefícios num mesmo espaço, podendo ser mais eficientes em termos de custo-benefício”, aponta Sandra Rafael.

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domingo, 9 de setembro de 2018

O curso com melhor média de entrada este ano é de Engenharia Civil... Porque só tem um aluno!

Não é habitual os cursos de engenharia civil figurarem na lista dos cursos com melhores médias de entrada em Portugal, mas este ano há um curso de engenharia civil que entra nessa lista e é inclusive o curso com melhor média de entrada no país. Claro que se não houvesse uma explicação isto seria um bocado estranho num país onde o setor da engenharia civil e construção deixou de ser atrativo comparativamente a outras áreas profissionais. Mas há explicação e resume-se a estarmos a falar de um curso onde entrou apenas um aluno, tendo ele a média excepcional de 18,9. O curso em causa é o de engenharia civil (ensino em inglês) da Faculdade de Ciências Exatas e da Engenharia da Madeira.

Não se pode dizer que não seja uma evolução, este ano antes de se falar dos cursos de engenharia civil que ficaram desertos, fala-se deste caso singular. Infelizmente para o aluno em causa, poderá não lhe valer de muito o mérito que teve em obter a melhor média de Portugal porque como o curso tinha 20 vagas e apenas ele entrou, sujeita-se a que o curso não abra.

Entre os 33 cursos que ficaram desertos, 6 são de engenharia civil, o que confirma a tendência iniciada há muitos anos. O que não se percebe é porque continuam abertos tantos cursos de engenharia civil, sabendo-se que isso põe em causa a qualidade e credibilidade do setor.

Talvez este ano não surja ninguém a proclamar a estranha teoria de que Portugal precisa de importar engenheiros civis. Também se disse que Portugal pode parar por falta de engenheiros civis, mas na realidade não faltam engenheiros civis em Portugal, faltam é boas condições de emprego para estes.
Apenas quatro universidades conseguiram preencher 100% das vagas nos cursos de engenharia civil. Destaca-se pela positiva o Instituto Superior Técnico e a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, que tendo aberto respetivamente 129 e 121 vagas para engenharia civil conseguiram 100% de colocações. A somar a estas duas instituições apenas a Universidade Nova de Lisboa (50 vagas) e o Instituto Superior de Engenharia do Porto (60 vagas) conseguiram também 100% de colocações. Todos os outros cursos de engenharia civil ficaram com vagas por preencher.

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quinta-feira, 28 de junho de 2018

Grupo Casais quer recrutar melhores alunos de Engenharia e Arquitetura

O Grupo Casais reedita o programa Arte e Engenho com o objetivo de captar e reter jovens talentos nas áreas de Engenharia Civil, Engenharia Mecânica e Arquitetura. No total das nove edições, o programa contribuiu para a carreira de 40 dos 43 estagiários que desde 2007 concorreram, o que significa que tem uma taxa de empregabilidade de 93%. Os interessados em participar na décima edição podem candidatar-se até 5 de julho, no website da construtora, e se, selecionados, usufruir de um estágio remunerado de nove meses que, além da experiência em diferentes empresas do grupo a nível nacional, contempla a integração num dos mercados internacionais em que a Casais marca presença por um período até três meses.

De salientar que, dos 40 profissionais que a Casais recrutou para os seus quadros através deste programa, a maioria dos participantes, volvidos cinco anos, desempenham funções de responsabilidade na atividade nacional e internacional da empresa. O número de alunos selecionados será entre oito a 12.

Lançado para captar e reter talentos na área da Engenharia Civil, recursos humanos que, por causa da crise prolongada no setor, estão em défice face às necessidades, esta é a primeira edição em que o programa Arte e Engenho se estende à Engenharia Mecânica e à Arquitetura. Esta extensão assenta no princípio de que a evolução na construção resulta de um trabalho colaborativo entre várias disciplinas.
O objetivo principal é identificar jovens talentos, integrar, formar e desenvolver as suas competências, com o objetivo de desenhar a sua carreira profissional no seio do Grupo. Ao longo do programa de trainee, os estagiários terão a oportunidade de conhecer o ciclo construtivo de uma empreitada, assim como as diferentes áreas de engenharia num negócio vertical, a nível nacional e internacional. Terão, deste modo, a possibilidade de integrar as diferentes equipas e empresas do Grupo, acompanhando todas as fases da obra, desde o processo comercial até às subempreitadas integrais e compras, passando ainda pelos departamentos técnico, de planeamento e de controlo de custos, de produção e de pós-venda. Como complemento, é transmitida a cultura de segurança e de sustentabilidade ambiental que tem de estar por trás de cada obra atualmente.

“É um programa para os esforçados, os curiosos, os determinados, com um sentido de alto compromisso, que acham que conseguem contribuir para a transformação de ideias e sonhos em edifícios sólidos, eficientes e sustentáveis. A promessa do Grupo é de muito trabalho em troca de vasto conhecimento e exposição ao mundo da construção. Para os escolhidos abre-se a porta à possibilidade de um dia ficar associado à construção de edifícios como a Sede da NATO em Bruxelas ou um Estádio do Campeonato Europeu de Futebol, e o reconhecimento por ter deixado a sua marca na construção do hospital ou da escola que contribui para o progresso da sociedade”, como destaca António Carlos Rodrigues, CEO da Casais Engenharia e Construção.
Com uma forte presença internacional, cerca de 60% da atividade do Grupo Casais é gerada em 15 países estrangeiros em que atualmente opera - Alemanha, Angola, Argélia, Bélgica, Brasil, Emirados Árabes Unidos, Espanha, EUA, França, Gibraltar, Holanda, Marrocos, Moçambique, Qatar e Reino Unido. Assim como a Casais, as empresas do setor que conseguiram sobreviver à prolongada crise têm uma forte componente internacional, pelo que esta assume uma importância fulcral para quem quer desenvolver carreira nesta área. Assim, o programa Arte e Engenho inclui um curto período (até três meses) de experiência num outro país para dar ao trainee a oportunidade conhecer novas realidades funcionais, culturais e dinâmicas inerentes ao mercado.
Os candidatos dispõem de um tutor que tem como função orientá-los e acompanhá-los durante o seu percurso numa organização com 60 anos de atividade, de experiência e de contributo para a construção de edifícios e infraestruturas que proporcionam melhores condições de vida a todos os utilizadores.

Para se candidatarem, os recém-formados devem possuir mestrado integrado em Engenharia Civil, Engenharia Mecânica ou Arquitetura; vontade de aprender e evoluir; espírito de excelência e inovação; bons conhecimentos de Inglês e/ou Francês; conhecimentos de outros idiomas; e disponibilidade para projeto internacional a médio prazo. Deverão inscrever-se até 5 de julho em https://www.casais.pt/pt/7-recursos-humanos/3-recrutamento.

Com cerca de 3.500 colaboradores em vários mercados, o Grupo Casais teve, em 2017, um volume de negócios agregado de 355 Milhões de Euros. Apostada numa política de criação de conhecimento, a empresa forneceu no ano passado 40.171 horas de formação. “Num contexto de maior mobilidade, apostamos na construção de conhecimento e, para isso, desenvolvemos uma estratégia para as pessoas. A Casais afirma-se cada vez mais como uma empresa que constrói carreiras”, remata António Carlos Rodrigues.

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quinta-feira, 7 de junho de 2018

Software COAST prevê avanço do mar e dá soluções para o deter

Chama-se COAST, foi desenvolvido na Universidade de Aveiro (UA) e usa um software visionário que simula a evolução da linha de costa para as próximas décadas. Perante o nefasto avanço do mar, o COAST indica ainda que obras de defesa costeira melhor se adequam a cada praia tendo em conta custos e benefícios.

Composto por três ferramentas - projeção da evolução da linha de costa para diferentes cenários de intervenção; dimensionamento da intervenção quando o cenário contempla obras de defesa costeira; avaliação de custos e benefícios da intervenção – o COAST pretende ajudar não só os cientistas a estudarem a erosão costeira como também auxiliar os responsáveis pela proteção da costa na escolha da melhor estratégia para prevenir cenários catastróficos.
“Face à importância económica e social das zonas costeiras e aos problemas de erosão que enfrentam, é de antecipar um aumento dos investimentos necessários à realização e manutenção de intervenções de defesa costeira a curto e médio prazo”, aponta Márcia Lima, a investigadora do Departamento de Engenharia Civil (DECivil) da UA que desenvolveu o COAST.

No entanto, alerta a cientista, “é grande a complexidade associada à escolha da melhor intervenção, uma vez que as soluções economicamente mais atrativas conduzem a maiores perdas de território”. Por outro lado, “as soluções que melhor ajudam a manter ou a ampliar o território são pouco atrativas do ponto de vista económico”. A solução passa por um compromisso entre custos e benefícios.
“A grande mais-valia do COAST em relação às ferramentas já existentes é a integração de três valências importantes na avaliação de intervenções de defesa costeira e o facto de permitir análises custo-benefício das intervenções”, esclarece.

As simulações com o COAST, explica Márcia Lima, “exigem um registo passado e outro atual de batimetria [profundidade do mar] e topografia do local de estudo, e o conhecimento do clima de agitação [estudo das ondas]. É ainda necessário “conhecer o valor atribuído ao território, custos unitários dos materiais e estimativa de custos de manutenção das intervenções, ajustados à realidade do local de estudo”.
“São várias as zonas críticas na costa portuguesa, nomeadamente, a zona do Furadouro, o troço entre a paria da Barra e Mira e a zona a sul da Figueira da Foz”, alerta Márcia Lima cujo trabalho, desenvolvido durante o Doutoramento em Engenharia Civil foi orientado por Carlos Coelho, também investigador do DECivil. Nestas, como noutras zonas suscetíveis de grande erosão “as perdas económicas que podem advir no caso de não serem implementadas medidas de intervenção de defesa costeira são extremamente elevadas”.
“A aplicação da ferramenta deve ser ponderada e realizada com precaução, uma vez que os resultados dependem dos pressupostos admitidos quer na projeção de cenários quer na avaliação de custos e benefícios”, sublinha Márcia Lima. Como tal, “a ferramenta deve ser aplicada por especialistas possibilitando o apoio às entidades decisoras através de serviços de consultadoria”.

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segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Perfis de engenharia civil e as tendências de evolução

Estando em avaliação o mestrado em Engenharia Civil, neste caso, do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), onde leciono gostava de efetuar uma reflexão sobre quais serão as tendências de evolução…

Durante alguns anos, talvez antes de Bolonha, existiam os perfis de Edificações, Estruturas, Vias de Comunicação e Hidráulica. Onde tirei a licenciatura a distribuição era igualmente numa escala descendente de procura por parte dos alunos pela sequência apresentada, sendo cerca de 40%, 30%, 20%, 10% a distribuição de alunos.

Nos últimos anos tem existido uma diminuição bastante significativa de alunos na área, estando atualmente no IPS os perfis de Construção e Estruturas.

Estando a refletir sobre a evolução dos perfis, gostava de partilhar a minha perspetiva para Portugal. Considero que a Construção em si, sempre existirá sendo que a grande parte que acontecesse atualmente está mais relacionada com a Reabilitação. Não sei se vamos continuar nesta perspetiva, se sempre vão avançar novos grandes projetos que necessitem de novas competências…

Os grandes projetos estão relacionados com Vias de Comunicação, sendo que sendo um perfil atualmente pouco usual se tivesse mais relacionado com a Mobilidade Sustentável, tanto em voga atualmente, talvez pudesse ter mais interessados.

Considero que a Reabilitação vai ser uma necessidade nos próximos anos, talvez mesmo se torne uma necessidade contínua, dado o elevado parque edificado que temos em condições para o efeito… Aliás considero que em termos do perfil de estruturas o mesmo devia ter um foco no reforço estrutural, no âmbito da Reabilitação, em especial sísmico!
No meu ponto de vista, julgo que devia existir um perfil mais relacionado com a Manutenção e Eficiência dos Edifícios, instalações e afins. Quando falamos destes conceitos estamos sempre a relacionar com outras áreas de Engenharia relativas aos equipamentos, mas considero, que as estruturas físicas existentes deviam ter igualmente manutenção, dado a sua vida útil ser perspetivada para um período mesmo superior aos equipamentos. A questão da eficiência está igualmente relacionada com a estrutura física.

A Hidráulica, sempre foi no meu ver considerado “o parente mais pobre”. Contudo tivemos grandes obras na área, que continuam a existir, e usualmente muita dificuldade em ter profissionais na área. Bem como não nos podemos esquecer do potencial marítimo do nosso Pais. Temos uma área costeira muito significativa, bem como área marítima. Outro aspeto é a carência de água potável que estamos a atravessar, não será que esta situação vai ser cada vez mais recorrente? Porque não a Hidráulica Sustentável... Não devíamos ir por aí?

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Artigo escrito por Susana Lucas do SEIbySusana.

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segunda-feira, 30 de outubro de 2017

"O país corre o risco de ter que importar engenheiros civis"

O Bastonário da Ordem dos Engenheiros, Carlos Mineiro Alves, em entrevista ao Ensino Magazine volta a afirmar que o país corre o risco de ter que importar engenheiros civis. Ou seja, a Ordem dos Engenheiros, na figura do seu Bastonário, volta a afirmar uma realidade que os seus membros desconhecem. Se perguntar aos membros da Ordem dos Engenheiros, o Bastonário verá que a esmagadora maioria discorda dele. Em que se baseia a Ordem dos Engenheiros para fazer estas afirmações? Será que teve em conta a quantidade de engenheiros civis no desemprego ou em condições precárias e inadequadas de emprego? Será que teve em conta quantidade de engenheiros civis que emigraram "obrigados"?

O que estará errado para a Ordem dos Engenheiros ter uma visão diferente da que os seus membros (e que pagam mensalmente as quotas) têm? Não devia a Ordem dos Engenheiros partilhar a visão dos seus membros?

A propósito disto é apropriado relembrar um artigo aqui publicado sobre este tema: "Um dia destes vamos ter défice de engenheiros civis e vamos ter de importa-los". Ou seja, a temática não é nova, o erro anda a ser repetido... Se os membros da Ordem dos Engenheiros não têm a mesma visão, nem tão pouco saem beneficiados, a quem interessa divulgar isto?

Recordamos também aqui um caso que talvez ajude a Ordem dos Engenheiros a enquadrar-se na realidade que os seus membros vivem: oferta de emprego para engenheiro civil pelo salário mínimo nacional.

Para complementar o assunto, recomendamos ainda outro artigo publicado recentemente: "Metade dos cursos de Engenharia Civil estão vazios mais continuam abertos. Porquê?".

RESUMINDO: 
1 - Há inúmeros engenheiros civis no desemprego, outros tantos em condições precárias de emprego e em condições que deviam ser inaceitáveis para a Ordem dos Engenheiros, e a preocupação é em insistir no "drama" da falta de engenheiros civis e consequente necessidade de importa-los.

2 - Metade dos cursos de engenharia civil estão vazios mas ninguém os fecha, com as consequências negativas que isso tem para a qualidade média do ensino de engenharia civil, assim como para os futuros engenheiros civis.

3 - A quem interessa manter abertos cursos de engenharia civil que estão vazios? A quem interessa tentar encher esses cursos divulgando que vamos ter que importar engenheiros civis? A quem interessa saturar mais um mercado já excessivamente saturado? A Ordem não devia representar os seus membros e os seus interesses?

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quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Bosch marca presença na TechDays com o projeto Smart Green Homes

Nos dias 12, 13 e 14 de outubro a Bosch vai estar presente no Techdays em Aveiro, evento que reforça o setor da Tecnologia e Inovação & Desenvolvimento em Portugal. A empresa irá demonstrar os resultados dos últimos 3 anos de investimento em I&D que têm possibilitado trazer a conectividade para as casas, tornando-as mais inteligentes e amigas do ambiente e melhorando a qualidade de vida de pessoas em todo o mundo.

Durante três dias serão apresentadas algumas das soluções Bosch mais inovadoras no aquecimento de águas domésticas, tais como bombas de calor, esquentadores, caldeiras e equipamentos de aquecimento elétrico. Em exposição estarão também produtos de demonstração com as mais recentes soluções de interface, comunicação e controlo integrado.

O projeto Smart Green Homes, desenvolvido em parceria com a Universidade de Aveiro e cofinanciado pelo Compete 2020 e Fundo Europeu do Desenvolvimento Regional, no âmbito do programa Portugal 2020 já conta com um ano de execução e será uma das referências da presença da empresa. O projeto tem como objetivo o desenvolvimento de soluções integradas para uma nova geração de produtos e tecnologias para ambiente doméstico, elevando os padrões de conforto, segurança e satisfação de utilização a um novo nível e, ao mesmo tempo, dar resposta aos problemas de sustentabilidade do planeta, aumentando a eficiência energética e diminuindo as emissões de gases poluentes e o consumo de água nos nossos produtos.
Esta nova geração de produtos e serviços da Bosch abrange diversas áreas de investigação (Materiais, Energia, Ambiente, TICE – tecnologias de informação, comunicação e eletrónica) e materializa-se em seis linhas de desenvolvimento de produtos e serviços, sendo elas focadas em:

1. Bombas de calor e sistemas de condicionamento e tratamento de ar
2. Aquecimento por combustão de gás
3. Aquecimento eléctrico
4. Tratamento de água
5. Interface e comunicação para equipamentos de conforto
6. Controlo integrado de sistemas residenciais

O projeto Smart Green Homes teve início a 1 de outubro de 2016 e, desde então, contou com um investimento da Bosch de 1 milhão de euros. A equipa conta com o envolvimento de 80 colaboradores da Bosch e 115 investigadores da Universidade de Aveiro. Até ao final do projeto está ainda prevista a contratação de mais 20 bolseiros para completar o quadro já existente.

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quarta-feira, 4 de outubro de 2017

BIM Trends and Innovation (BIMTI 2017)

O ISEPBIM em parceria com a Asidek estão a organizar a 2ª edição do evento BIM Trends and Innovation (BIMTI 2017) com o objetivo de promover e disseminar a metodologia BIM junto das comunidades técnica e académica. O evento BIMTI 2017 irá decorrer no dia 11 de outubro, 4ª feira, entre as 14h00 e as 18h30, no Auditório E, do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP-IPP).

Depois do sucesso da edição do ano passado (BIMTI 2016) que contou com a participação de cerca de 200 participantes e trouxe a Portugal especialistas de renome internacional na área do BIM, a edição deste ano segue a mesma estratégia e irá contar com a presença de especialistas de empresas como a Building Smart UK, Ferrovial, Modelical, Midland Steel, COMSA e FM House, além de oradores nacionais de empresas e instituições de referência como a EDP, TPF Planege Cenor, entre outras. De destacar a presença da Building Smart UK, através do seu responsável Christopher Groome na figura de Keynote Speaker, apresentando o trabalho daquela que é considerada a instituição internacional de referência para o desenvolvimento e adoção de normalização BIM.

O programa do evento inclui 2 sessões direcionadas para aplicação de metodologias BIM nas fases de conceção, projeto, construção e gestão de empreendimentos. As apresentações ilustram aplicações inovadoras destas metodologias não só ao caso de empreendimentos imobiliários de grande dimensão, mas também em áreas emergentes onde o BIM tem assumido um papel de relevo como é o caso das infraestruturas rodoviárias, da proteção costeira, da higiene e segurança no trabalho, entre outras.
A inscrição no evento é obrigatória e deverá ser realizada através da página web do evento até ao próximo dia 9 de outubro.

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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Metade dos cursos de Engenharia Civil estão vazios mas continuam abertos. Porquê?

Parece óbvio que manter abertos muitos cursos de engenharia civil que ficam vazios ou com meia dúzia de alunos é prejudicial e não faz qualquer sentido. Os poucos alunos que lá vão parar têm mais a perder do que a ganhar, a qualidade média do ensino nos cursos de engenharia civil vai descendo - e a sua credibilidade também. Isto afeta a curto prazo o ensino da engenharia civil, e a médio prazo o exercício da profissão.

Algumas questões ficam a pairar sobre o assunto. Quantos mais anos com vários cursos de engenharia civil vazios serão necessários para fechar definitivamente esses cursos? A quem interessa mantê-los abertos?
Imagem retirada da capa do Jornal de Notícias de 17 de Setembro

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segunda-feira, 19 de junho de 2017

Grupo dst e Universidade do Minho com novo projeto no setor da construção

No próximo dia 21 de junho, às 17h30, realiza-se, na Reitoria da Universidade do Minho, a assinatura de protocolo entre o grupo dst e a Instituto de Ciência e Inovação para a Bio-Sustentabilidade (IB-S), para o lançamento da “Cátedra dst/IB-S em construção do Futuro: Automação e Modularização”. A nova cátedra fica sediada no IB-S, nos campi de Gualtar (Braga) e Azurém (Guimarães), e conta com o apoio da Ordem dos Engenheiros. A iniciativa entre as duas instituições tem como objetivo viabilizar projetos associados ao futuro da construção, em temas como Building Information Modelling (BIM), Integração Projeto-Produção, Materiais e Sistemas Inovadores ou Reabilitação da Construção na Economia Circular. A inscrição no evento de inauguração é gratuita mas obrigatória.

Na cerimónia protocolar estarão presentes António Cunha, Reitor da Universidade do Minho, José Teixeira, presidente do Conselho de Administração do grupo dst, Paulo Lourenço, codiretor do Instituto para a Bio-Sustentabilidade, e Vítor Cunha, Titular da Cátedra dst/IB-S.

Após a assinatura da parceria, segue-se, às 18 horas, o debate “Reinventar a indústria para a competitividade. Repensar a construção”, que contará com as intervenções de Francisco Almada Lobo, CEO da empresa Critical Manufacturing, e de Tomo Cerovsek, vice diretor do Departamento de Engenharia Civil e titular da Cátedra em Informática da Construção na Universidade de Liubliana, na Eslovénia. O painel de discussão dedicado à reinvenção da indústria para a competitividade será moderado por Xavier Martin, administrador da dstelecom, e contará com a presença de vários convidados, entre os quais António Pita de Abreu, diretor geral da Universidade EDP, Cláudia Guerreiro, responsável de Projetos e Inovação da Aquapor, Gisela Pires, coordenadora da Área de Sustentabilidade da Corticeira Amorim, Jean Pierre Porcher, da Topos Atelier, e Joaquim Sérvulo Rodrigues, CEO da Armilar Venture Partners.
Sobre o IBS e o grupo dst
O IB-S, projeto bandeira da Universidade do Minho, foi criado para o desenvolvimento de soluções tecnológicas que compatibilizem o ambiente natural com o ambiente construído, através de uma abordagem multidisciplinar, e junta-se agora ao grupo dst, um dos mais importantes grupos nacionais do setor da construção e do imobiliário, com sede em Braga, para modernizar e desenvolver o futuro da construção-civil. O grupo dst atua em seis áreas de negócio distintas – Engenharia e Construção, Ambiente, Energias Renováveis, Telecomunicações, Real Estate e Ventures – e possui um sólido compromisso com a inovação, desenvolvimento tecnológico e políticas empresariais sustentáveis e responsáveis, de forma a se adaptar às mudanças e crescente competitividade do setor da construção.

Sobre o debate “Reinventar a indústria para a competitividade. Repensar a construção”
O desenvolvimento da indústria, desde a 1ª revolução industrial do século XVII, passando pela introdução das linhas de montagem e pela introdução da eletrónica na automação e controlo, resultou hoje na 4ª revolução industrial. A reinvenção da indústria para a competitividade vai-se traduzir em sistemas ligados em tempo real e com capacidade autónoma de otimização. Os desafios são impressionantes e multidisciplinares, incluindo a introdução de equipamentos inteligentes, sensores ciber-físicos embebidos, tecnologias colaborativas e processos em rede. Este desafio é fundamental para a criação de valor e competitividade da Europa, com desafios societais no emprego e nas qualificações necessárias dos recursos humanos. A transformação digital é irrevogável, encontrando-se muito mais desenvolvida nos bens de consumo do que na indústria. Por esta razão, o presente seminário é atual e uma oportunidade única para discutir as implicações desta transformação.

Oradores
Francisco Almada Lobo é licenciado em Engenharia Electrotécnica pela Universidade do Porto. Iniciou a sua carreira no Instituto CIM R&D, seguindo-se a Siemens Semicondutores, em 1997. Ao longo da sua passagem pela Siemens, Infineon e Qimonda, ganhou experiência em diversas áreas de produção tendo, em 2004, liderado a primeira migração de um sistema gestão da produção (MES) numa instalação de elevado volume e sem paragem de fábrica. Entre 2005 e 2009, geriu o Porto Development Center de Infineon e Qimonda, com a implementação de projetos de automação nas fábricas do grupo em todo o mundo. MBA pela Porto Business School (à data Escola de Gestão do Porto), atuou como Chief Operating Officer (COO) da Critical Manufacturing, onde, entre outras áreas, foi o responsável pela unidade de negócios de Produtos. Desde 2010 é o CEO da empresa Critical Manufacturing.

Tomo Cerovsek é Vice Diretor do Departamento de Engenharia Civil e Titular da Cátedra em Informática da Construção na Universidade de Liubliana, Eslovénia. Trabalha como Professor em Comunicação da Engenharia, Projeto Digital, Modelação de Processos, Desenvolvimento Integrado de Produtos, Sustentabilidade e Building Information Modelling (BIM). É Professor Convidado no Instituto de Tecnologia de Dublin, Irlanda, onde leciona o módulo de execução, planeamento e protocolo BIM e tutor no curso de Problem Based Learning na Universidade de Stanford, EUA. Como autor publicou vários artigos na temática do BIM. Lidera também a transferência de tecnologia BIM para Sistemas Fiáveis para Engenharia Integrada e Gestão de Instalações, com especial ênfase nas aplicações BIM. Trabalha como consultor nas metodologias da modelação BIM nas áreas da construção e projetos tecnológicos.

Programa
17:30 Assinatura do protocolo Cátedra dst/IB-S
António M. Cunha | Reitor da Universidade do Minho
José Teixeira | PCA do grupo dst
Paulo B. Lourenço | Codiretor do Instituto para a Bio-Sustentabilidade
Vítor Cunha | Titular da Cátedra dst/IB-S

18:00 A revolução 4.0 na indústria
Francisco Almada Lobo | CEO Critical Manufacturing

18:20 Digital construction for advanced information management in the built environment
Tomo Cerovsek | Cátedra em Informática da Construção na Universidade de Liubliana, Eslovénia

18:40 Painel de discussão
Moderador | Xavier Martin | Administrador dstelecom

António Pita de Abreu | Diretor Geral da Universidade EDP
Cláudia Guerreiro | Responsável Projetos e Inovação Aquapor
Francisco Almada Lobo | CEO Critical Manufacturing
Gisela Pires | Coordenadora da Área de Sustentabilidade Corticeira Amorim
Jean Pierre Porcher | Topos Atelier
Joaquim Sérvulo Rodrigues | CEO Armilar Venture Partners
José Teixeira | PCA do grupo dst
Nuno Pinheiro | Diretor da Casais Engenharia e Construção, S.A.
Tomo Cerovsek | Universidade de Liubliana

20:00 Verde de Honra

Inscrições: Paula Nunes | Tel: 253 601 580 | e-mail: pnunes@ib-s.uminho.pt

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sexta-feira, 28 de abril de 2017

Dicas para uma entrevista de emprego de sucesso

Quando se aproxima uma entrevista de emprego é natural que o entrevistado se prepare antecipando o que deve dizer e o que não deve dizer, a forma como deve focar os assuntos que lhe são vantajosos e a forma como deve contornar os menos interessantes para a sua situação. A Bosch reuniu algumas recomendações para os universitários que vão participar no seu roadshow de recrutamento nas universidades portuguesas. São dicas para universitários, mas muitas aplicam-se também a pessoas com experiência. De seguida apresentamos as dicas para uma entrevista de emprego de sucesso.

Fala com mais pormenor sobre os teus projetos.
Que projetos ou conquistas realizaste ultimamente? Conte à empresa as principais dificuldades, desafios e oportunidades que enfrentaste. Explica como geriste o teu tempo e estabeleceste prioridades.

Não deites fora as tuas recordações! Vais precisar delas.
Para a Bosch, é importante que partilhes as experiências que te marcaram ao longo da tua vida académica e pessoal. O que aprendeste com elas?

Mostra um pouco de ti.
Não precisas de contar a tua vida toda, mas mostra em que é que és realmente bom e aquilo em que podes melhorar. Ficarás surpreendido com as oportunidades que as empresas têm para desenvolver as tuas competências.

Sê dinâmico!
Mais do que as competências técnicas – hard skills – atualmente as empresas valorizam as soft skills. Demonstra o teu lado proactivo, criativo, autodidata dando exemplos.

O que valorizas no trabalho?
Ao longo da entrevista, dá a conhecer o que privilegias num local de trabalho. O que te faz feliz?
Não tenhas receio de colocar questões!
Empresas como a Bosch apreciam a curiosidade e o envolvimento dos candidatos. Não tenhas receio de fazer perguntas sobre a vaga à qual concorreste.

A preparação é importante.
Para a Bosch, um dos pontos mais importantes numa entrevista é a preparação. Nunca vás para uma entrevista de emprego sem te preparares. Geralmente, nos websites e redes sociais das empresas podes recolher informação que te fará brilhar.

Comunica com precisão e detalhe e não te esqueças de adotar uma postura correta.
Tenta não divagar enquanto falas e não te limites a responder ‘sim’ ou ‘não’. Estrutura bem o teu pensamento e partilha-o com o entrevistador. A tua forma de estar é essencial para passar uma boa impressão de ti próprio. Coisas simples como contacto visual, a posição na cadeira, a empatia e o à-vontade com o entrevistador fazem toda a diferença.

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domingo, 29 de janeiro de 2017

Grupo dst atribui bolsas de estudo a estudantes da Universidade do Minho

O grupo dst entregou bolsas de estudo e mérito a alunos do curso de Mestrado Integrado em Engenharia Civil da Universidade do Minho, continuando assim a sua política de apoio à Educação, que há muito é uma marca distintiva da empresa. Este ano, foram assinados contratos para quatro novas bolsas (com os estudantes Ana Fernandes, Ângela Alves, Antónia Ivanova e Jorge Silva) e a renovação de uma outra, com o aluno Tiago Silva.

O valor das bolsas é igual ao total da propina anual no Curso de Mestrado em Engenharia Civil da Universidade do Minho e as mesmas são atribuídas, em forma de cheque, no início de cada ano letivo. Para a continuidade da bolsa ao longo do curso, os alunos contemplados devem ter aprovação em todas as unidades curriculares, com o máximo de uma em atraso, e estar entre os dez melhores classificados em cada ano. O grupo dst disponibiliza ainda ao aluno um mês por ano na empresa, para uma aproximação à realidade do trabalho, assim como oferece um estágio remunerado no final do mestrado, em condições de mercado.
Para José Teixeira, presidente do Conselho de Administração do grupo dst, a atribuição destas bolsas “faz parte da política de responsabilidade social da empresa e, mais especificamente, do compromisso que mantemos no que concerne à promoção do conhecimento e à qualificação dos estudantes portugueses”, frisando ainda que “é também importante em termos empresariais, uma vez que permite à empresa identificar de forma direta os quadros que podem significar uma mais-valia para a sua atividade”. Por fim, conclui que “sempre interessou ao grupo dst que um talento não se perca por falta de recursos financeiros das famílias e a atribuição de bolsas facilita a vida às famílias carenciadas”.

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domingo, 6 de setembro de 2015

Cursos de engenharia civil mais uma vez desertos

A tendência dos últimos anos mantém-se e os cursos de engenharia civil continuam a ficar desertos, consequência natural do estado a que chegou o setor da engenharia civil em Portugal. Metade dos cursos de engenharia civil ficou sem alunos na primeira fase. Recorde-se que já aqui demos conta que engenharia civil e arquitetura são os cursos que garantem mais desemprego em Portugal.

Na Universidade do Algarve ninguém foi colocado em engenharia civil. Na Universidade de Coimbra foram colocados 12 alunos, tendo sobrado 93 vagas. A Universidade Nova de Lisboa preencheu cerca de metade das vagas em engenharia civil, tendo ficado 29 por preencher.

A Universidade do Minho continua a não conseguir preencher as vagas, tendo apenas 13 colocados, mesmo se sabendo que os 15 primeiros colocados não teriam que se preocupar com as propinas. Conclui-se assim que apesar da sedutora oferta da Universidade do Minho e das empresas suas parceiras, a sociedade continua a olhar de canto para o futuro nos novos engenheiros civis portugueses. Ficaram 27 vagas por preencher.

Melhor resultados apresenta a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) que preencheu a totalidade das 130 vagas que tinha. O Instituto Superior Técnico (IST), apesar de não preencher a totalidade das vagas como a FEUP, conseguiu preencher 127 das 145 vagas.

Relativamente aos institutos politécnicos o resultado é desastroso. Em 443 vagas apenas 11 foram preenchidas, 9 no Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), 2 no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL). Quer o ISEP quer o ISEL tinham 75 vagas cada para preencher.

Consulte todos os dados sobre as colocações nos cursos de engenharia civil clicando aqui.

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sexta-feira, 17 de julho de 2015

Engenharia Civil e Arquitetura são os cursos com maior desemprego

Estamos na altura em que os estudantes têm que decidir quais os cursos superiores em que pretendem entrar e com o elevado número de desemprego existente, a tendência é as escolhas se direcionarem mais para os cursos que garantem mais emprego, evitando aqueles que levam ao desemprego mais facilmente. Engenharia civil e arquitetura são os cursos que lideram a tabela do desemprego. No extremo oposto está medicina, com 100% de empregabilidade.

Segundo a estatística divulgada pelo Ministério da Educação e Ciência, em junho de 2014 estavam 282 graduados em Engenharia Civil do Instituto Superior Técnico à procura de trabalho. De acordo com os dados mais recentes da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, o curso, que contabiliza 4076 diplomados entre 1983-84 e 2013-14, é o que tem maior número de licenciados inscritos nos centros de emprego.

Veja de seguida a tabela que o Diário de Notícias publicou com os dados sobre os cursos que garantem mais emprego e os cursos que garantem mais desemprego.
Estes dados servem para perceber quais são os cursos que atualmente geram mais emprego e mais desemprego, mas devem ser analisados com atenção e cuidado, pois tem que se ter em conta os dados absolutos e relativos.

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