Investimento estrangeiro no imobiliário no Porto e Norte superior à média nacional
Estabilidade e resiliência do segmento residencial
Também a procura de imóveis tem registado nos últimos anos níveis nunca antes vistos em Portugal. Na análise ao total de casas vendidas nos últimos cinco anos, é possível verificar a tendência de crescimento ano após ano, com particular incidência para os grandes centros urbanos (Porto e Lisboa), responsáveis por mais de metade das vendas registadas em Portugal. A elevada procura do setor, dinamizou inicialmente o mercado da capital, tendo-se dissipado posteriormente para a cidade do Porto.
No final do ano passado, as perspetivas delineadas para 2020 eram as melhores, com o mercado a registar taxas de crescimento elevadas. Contudo, em virtude do contexto pandémico, as estimativas atuais apontam para um ano abaixo das previsões, com um desaceleramento nas vendas de habitações. Ainda assim, os especialistas do setor preveem que ultrapassada a pandemia seja retomado o ritmo e a tendência de crescimento registada nos últimos anos.
Segundo João Nuno Magalhães, diretor-geral da Predibisa, “Nos últimos anos, o Porto tornou-se ponto de atração para o investimento internacional. Falamos de uma região cada vez mais conhecida como destino para a instalação de empresas com serviços de valor acrescentado, uma vez que os seus argumentos são fortíssimos para este tipo de ocupantes. Além dos custos competitivos do imobiliário, há ainda uma força de trabalho altamente qualificada, um ecossistema académico e de Investigação & Desenvolvimento (I&D) muito forte, um clima mediterrâneo e um custo de vida acessível, tudo isto num país que é considerado um dos mais seguros do mundo. Tem sido percetível na última década que esta realidade da região do Grande Porto é muito mais apelativa para a maioria das empresas do que noutros destinos europeus concorrentes. O responsável acrescenta que “ainda que esta crise seja diferente de todas as anteriores, o imobiliário é e continuará a ser um refúgio para os investidores e isso não vai mudar”.