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terça-feira, 6 de março de 2018

Ramos Catarino volta às mãos da família Catarino

A construtora Ramos Catarino está de volta às mãos da família Catarino, depois desta ter adquirido a participação de 75% detida pelo Fundo Vallis, segundo avança o Eco. Em comunicado o Fundo Vallis diz que “o Vallis Construction Sector Consolidation Fund, anuncia que estabeleceu um acordo de alienação da sua participação de 75% no grupo Ramos Catarino, ao Eng. Vítor Catarino e ao Dr. Jorge Catarino, que por intermédio deste acordo passam a deter a totalidade do respetivo capital social”.

Segundo o referido comunicado este negócio “dá uma oportunidade à família Catarino de continuar o ciclo de crescimento de volume de negócios e de carteira de obras iniciado em 2017, onde foi possível estabilizar as operações após a aprovação do PER em 2016, bem como retomar a confiança dos clientes e parceiros do grupo Ramos Catarino, amplamente reconhecido pelo mercado pela qualidade dos seus quadros e dos seus projetos”.
Com esta operação, o Vallis Construction Sector Consolidation Fund alienou a totalidade dos seu ativos, concluindo assim “um ciclo de intervenção na reestruturação de construtoras em graves dificuldades financeiras e operacionais” através do qual “deu o seu contributo ao nível da gestão na execução de processos de consolidação empresarial, adaptação estratégica e eficiência operacional”.

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quarta-feira, 15 de julho de 2015

Queda de andaimes numa obra da Britalar causa 5 mortos e vários feridos

O desabamento de andaimes na construção de um edifício na Rua dos Desportistas, na baixa da cidade de Maputo em Moçambique, causou a morte a 5 trabalhadores e pelo menos 6 feridos, entre os quais 4 em estado grave. Esta obra, que servirá para escritórios do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), pertence ao grupo JAT e a execução da mesma está a cargo da Britalar. A fiscalização da obra é da responsabilidade da IDTO - Consultores.

No momento do acidente estavam 20 trabalhadores em obra. O governo moçambicano já declarou que vai fazer tudo para apurar todas as causas e responsabilidades deste acidente. Entretanto a obra foi embargada e foi criada uma equipa multissectorial para proceder às investigações necessárias.

Um técnico de peritagem de uma empresa de seguros já afirmou que havia um grave problema de segurança, nomeadamente pelo facto dos trabalhadores não estarem presos à linha de vida. A somar e este problema, falta saber a razão pela qual os andaimes desabaram.

De seguida mostramos uma imagem e um vídeo com uma reportagem da Folha de Maputo já realizada no local:


PROBLEMAS DA BRITALAR EM MOÇAMBIQUE NÃO SÃO DE HOJE

A Britalar tem tudo diversos problemas em Moçambique desde que iniciou a sua actividade neste país africano em 2011. O início da sua actividade foi com a vitória no concurso da reabilitação de fundo da Avenida Julius Nyerere, vitória essa que logo na altura causou estranheza pela diferença de mais de 5 milhões de dólares para o segundo classificado do concurso. Esta obra devia ter sido concluída em Dezembro de 2012, mas ainda está por concluir, tendo o dono de obra rescindido o contrato em Janeiro do presente ano. Mas não é só o atraso que trouxe má fama à empresa portuguesa, é que em Maio de 2013 já a obra apresentava muitos sinais de degradação, tendo mesmo aparecido na estrada buracos enormes. Na altura diversos especialistas alegaram que a construção daquela empreitada tinha violado diversas regras básicas da construção de estradas, como por exemplo não se poder executar determinados trabalhos em períodos de chuva.

FUTURO DA BRITALAR EM MOÇAMBIQUE

A fama de incumprimento de prazos e de má qualidade na execução dos trabalhos a somar a este acidente de extrema gravidade serão motivos que poderão fechar algumas portas em Moçambique à Britalar.

BRITALAR EM PORTUGAL

Relembre-se que em Portugal a Britalar foi integrada no Fundo Vallis que originou o Grupo Elevo. Esta integração ocorreu após diversos rumores sobre a venda da Britalar, e sobre situações de dívidas que vieram a público. Segundo uma funcionária da empresa, a determinada altura, tudo o que a Britalar tinha estava penhorado.

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sexta-feira, 13 de junho de 2014

Britalar integrada no fundo Vallis

O fundo Vallis vai absorver a Britalar depois da transacção ter sido aprovada pelos credores e homologada pelo Tribunal de Braga. O fundo Vallis procedeu nos últimos anos à fusão de quatro empresas (Edifer, MonteAdriano, Hagen e Eusébios), lançando a nova marca Grupo Elevo, grupo ao qual se junta agora a Britalar.

No final do ano passado a Britalar entrou em Processo Especial de Revitalização, e desde então que estava prevista a entrada no fundo Vallis.

As empresas que pertencem ao fundo Vallis permanecem juridicamente independentes. Este conjunto de empresas disputa já o terceiro lugar com a Soares da Costa no ranking do sector, sendo apenas superado pela Teixeira Duarte e Mota-Engil.
Entretanto o fundo Vallis vai apresentar um Plano Especial de Revitalização para Eusébios, empresa que também é de Braga (em tempos conhecida como a cidade dos empreiteiros).

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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Fundo Vallis passa a Grupo Elevo

O Fundo Vallis, constituído pela Edifer, Hagen, MonteAdriano e Eusébios, passou a denominar-se Grupo Elevo. Na apresentação do novo grupo, o seu presidente executivo, Pedro Gonçalves, afirmou que "a nova marca representa nossa coesão, debaixo da qual trabalharemos em conjunto”. Esta sessão contou  ainda com a presença de Pedro Rodrigues, chief financial officer (CFO) do Grupo Elevo e de Paulo Ferreira, o novo chief operating officer (COO) do grupo.

O presidente executivo do Grupo Elevo diz ainda que “seguramente, nos próximos anos, o mercado nacional não poderá representar qualquer espaço de relevo na estratégia de um grupo da construção. Obviamente desejamos criar as condições para poder vir recrutar no mercado português, mas que estejam disponíveis a colocar o seu ‘know-how’ e o seu conhecimento ao serviço de um projecto que tem 70% do volume de negócios internacional, com tendência para crescer”.

Prevê-se que o Grupo Elevo venha a ter mil milhões de euros de volume de facturação anual. Até agora, dos mais de 3.000 funcionários do grupo, 400 foram despedidos, situação que acontece também por haver sobreposição de funções das quatro empresas do grupo.

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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Eusébios confirmada no Fundo Vallis

Está confirmada a aquisição da Eusébios por parte do Fundo Vallis, situação que já se esperava ao longo das últimas semanas. Como o Engenharia e Construção adiantou em primeira mão em Outubro, o processo de compra da Eusébios por parte do Fundo Vallis apenas estava preso por detalhes. Esta é a quarta aquisição de grandes construtoras por parte do Fundo Vallis, depois da compra da Edifer, da MonteAdriano e da Hagen.

Os problemas financeiros da Eusébios tornaram-se públicos nos últimos meses, nomeadamente a questão de salários em atraso e de dívidas a fornecedores.

Pedro Gonçalves, presidente do Fundo Vallis, considera que chegado a este ponto o fundo atingiu a massa crítica definida quando se deu a sua criação. No entanto, a porta fica aberta a novas aquisições de grandes construtoras, caso se justifique o interesse do Fundo Vallis.

Questionado pelo Jornal Económico sobre a razão da compra da Eusébios, Pedro Gonçalves afirma que "a integração da Eusébios no fundo Vallis vem permitir o reforço da nossa competência na construção de edifícios e de infraestruturas, assim como na engenharia ambiental. Também nos permite entrar em mercados novos, como Marrocos e Argélia, além de também estar presente em Angola. Ainda a nível geográfico, a Eusébios, no âmbito do projecto nacional, proporciona um grande reforço da presença na região de Braga e arredores".

O objectivo para este ano é que mais de 70% da facturação das participadas do Fundo Vallis seja proveniente do mercado externo. Neste momento, o conjunto das quatro participadas do Fundo Vallis (Edifer, MonteAdriano, Hagen e Eusébios) entra no top 5 do sector da construção em Portugal.

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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Cinco empresas portuguesas vão construir 50 mil habitações na Argélia

Cinco empresas portuguesas (Gabriel Couto, Fundo Vallis, Prébuild, Recer e Painhas) vão construir 50 mil habitações na Argélia, num investimento que ascenderá aos dois mil milhões de euros. Este negócio entre Portugal e a Argélia vai ajudar a criar negócio nestas e noutras empresas portuguesas, além de dar um forte impulso às exportações em Portugal. Convém recordar que o Fundo Vallis inclui as empresas Edifer, MonteAdriano e Hagen.

O acordo prevê que inicialmente sejam construídas as 50 mil habitações, mas depois pode-se alargar à reabilitação de outros edifícios, assim como ao acompanhamento e gestão dos projectos e realização de equipamentos públicos.

O protocolo assinado hoje entre Portugal e Argélia estabelece que vão ser criadas sociedades de capital misto entre as empresas envolvidas e deverá ter início já no primeiro trimestre do próximo ano.

Segundo António Almeida Henriques, secretário de estado adjunto da economia, "as cinco empresas que integram a missão empresarial são muito especializadas na vertente da pré-construção muito utilizada na Venezuela, Moçambique e Angola", acrescentando que "estas empresas permitem uma construção rápida e com qualidade, através de estruturas metálicas e painéis".

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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Entrevista de Pedro Gonçalves do Fundo Vallis ao Público

Pedro Gonçalves, ex-presidente da Soares da Costa e actual presidente do Fundo Vallis, deu uma entrevista ao Público na sequência da compra da MonteAdriano e da Hagen onde abordou alguns assuntos muito pertinentes para o sector da construção na actualidade. Nesta entrevista Pedro Gonçalves aborda os possíveis despedimentos da Edifer, MonteAdriano e Hagen, as três empresas constituintes do fundo por ele liderado, os objectivos a cumprir pelo Fundo Vallis, assim como a possibilidade de comprar mais empresas. De seguida abordamos alguns pontos da entrevista, deixando no fim o link para a mesma.

Compra da MonteAdriano e da Hagen

Segundo Pedro Gonçalves os casos das duas empresas são diferentes. Na MonteAdriano "houve a consciência de que, para manter uma dinâmica de crescimento e de internacionalização, se tornava imprescindível encontrar massa crítica por força de parcerias, de alianças ou de um projecto mais alargado. Os accionistas da família Monte entenderam que, no ciclo em que a empresa se encontrava, não haveria condições para manter uma lógica de continuidade isolada". No caso da Hagen a empresa "sentiu que os seus recursos só poderiam ser utilizados e as suas dívidas só poderiam ser satisfeitas se passasse a fazer parte de uma realidade onde pudesse ter mais força no mercado internacional. Ou seja, foi uma necessidade mais imposta por esta abrupta viragem no mercado nacional". A grande parte da dívida destas duas empresas era à banca.

O futuro das empresas do Fundo Vallis

O presidente do fundo revela que num destes dias uma nova marca de referência surgirá e que essa empresa de construção não se chamará Vallis. Afirma também que, "para já, haverá uma primeira fase de integração de áreas, sobretudo de apoio e backoffice, mas também a nível de estrutura comercial e de produção. Não faz sentido que as empresas continuem a aparecer isoladamente e em concorrência nos concursos. Teremos de identificar qual terá as valências mais adequadas para cada tipo de obra". Acerca das marcas Edifer, MonteAdriano e Hagen Pedro Gonçalves deixa no ar a ideia de que não irão desaparecer, mas diz também que "vamos criar uma marca comum, que seja o aglutinador de uma nova cultura, não que queiramos rejeitar as culturas que há em cada um dos grupos. Esse é um dos maiores desafios com que nos deparamos".

A inevitabilidade dos despedimentos nas três empresas do fundo

Pedro Gonçalves aponta duas razões principais para justificar a inevitabilidade de despedimentos na Edifer, MonteAdriano e Hagen. "A primeira, que será a menos importante, é o facto de num processo de fusão haver sempre funções redundantes. Naturalmente há uma parte da força de trabalho que deixará de poder ser utilizada. É verdade que há uma estratégia de internacionalização que permitirá contrabalançar, mas não chega". "O segundo aspecto é o facto de haver segmentos de colaboradores que, se as empresas não recrutarem no mercado local, não serão competitivas, já para não falar do facto de haver países cujas regras laborais o impõem. Aquilo que temos dito aos colaboradores é que acreditamos que este projecto permitirá preservar a maioria dos postos de trabalho. Infelizmente, não podemos escamotear que teremos de efectuar reduções de pessoal em cada uma das empresas". Dos 2200 empregados que as três empresas somam, não revela qual a percentagem que vai ser despedida. Deixa apenas saber que esse processo será menos intensivo nas empresas que já vieram a escolher esse caminho nos últimos meses.

Objectivos do Fundo Vallis

Um dos principais objectivos é que 90% da facturação provenha da actividade internacional. "E estes 90% de receitas provenientes de actividades internacionais queremos que venham relativamente bem distribuídos. Desejamos que nenhum mercado isoladamente represente mais do que 20% a 25% do total do volume de negócios. Sendo a actividade da construção cíclica, é importante não criarmos uma dependência excessiva". Esta questão da dependência excessiva é fundamental, será muito bom se for cumprida.

Futuras compras por parte do Fundo Vallis

"Temos mais alguns dossiers em estudo, mas não posso revelar mais, até porque não posso garantir que vão resultar em transacções. O processo de compras ainda não está fechado, mas sentimos hoje que criámos a plataforma-base para pôr de pé o novo grupo. Permanecemos, no entanto, abertos a poder fazer outras aquisições."

Leia a entrevista de Pedro Gonçalves ao Público na íntegra clicando aqui.

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terça-feira, 18 de setembro de 2012

Edifer vai despedir 200 trabalhadores

Albano Ribeiro, o presidente do sindicato da construção de Portugal, afirmou hoje que a Edifer se prepara para despedir 200 trabalhadores no inicio do próximo mês revelando que no sindicato "começaram a ser contactados na sexta-feira pelos trabalhadores da Edifer que tinham sido informados do despedimento colectivo de 200 pessoas". O sindicato já fez chegar à Edifer um pedido de reunião para discutir esta situação.

No entanto Albano Ribeiro acaba por constatar que "é insustentável manter os trabalhadores na empresa quando não há trabalho". Acerca da responsabilidade da grave crise que o sector da construção atravessa em Portugal, o líder sindical não tem dúvidas que "a culpa deste problema grave no sector é do ministro da Economia (Álvaro Santos Pereira)", e acrescenta que "a revolta dos trabalhadores vai surgir a curto prazo".

Em Março do presente ano Vera Pires Coelho renunciou a todos os cargos na Edifer, permitindo assim a aquisição da empresa por parte do Fundo Vallis, fundo esse que entretanto também comprou a MonteAdriano e a Hagen.

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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Vallis compra MonteAdriano e Hagen

O Fundo Vallis fechou a compra da MonteAdriano e da Hagen na semana passada, juntando-se assim estas duas empresas à Edifer que tinha sido comprada em Março. Já não constitui surpresa a crise que as construtoras atravessam, e para algumas das maiores a entrada no Fundo Vallis surge como a tábua de salvação que permite às empresas não fechar. A ex-presidente da Edifer, Vera Pires Coelho, deu uma entrevista após a venda da sua empresa ao Fundo Vallis na qual destacamos a sua opinião sobre a compra de grandes empresas por aquele fundo segundo a qual "A entrada da Edifer no fundo Vallis, alvo de algumas críticas no presente, não será considerada negativa daqui por seis meses, e já terá a companhia de outras grandes construtoras".

Entretanto outras empresas terão tentado a sua salvação através do Fundo Vallis, mas foram rejeitadas por não estarem reunidos os pressupostos exigidos pelo fundo. Entre essas empresas estarão a FDO e a Ensul Meci, empresas que entraram em insolvência durante este ano. O Fundo Vallis demonstra assim que não está a absorver empresas apenas porque sim, mas que tem critérios para essa acção e que pretende empresas com condições de sustentabilidade para o futuro.

No que diz respeito à MonteAdriano, empresa formada em 2005 com a fusão da Monte e Monte e da Adriano, fonte oficial da empresa disse que "Tendo em conta a conjuntura do sector e do País, a administração da MonteAdriano sempre se mostrou empenhada em ser um actor activo na consolidação do sector. Acreditamos que esta é a única estratégia de longo prazo com viabilidade para a área" e que "a entrada no fundo permite-nos fazer face a restrições que sozinhos não conseguiríamos ultrapassar". Em carteira, a MonteAdriano "tem cerca de 560 milhões de euros contratualizados, sendo mais de 60% respeitante ao mercado internacional" e o exercício de 2012 "será bastante positivo para a empresa, tendo em conta que o número de obras em curso, a nível nacional, representa um aumento de 20% face a 2011".

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quarta-feira, 18 de abril de 2012

A entrevista de Vera Pires Coelho

Vera Pires Coelho, ex-presidente da Edifer, deu uma grande entrevista ao Expresso no início de Abril onde tem algumas passagens muito interessantes. Vera Pires Coelho chegou à liderança da Edifer aos 33 anos (há 22 anos atrás) após a morte do seu pai. Formada em economia, Vera Pires Coelho conseguiu levar a Edifer a figurar entre a lista das grandes construtoras portuguesas. De seguida vamos falar de algumas passagens da entrevista que Vera Pires Coelho deu ao Expresso, onde, entre outros assuntos, aborda-se a crise da Edifer, a tentativa de fusão com a Engil, o futuro da construção em Portugal, e o futuro da agora ex-presidente da Edifer.

A ORIGEM DA CRISE DA EDIFER

Segundo Vera Pires Coelho o erro foi a empresa financiar-se com a actividade corrente dado não conseguir financiamento. Este erro foi provocado pela crise da economia que limitou o acesso ao financiamento por parte das empresas. A somar a isto os clientes da empresa não conseguiam vender, e por consequência não pagavam, o que levava a que os fornecedores da Edifer também não pudessem receber, e o ciclo não parava. A situação da Edifer tornou-se insustentável. E ao contrário do que se diz, a culpa não foi do negócio imobiliário que apenas representa 5% a 10% do volume de negócios.

DÍVIDAS DO ESTADO À EDIFER

O valor anda entre 30 a 40 milhões de euros. Além disto, a ANA - Aeroportos de Portugal rescindiu um contrato com a Edifer, originando um litígio em tribunal onde a construtora se afirma lesada em alguns milhões de euros, quer do contrato rescindido, quer de uma obra anterior.

DESPEDIMENTOS E SALÁRIOS EM ATRASO NA EDIFER

A Edifer conseguiu negociar as rescisões abaixo do que é habitual, cerca de 0,7 salários por ano de antiguidade. Em Novembro tinham já reduzido o número de pessoas em 700. Além disto houve trabalhadores com 4 meses de salários em atraso. A ex-presidente da Edifer atribui à cultura empresarial a responsabilidade por apesar destes factos nunca ter havido uma manifestação à porta da empresa e outras medidas do género por parte dos trabalhadores. A comunicação constante com os trabalhadores foi decisiva na calma com que a Edifer conseguiu passar estes momentos.

APROXIMAÇÃO DA EDIFER À ENGIL E À OPCA

Em 1996 a Edifer fez uma aproximação à Engil para tentar uma fusão das empresas. A negociação durou 6 meses mas acabaria por falhar no fim, trazendo alguma instabilidade à empresa nos anos seguintes. Mais tarde a empresa tentaria a aproximação com a OPCA, mas as negociações falharam e terminaram mesmo quando a OPCA comprou a Sopol e deu origem à OPWAY.

CONSTRUÇÃO EM ANGOLA

Apesar da crise da empresa em Portugal, o negócio em Angola corria bem. O problema é que o Grupo Gema, sócio com 50%, restringiu a liberdade de repatriamento de capitais, o que levou a que não se conseguisse utilizar os milhões conquistados no país africano para equilibrar a construtora em Portugal. A realidade em Angola é assim, e quem para lá vai tem que perceber que o funcionamento é este.

PANORAMA ACTUAL DAS GRANDES EMPRESAS DE CONSTRUÇÃO EM PORTUGAL

A legislação sobre as insolvências é uma aberração na opinião de Vera Pires Coelho, e provoca um grande dano, muitas vezes por dívidas pequenas. A ex-presidente da Edifer percebe que para pequenas empresas muitas vezes é o desespero que as motiva, por não terem dinheiro para sequer pagar a mão-de-obra, mas isso acaba por prejudicar irremediavelmente a estabilidade e imagem das empresas de quem se pede insolvência. Actualmente, das grandes construtoras, só a Teixeira Duarte paga a tempo e horas. A entrada da Edifer no fundo Vallis, alvo de algumas críticas no presente, não será considerada negativa daqui por seis meses, e já terá a companhia de outras grandes construtoras.

CONSTRUTORAS PORTUGUESAS NO ESTRANGEIRO

Pelo mundo fora só vê grandes grupos internacionais a concorrer às grandes obras, além das construtoras portuguesas. Na sua perspectiva isto mostra que os portugueses são fantásticos. Contudo este é mais um dos motivos que a leva a pensar que o fundo Vallis é uma inevitabilidade, pela necessidade da criação de um grande grupo que possa ter capacidade de actuação internacional.

O FUTURO A CURTO PRAZO DA CONSTRUÇÃO EM PORTUGAL

"Toda a indústria da construção, de uma ponta à outra, pode ser varrida do mapa." Vera Pires Coelho não hesita em fazer esta afirmação e não está a falar apenas das construtoras, refere-se também às empresas dos mármores, das tintas, etc. Chegou-se a um ponto aonde as pessoas têm que pedir para pagar a electricidade ou a alimentação diária de um filho.

O FUTURO A MÉDIO E LONGO PRAZO DA CONSTRUÇÃO EM PORTUGAL

Aproximam-se anos que serão uma travessia no deserto, e é uma tristeza os recursos financeiros que o país tem desperdiçado, como por exemplo no caso da ligação ferroviária em alta velocidade. Os fundos comunitários vão-se perder, está tudo parado.

O FUTURO DE VERA PIRES COELHO

Neste momento aproveita para tirar umas férias com o marido, vai andar de mota para Marrocos. Depois irá pensar no futuro, mas sabe que não irá conseguir ficar quieta. Após 20 anos a gerir um grande grupo, a sua motivação está virada para grandes projectos, acha que a sua estrutura mental não está formatada para um pequeno negócio. Além da construção, no passado já trabalhou nos seguros, mas considera a construção um sector fantástico. Afirma mesmo que construir pontes é fascinante.

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quarta-feira, 21 de março de 2012

Vera Pires Coelho, da Edifer, renunciou a todos os cargos na empresa

Vera Pires Coelho, presidente da Edifer, enviou uma carta aos colaboradores da empresa anunciando a renuncia a todos os cargos que desempenhava na empresa. A gestão da Edifer passará a estar a cargo do fundo Valis, fundo esse que é gerido pelo anterior presidente executivo da Soares da Costa, Pedro Gonçalves. Nessa mesma carta Vera Pires Coelho diz ter chegado a acordo com o fundo de consolidação para o sector da construção e a banca, o que terá como consequência a garantia da retoma do normal funcionamento da empresa. No normal funcionamento da empresa está incluído o pagamento dos vencimentos que até agora estavam em atraso.


Vera Pires Coelho estava ligada à Edifer há 22 anos, terminando agora essa longa ligação. A gestora afirmou ainda tudo ter tentado no último ano para cumprir com todas as obrigações da empresa, e que nunca baixou os braços. Ao tomar esta decisão, Vera Pires Coelho fez com que a Edifer fosse a primeira construtora a recorrer ao fundo constituído por CGD, BCP, BES e Banif.
Recorde-se que os rumores sobre a situação instável, possível insolvência e falência da Edifer já duram há anos, e que no início deste ano foi mesmo confirmado por Vera Pires Coelho que a situação da Edifer era insustentável.

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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Fundo criado pela banca pode ser a salvação das construtoras

O fundo de que se fala vai concentrar os créditos concedidos pela banca e transforma-los em capital das empresas de construção. A negociação deste fundo de 8 mil milhões de euros com os bancos está a ser liderada por Pedro Gonçalves, ex-presidente da Soares da Costa. Segundo o Diário Económico este fundo serviria para recuperar e reestruturar o sector da construção em Portugal. A conversão da dívida em capital permitiria que o consórcio criado tomasse parte em várias construtoras nacionais. Esta notícia tem sido bem recebida pela banca nacional e pelas empresas de construção de topo.

Este fundo pretende diminuir a exposição de crédito da banca às construtoras e consolidar a indústria nacional da construção.

É de esperar que estas medidas de tentativa de salvação de um sector como o da construção não sejam só destinadas às grandes empresas, pois a crise atravessa o sector transversalmente, das maiores às mais pequenas.

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