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domingo, 5 de julho de 2020

Remodelação inovadora da Aquila Capital executada pela Done

A Done, design to build, foi a empresa responsável pela concepção/construção das novas instalações da Aquila Capital em Lisboa. Esta intervenção caracteriza-se por uma arquitetura contemporânea, onde se valorizou uma das grandes características deste espaço – a luz – quer através da permeabilidade visual entre espaços quer através de percursos sem barreiras arquitetónicas.

O recurso ao uso de materiais ecológicos, cortiça, cores suaves, divisórias em vidro, vegetação, iluminação indireta e decorativa atribuem a este espaço um caracter único, potenciador quer das características pré-existentes quer da própria marca Aquila.

Destaca-se a zona de receção que foi idealizada como um amplo hall de entrada que reflete logo à partida o ambiente do escritório com a sua luz e energia. O núcleo central alberga duas salas de reuniões e phoneboots, permeáveis ao restante espaço, através do uso do vidro nas divisórias que confinam com os percursos circundantes. As duas salas denominadas Think Tank destinadas ao trabalho colaborativo dos departamentos de hidráulica e eólica constituem elementos bastante diferenciadores quer ao nível arquitetónico (cor e mobiliário) quer na sua forma de uso pouco convencional. A vegetação pauta e anima todo o espaço, é um elemento comum e constante nas diversas áreas de trabalho e convívio.

De acordo com Katharina Pohlner, responsável da Aquila, “A equipa Done é altamente profissional e empática, o resultado superou as nossas expectativas, impressionando a equipa Aquila assim como os nossos clientes internacionais.”

Joana Cid Barreto, Head of Architecture da Done comenta “a confiança depositada na equipa Done ao longo do projeto de idealização da sede da Aquila em Lisboa, assim como todos os momentos partilhados no desenho e construção do espaço contribuíram para um resultado do qual nos orgulhamos”.

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quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Apartamento do Morro

O pequeno apartamento, de 60m2 é parte de um prédio de rendimento da década de 60. A planta original está dividida em pequenos espaços, articulados por um hall de entrada e um corredor de distribuição. O objectivo do projeto é maximizar o espaço útil da habitação, demolindo o interior e reorganizando a planta. O projeto é do Hinterland Architecture Studio - HAS.

Durante as primeiras demolições foi claro que existiriam constrangimentos com as infraestruturas do edifício, impossibilitando a alteração da localização da cozinha e da instalação sanitária. Com um orçamento reduzido, a estratégia foi demolir as paredes divisórias desnecessárias, alterar os vãos e intro-duzir isolamento térmico e acústico nas paredes exteriores.

A nova planta mantém a localização original dos quartos e da instalação sanitária, enquanto o hall de entrada, cozinha, sala e marquise se transformam num espaço único, permitindo a entrada de luz natural em todo o apartamento.
 
O soalho existente foi um elemento importante a manter, foi recuperado e completado enquanto as paredes e os tectos foram pintados completamente de branco. A carpintaria foi desenhada como um elemento contemporâneo em painéis de fibras de madeira coloridas, aplicada como objeto autónomo do espaço existente.

Veja de seguida o vídeo sobre o Apartamento do Morro, produzido pela Building Pictures.

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terça-feira, 20 de agosto de 2019

Norcep vai construir o Foz Côa Story House

O Tribunal de Contas deu o visto à construção do empreendimento Foz Côa Story House no centro histórico da cidade de Foz Côa. O projeto representa um investimento de dois milhões de euros e tem um prazo de execução de 18 meses. A execução da obra estará a cargo da Norcep. O projeto foi elaborado pelo ADVD Atelier de José David Silva, de Moimenta da Beira, e resultou de um concurso de ideias promovido pelo município.

O objetivo da empreitada é reabilitar a Casa dos Almeidas para criar um hotel rural de quatro estrelas, com dez quartos, restaurante e 'wine bar', e também um centro interpretativo da história do concelho.
O equipamento vai contar a história de Vila Nova de Foz Côa e dos seus produtos mais característicos: o vinho, o azeite, o xisto e a amêndoa, através de conteúdos interativos.

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segunda-feira, 29 de julho de 2019

Projeto da Melom integra lista de finalistas do Inside World Festival of Interiors 2019

Há um projeto português entre os finalistas do Inside World Festival of Interiors 2019, festival associado ao World Architecture Festival. Da responsabilidade da Melom Power, a “Companhia das Conservas Bistrô & Store” disputa a categoria “Creative Re-use” entre os dias 4 e 6 de dezembro, em Amesterdão.

O projeto da Melom nasce da remodelação de uma área já existente da Conserveira Portugal Norte, fábrica de conservas centenária, tornando-a num espaço inovador concebido para integrar as funções de venda e degustação de conservas, tendo o elemento ‘lata’ como definidor da dinâmica espacial e iniciador da experiência.

Resultado do desafio em retratar o mundo conserveiro é hoje uma loja/bistrô, com cerca de 70m2, em que estão presentes elementos arquitetónicos que remetem à tradição da fábrica, bem como outras referências materiais à arquitetura industrial e fabril.

A equipa de arquitetos responsável pelo projeto, composta por Maria João Correia, David Trindade e Rita Rodrigues, estará presente em Amesterdão para apresentação do projeto no evento internacional de arquitetura, que terá lugar de 4 a 6 de dezembro.

Sobre o WFA / INSIDE
O World Architecture Festival é onde a comunidade de arquitetura mundial se reúne para se inspirar, celebrar, aprender e trocar ideias. É o único evento de arquitetura em que as palestras principais, de figuras influentes do setor, convivem com apresentações ao vivo dos mais de 500 finalistas, uma rede global de contactos e uma exposição internacional de produtos.

O Inside World Festival of Interiors, é parte integrante do mundial de arquitetura e combina um programa de premiações internacionais e uma conferência onde a comunidade de interiores se une para criar conexões globais e celebrar os melhores exemplos de design de interiores do mundo. No coração do Festival está um programa exclusivo de prémios – o único em que os projetistas apresentam o seu trabalho a um painel de jurados especialistas, e também a colegas do setor.

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quarta-feira, 10 de julho de 2019

Novo conceito das prisões em Portugal leva a obras de 120 milhões de euros

As novas cadeias de Ponta Delgada e Montijo, que implicam um investimento de 120 milhões de euros, assentam no conceito de que as prisões não servem para castigar: celas maiores e sem grades, que parecem quartos, áreas amplas, jardins e arvoredos. A prisão do Montijo será a primeira a edificar, implicando um investimento de 70 milhões, e deverá ficar concluída dentro de três anos, sendo que vai albergar mais de 700 reclusos. Já o Estabelecimento Prisional de Ponta Delgada sofreu um atraso, em virtude de um embargo, provocado por uma queixa de um concorrente ao concurso de limpeza de terrenos. Irá receber quase 500 reclusos, num investimento de 50 milhões de euros.

As duas novas prisões seguem o mesmo modelo mas a do Montijo é maior. Têm três pisos, em que o rés do chão é ocupado pelo pátio e os outros dois por celas. A cadeia está dividida em núcleos de cinquenta celas que têm acesso a um pátio próprio. Os núcleos estão separados uns dos outros por vigas de betão que deixam passar a luz natural mas por onde não pode passar uma cabeça. Não há grades. Cada núcleo terá um espaço comum e um pequeno bar gerido pelos reclusos.

O NOVO CONCEITO DAS PRISÕES EM PORTUGAL
Neste novo conceito as celas perdem os gradeamentos e passarão a ser quase todas individuais e adquirem uma aparência de quarto, com áreas mais amplas – passam dos seis metros quadrados médios para 10. “Preferimos chamar-lhes quartos”, diz mesmo o arquiteto Jorge Mealha, professor da Faculdade de Arquitetura de Lisboa, em declarações ao Expresso. Há celas maiores, com doze metros quadrados que terão espaço para dois reclusos. Mas serão uma exceção. As únicas grades são as das janelas.

Ao contrário do que acontece na maior parte das celas individuais atuais, estas não terão duche, tendo cada ala um duche coletivo. “Não são locais de conflito, isso é uma dramatização criada pelos filmes americanos”, diz o arquiteto. Acrescenta ainda que “segundo os serviços prisionais, o último problema que houve nos balneários foi há quarenta anos”.
Em redor, jardins e arvoredos, numa ‘paisagem’ que contrasta com o ambiente das prisões. Existe uma uma alameda central com relva e árvores que separa os diversos “núcleos habitacionais”. O objetivo é transmitir paz aos reclusos, sem que se entre no campo do luxo.

Rómulo Mateus, diretor-geral dos Serviços Prisionais, refere que é um “novo paradigma”, que assenta na ideia de que “a prisão não é um local para castigar”, mas antes para reintegrar pessoas na sociedade, que as aguarda, quando a liberdade chegar. "Vão ser edifícios inteligentes, com reciclagem de água e painéis solares, mas não haverá luxos desnecessários. Uma prisão não é um hotel”, diz o diretor-geral.

O projeto arquitetónico inicial previa que algumas das paredes das celas e das áreas comuns fossem construídas em betão salmão-laranja “porque está demonstrado que é uma cor que produz efeitos calmantes”, afirmou Jorge Mealha. “Os arquitetos tomaram algumas liberdades artísticas e não é isso que foi pedido pela direção-geral. Nem tudo o que está no projeto será concretizado. Essas cores são bonitas e atraentes mas têm custos”, crítica Rómulo Mateus. Percebe-se assim que o conceito ainda é alvo de divergências entre o responsável dos Serviços Prisionais e o projetista.

O conceito é original de países nórdicos, que o adotaram para promover a inclusão social mesmo durante a reclusão.

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quarta-feira, 3 de julho de 2019

Madalena 91, o requinte de uma casa pombalina na Baixa Lisboeta

Datado do século XVIII, no centro histórico da cidade de Lisboa, encontra-se este exemplar da arquitetura Pombalina. Nesta altura, Sebastião José de Carvalho e Melo, o primeiro Marquês de Pombal, foi nomeado pelo Rei D. José I para reconstruir Lisboa depois do grande terramoto de 1755. O Madalena 91 vai ser um empreendimento com acabamentos de luxo e pontos da mais alta sofisticação técnica e de design. No entanto, não perderá em nada o seu encanto e beleza da fachada clássica e todo o detalhe da época Pombalina.

Dispondo de generosas janelas que convidam a luz de Lisboa, nobres pavimentos em madeira, tetos altos, elegantes casas de banho em pedra branca e contemporâneas cozinhas totalmente equipadas com sofisticados eletrodomésticos, cada apartamento foi cuidadosamente pensado ao pormenor, utilizando apenas acabamentos de primeira qualidade. Estas são as caraterísticas dos 12 apartamentos com tipologias que variam entre o loft, T1 e T2.
No Madalena 91, vai manter-se, reabilitar e salvaguardar toda a história e riqueza do edifício, que se considera fundamental para a preservação dos valores históricos, culturais e arquitetónicos de Lisboa.

As obras de requalificação terão início ainda este ano, esperando-se a sua conclusão no final de 2021. A sua comercialização será da responsabilidade da RE/MAX Collection Siimgroup.

Veja de seguida mais imagens do Madalena 91.
 

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quinta-feira, 27 de junho de 2019

A nova sede da Isisi em Elche

Em Elche, a cidade com a maior produção de calçados na Espanha e uma referência para essa indústria em todo o mundo, Tomás Amat, Estúdio de Arquitetura, Pablo Belda + Tomás Amat, realizou o projeto de renovação dos escritórios da Isisi Trend Design S.L. Localizado no parque empresarial de Torrellano, a remodelação envolveu um trabalho de arquitetura, trabalho e design de interiores por seis meses, entre janeiro e agosto de 2018, com um orçamento total de 250 mil euros.

Isisi é uma empresa com 30 anos de experiência na fabricação de tecidos e adornos para calçados e artigos de couro. Formada por uma equipa de pessoas apaixonadas por moda, esta empresa trabalha produzindo para os seus clientes peças, têxteis, acessórios e complementos de tendência completa, com o fim de potenciar o sucesso de suas criações.
A Isisi preocupa-se com o desenvolvimento de projetos personalizados para cada cliente: projetos que incorporam laminados, tecidos e oxidado cores sofisticadas explosivos, bordados, ou ornamentos e enfeites de artesanato. Thomas Amat e Pablo Belda quiseram capturar esse espírito de empreendedorismo no projeto de remodelação, adaptando o espaço, não só para as necessidades da empresa, mas também para refletir a sua identidade e forma de trabalhar.

Os anos de experiência e tradição da ISISI também motivaram que o espaço se refira ao passado e à sua longa carreira, falando assim da profissão que há décadas desenvolvem na região e além.

Design e projeção do espaço
Uma empresa com este caráter precisava de um espaço global corporativo que fosse um espelho dessa personalidade. O atelier do arquiteto Tomás Amat e Pablo Belda liderou a remodelação dos escritórios da empresa, com uma área total de 550 m2, assim como o seu armazém e oficina de 930 m2.
Cada área, sala ou área de trabalho tem uma identidade individual, sem perder a singularidade e sentido de toda a área. Os arquitetos queriam respeitar no seu design as estruturas básicas do edifício, de uma grande marca industrial. Isto é o que eles mesmos apontam, quando disseram que mantiveram "a preexistência dos elementos encontrados; pavimentos, recintos laterais, cobertos com treliças metálicas e fachada exterior, intervindo exclusivamente no interior". Tomás Amat e Pablo Belda entenderam os limites espaciais como "um grande contentor no qual nosso programa se desenvolve". Assim, optaram pela permanência dos espaços originais da estrutura, como colunas de telhado ou tijolo branco. O telhado, com a sua altitude e design, juntamente com a sua cor preta, deu uma maior altura, profundidade e projeção a cada sala.

O primeiro andar tem uma forma retangular, com um único acesso numa extremidade. Na chegada, recebe-nos um mostrador de módulo único sólido e forte, feito em microcimento. Neste andar, encontramos a área de atendimento ao cliente, escritórios, oficinas de design ou salas de reuniões.
Tomás Amat e Pablo Belda optaram por sequenciar o espaço de trabalho "otimizando e regularizando a área que limita as atividades da própria empresa". A fórmula que eles usaram para isso foi inserir espaços dentro de espaços, "nos quais o residual forma os elementos de comunicação". Desta forma, elementos que poderiam colocar obstáculos, como os pilares presentes, foram utilizados para projetar as salas ligadas através de longos corredores.

Uma impressão arquitetónica própria
Os sinais deste projeto têm sido a predominância de linhas e linhas retas, organização e disposição de espaços diáfanos, claros e retangulares. Da mesma forma, o minimalismo é o elo comum que une a tradição e a vanguarda que se encontram e coexistem num equilíbrio delicado, mas sugestivo. São os distintivos desta nave reabilitada, reestruturada e reformulada com sucesso, nos quais o presente e o passado coexistem.

A sucessão e reunião de espaços é realizada através dos corredores, das estantes de tecido e das portas de correr. Desta forma todos os espaços são aproveitados ao máximo. Os quadros de tecido, como um particionamento flexível, bem como os quadros de vidro, foram feitos sob medida. Nas palavras dos arquitetos, "nós usamos uma estrutura ágil que configura o espaço, espaços de relacionamento, de troca, que permita locais de estudo, de informação, de exposição, de trabalho, que albergue o nosso programa e a transparência das suas ações com as suas atividades justapostas".

Os quadros de tecido e vidro dividem e delimitam os espaços, ajudam a refletir a luz, dando uma sensação de espaço e dando-lhes um ar de vanguarda. Algo que, além disso, contribui para que as formas e figuras possam ser adivinhadas através do tecido que abriga as molduras, criando sombras chinesas, criativas e divertidas, em constante movimento.

E o maior uso de luz (especialmente natural e, principalmente, nas áreas de design e de trabalho), tem sido uma das máximas que os arquitetos procuram, além da utilização do espaço acima mencionado através de uma melhor distribuição de zonas. Algo que foi conseguido graças à circulação de luz natural que permite as armações usadas que não atingem o teto, e que são translúcidas ou transparentes.
As luminárias com as quais a iluminação foi configurada desfrutam de um aspecto industrial graças aos trilhos suspensos e ao uso de exaustores industriais. Algo que suporta e reforça a distribuição do espaço, marcação, enquadramento e serviço a cada uma das salas. Sem dúvida, o trabalho de iluminação foi concebido com uma clara vocação estética: projetado para o milímetro, desenhando formas a partir da altura, criando padrões no teto... Um esquema que foi trabalhado de todos os ângulos.

Como os arquitetos acrescentam, "a transparência da atividade e a soma das informações sequenciadas determinam um dos nossos pontos de saída da proposta". Tudo somado, a remodelação é sinónimo de tantos aspetos da empresa.

A estética de uma profissão
Na remodelação, Tomás Amat e Pablo Belda não quiseram deixar nada ao acaso e não negligenciaram os usos e funções da Isisi.

Assim, a decoração e a mobília também têm um claro componente auto-referencial. "O uso do tecido, elemento fundamental desta empresa, entendemos que é nosso elemento fundamental para determinar os espaços e delimitar a atividade", acrescentam os responsáveis ​​pelo projeto. Em definitivo um espaço que, por si só, vai falar sobre a família do design que ele recebe.
Desta forma, as áreas de trabalho de estrutura e projeção moderna foram decoradas, no entanto, com móveis remanescentes dos quais, muitos de seus elementos, nos falam sobre o passado da profissão de sapateiro e a tradição da indústria calçadista.

Trata-se de móveis e escritório de design industrial, aspecto colonial e do sul, que está em contraste com a transparência e clareza de vidro e prateleiras com itens de tecido translúcido. Um mobiliário com grande presença de madeira como material puro e característico neste projeto. Tudo isso evoca e lembra a tradição desta indústria e, desta empresa em particular, ao mesmo tempo em que a rodeia de ares futuristas.
A palete cromática que predomina nas diferentes salas varia de tons verdes e brancos, a castanhos, bege e ocre em diferentes intensidades. Cores que nos remetem à natureza, e sobre as quais se destaca a presença de elementos como os padrões dos tecidos e que, por sua vez, adornam as diferentes salas.

O design com um toque industrial prevalece até nas estruturas destinadas à organização e armazenamento, como evidenciado pelos armários industriais onde os tecidos são armazenados. E tudo isso, numa empresa que está comprometida em projetar calçados, diferenciação e qualidade, como um valor agregado.

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sexta-feira, 21 de junho de 2019

Dois estúdios de arquitetura da UPTEC entre os 40 mais promissores da Europa

Diogo Aguiar (Diogo Aguiar Studio) e Filipa Frois Almeida+Hugo Reis (FAHR 021.3) estão entre os jovens arquitetos e designers emergentes da Europa como menos de 40 anos. Os fundadores dos estúdios de arquitetura, instalados na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da U.Porto integram a lista de vencedores do concurso internacional “Europe 40 Under 40”.

Criado pelo The European Centre for Architecture Art Design and Urban Studies e pelo The Chicago Athenaeum: Museum of Architecture and Design, o Prémio Europeu de Arquitectura “Europe 40 Under 40” pretende destacar e identificar a próxima geração de arquitetos e designers que terão impacto nos futuros ambientes de vida e trabalho, cidades e áreas rurais.

O Diogo Aguiar Studio foi premiado pelos trabalhos “Start”, instalação é construída a partir da subdivisão de um icosaedro, em vinte partes iguais, “Serralves Garden Pavilion”, um pavilhão circular construído em quatro níveis de tábuas verticais de madeira e “House over the hills”, uma construção modular de madeira integrada com a natureza.
Já a FAHR 021.3 foi distinguida pelos projetos “LOOP”, uma intervenção circular de betão que se encontra no jardim do UPTEC Asprela I e que simboliza o 10º aniversário do Parque, “Metamorfose”, uma instalação temporária e provocativa, uma rede digital que fecha e controla uma ruína no centro da cidade do Porto, e “Space Iconic Bowie”, um espaço de exposições temporárias criado para receber fotografias de David Bowie.
Os 40 arquitetos e designers de 2018 foram selecionados por um júri composto por alguns dos mais prestigiados académicos de arquitetura da École Nationale Supérieure d'Architecture de Paris-Belleville (ENSAPB).

Para além do Diogo Aguiar e FAHR 021.3, foram ainda distinguidos os arquitetos portugueses Raulino Silva e Bruno André. Em 2018, Samuel Gonçalves, fundador da Summary, empresa graduada da UPTEC, integrou a lista “Europe 40 Under 40”.

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terça-feira, 30 de abril de 2019

Arquiteto Souto de Moura deposita na Casa da Arquitectura acervo de 40 anos de trabalho

Na próxima segunda-feira, dia 6 de maio, pelas 17h00, vai ser assinado no Arquivo da Casa da Arquitectura, em Matosinhos, o “Contrato de Depósito do Acervo Eduardo Souto de Moura na Casa da Arquitectura”. A acrescentar às 604 maquetes já depositadas na instituição desde 2009, a Casa da Arquitectura vai agora receber, a título de depósito, cerca de 8500 peças desenhadas e toda a documentação textual e fotográfica que complementa os projetos produzidos pelo arquiteto ao longo dos seus 40 anos de atividade profissional.

Caberá ao arquiteto e crítico de arquitetura Jorge Figueira fazer um breve enquadramento sobre “A importância da obra de Eduardo Souto de Moura”. Segue-se uma intervenção do arquiteto portuense, que antecede a assinatura do Contrato de Depósito do Acervo.

Este é um momento de maior significado para o país e para a instituição enquanto Centro Português de Arquitectura, já que desta forma se garante a permanência de tão importante acervo em Portugal. “Com este património, a Casa da Arquitectura irá tratar e dar a conhecer aos investigadores e ao grande público este importante acervo referente a 40 anos de trabalho de um dos mais reconhecidos e premiados arquitetos portugueses”, assinala o Diretor Executivo, Nuno Sampaio.

Trata-se de um património valiosíssimo que a Casa da Arquitectura vai dar a conhecer ao público em outubro próximo com a Exposição “Souto de Moura – Memória, Projetos, Obras”, com curadoria de Francesco Dal Co e Nuno Graça Moura.
Patente na CA a partir de outubro e ao longo de seis meses, esta mostra vai oferecer uma singular e inédita leitura monográfica do seu trabalho. Cobrindo um arco temporal de quatro décadas de um impressionante percurso profissional, a Exposição “Souto de Moura – Memória, Projetos, Obras” pretende dar a conhecer ao público a produção arquitetónica de um dos mais influentes arquitetos portugueses, Prémio Pritzker de Arquitetura em 2011, e promete ser um dos acontecimentos culturais mais relevantes do ano a nível nacional e internacional.

A mostra vai ‘invadir´ a Casa da Arquitectura: irá ocupar a nave expositiva com 950 metros quadrados e a Galeria da Casa com 150 metros quadrados, mas também o Arquivo da Casa.

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terça-feira, 16 de abril de 2019

Capelas de Braga vencem prémio de arquitetura do ArchDaily

O site de arquitectura ArchDaily distinguiu as capelas Imaculada e Cheia de Graça de Seminário de Nossa Senhora da Conceição em Braga, na categoria de Arquitetura Religiosa, com o prémio Edifício do ano de 2019.

As Capelas de Braga, obra executada pela Costeira – Engenharia e Construção e projeto do gabinete Cerejeira Fontes Arquitetos, têm sido alvo de vários reconhecimentos pela sua simplicidade que oculta a complexidade de liturgia.

As capelas premiadas são duas num mesmo edifício: a de maior tamanho resulta da requalificação da capela existente do Seminário destinada a celebrações em dias festivos. A menor é uma capela doméstica para a celebração da liturgia diária do grupo em formação, residente no Seminário. Esta segunda é, portanto, um espaço dentro do espaço da primeira e, como um coro alto, acessível por um andar superior do seminário.
O projeto centrou-se na recuperação da Capela Imaculada Conceição e do coro-alto. A construção da capela data da década de 1940 e a sua requalificação foi concluída em 2015.

No coro-alto foi instalada uma escultura em madeira composta por várias peças encaixadas e suportada por pilares altos e finos. A copa desta estrutura cria um espaço reservado, uma espécie de capela de pequena dimensão.
O recurso a painel sandwich acústico e a forma alongada da abóbada permitem um melhor desempenho do espaço a nível sonoro. Foi aproveitado o pé direito total do espaço de intervenção, assim como as suas paredes exteriores.
Ambas as capelas são envoltas por uma abóbada com 12cm de espessura, feita em betão, suspensa por uma discreta estrutura em aço. Os rasgos existentes na abóbada e numa das extremidades permitem a passagem de luz solar.

Braga já tinha recebido um prémio ArchDaily de Arquitetura Religiosa em 2011, atribuído à Capela Árvore da Vida, situada no interior do Seminário Conciliar de São Pedro e São Paulo e da autoria do mesmo atelier de arquitetura.

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segunda-feira, 25 de março de 2019

Estúdio de arquitetura português apresenta exposição em realidade virtual nos Estados Unidos

The Reasons Offsite, uma exposição em realidade virtual da autoria da Summary, foi exibida na Salt Gallery da Boston Society of Architects Foundation. O estúdio de arquitetura portuense criou uma experiência imersiva para os visitantes, através de uma exposição virtual, interativa e imaterial.

A Summary, uma empresa que nasceu na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, estreou uma exposição que utiliza realidade virtual em Boston. The Reasons Offsite representa uma experiência completamente diferente para qualquer visitante. Todos os visitantes tiveram de usar óculos especiais de realidade virtual e puderam seguir o seu próprio percurso, já que a exposição não tinha material físico. Cada pessoa escolheu o que queria ver, em que momento queria ver e com que detalhe queria ver.

O objetivo da exposição foi fazer uma radiografia dos diferentes momentos da evolução histórica da arquitetura pré-fabricada. The Reasons Offsite contou também com a cooperação de outros nomes da arquitetura mundial como Yona Friedman, professor no MIT e Universidade de Harvard, e Pedro Alonso, um dos curadores da Bienal de Veneza de 2014.

“Uma exposição em realidade virtual permite expor de forma mais económica e simples, quando comparado com as exposições de arquitetura tradicionais. Neste caso, a transferência e a produção de conteúdo não implica o envio de caixas infindáveis com material expositivo ou a impressão de rolos de papel, permitindo evitar custos e até produção de lixo.” afirma Samuel Gonçalves, fundador da Summary.
A estreia de The Reasons Offsite, exposição com o apoio da Câmara Municipal do Porto, decorreu na Tirana Architecture Week 2018. A Salt Gallery da Boston Society of Architects Foundation recebeu esta exposição até 24 de março.

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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Inovação da Oli com a Vista Alegre ganha prémio internacional de design

A “Moon Black”, uma placa de comando de autoclismos interiores da Oli, fabricada com a porcelana da Vista Alegre, foi distinguida com o “Iconic Awards 2019”, um prémio internacional de referência que homenageia desenvolvimentos importantes na área do design e arquitetura de interiores, pelo seu design de excelência.

Para além do design inovador, que a torna na primeira placa em cerâmica do mercado, a “Moon Black” destaca-se por ser uma solução auto-sustentável com tecnologia “Hydroboost” e acionamento “no touch”. A ativação da descarga da água do autoclismo dispensa uma fonte de energia elétrica, ou de pilhas, sendo realizada por aproximação, isto é, sem necessidade de toque, graças à utilização de sensores capacitivos.

O júri internacional reconheceu que, a Oli, em parceria com a marca centenária de porcelanas, desafiou os limites do design, da sustentabilidade e da higiene no espaço de banho, oferecendo ao mercado uma solução com valor, ao nível da estética e do desenvolvimento sustentável.
Os “Iconic Awards 2019: Innovative Interior” são promovidos pelo German Design Council, entidade fundada em 1953 com o objetivo de apoiar o conhecimento em design da indústria alemã.

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terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Uma casa flutuante para duas pessoas no Mar Mediterrâneo

O escritório de arquitetura Mano de Santo e KMZero, Open Innovation Hub, parte do Martinez Group, escolheram a Guardian Glass ao conceber ‘Punta de Mar’, a primeira casa flutuante, dinâmica e inovadora em Espanha. Este projeto inovador, promovido pela startup Punta de Mar, pretende levar o conceito de turismo de experiência a um outro nível, encontrando-se já o seu primeiro protótipo colocado no Club Náutico de Denia, no Mar Mediterrâneo.

Punta de Mar é uma plataforma flutuante, resultado de um projeto arquitetónico rigoroso e minimalista, sendo simultaneamente funcional e respeitador do meio ambiente. Ao ajudar a promover uma experiência sensorial com tudo o que o rodeia, o projeto promove uma profunda integração no ambiente natural, juntando intimidade, conforto, relaxamento e sensação de bem-estar nos seus ocupantes. Isto, em parte, só é possível graças à estrutura de vidro da Guardian Glass, um dos parceiros estratégicos do projeto, que selecionou e disponibilizou o vidro, bem como o suporte técnico necessário no que se refere às possibilidades de aplicação de vidro neste novo e pioneiro projeto empresarial localizado na costa do Mar Mediterrâneo e no qual já todos falam.
“Escolhemos a Guardian Glass para este projeto”, afirma Frances de Paula García, arquiteto do escritório Mano de Santo, “porque a empresa disponibiliza o vidro mais eficiente. Tendo em conta as características deste projeto, onde foi necessário dar resposta a exigências extremas, procurámos a excelência. Um outro fator importante foi poder contar com o seu suporte técnico”.
A estrutura flutuante utilizou uma estrutura envidraçada com vidros triplos Guardian que garantem uma maior poupança energética, segurança e isolamento acústico. Na superfície exterior optou-se pela instalação do vidro seletivo Guardian SunGuard® SN 70/35 HT; para as chapas de vidro intermédio optou-se pelo Guardian ExtraClear®; e na superfície interior o vidro laminado Guardian ClimaGuard® Premium2 é utilizado para reforçar a segurança geral e a eficiência energética. Esta unidade de vidro permite 61% de transmissão de luz e 32% de fator solar. Isto significa que o vidro favorece uma abundante entrada de luz solar, bloqueando a maior parte do calor, proporcionando a Punta de Mar um excelente isolamento térmico, controlo solar e um elevado nível de segurança e isolamento acústico, resultando daqui um espaço nuclear com elevado desempenho e eficiência energética. Não só o vidro facilita uma visualização muito mais transparente, vívida e não obstruída da envolvente a partir do interior - como o mar e todo o ambiente natural – como também atenua a fronteira interior-exterior e permite que os hóspedes experienciem uma profunda conexão com a sua localização em constante alteração.
No âmbito do design de interiores do projeto, foi especificado o Guardian SunGuard® HD Silver 20 (nas áreas do guarda-roupa, cabeceiras de cama e casa de banho), querendo jogar com os diferentes reflexos. Devido aos vários efeitos espelhados, a privacidade pode ser potenciada nas áreas mais íntimas, criando efeitos interessantes e divertidos noutros espaços, promovendo uma sensação de maior largueza espacial e imersão do exterior com o interior.
Nesse sentido, o arquiteto reforça: “A importância do vidro, e dos outros materiais que escolhemos, tem sido fundamental. Com eles, procuramos uma relação plena com a envolvente. Em particular, o vidro deve ter um desempenho em termos de transparência que permita isso (aparte o isolamento), assim como assegurar vãos de grandes dimensões para resolver também a questão do conforto. A isto junta-se o facto de o vidro utilizado na sala de estar da casa permitir uma experiência de 360 graus. Os hóspedes sentem-se parte integrante da paisagem envolvente. É uma experiência de integração total e o vidro torna-se fundamental para conseguir isso”.

Do mesmo modo, e como complemento ideal ao vidro, destacam-se os vãos de correr utilizados no projeto, permitindo a máxima abertura de portas e janelas com recurso ao uso de perfis reduzidos de alumínio, que oferecem vistas desobstruídas e garantem a máxima entrada de luz natural”.

Layout e tecnologia concebidos para o hóspede
Com uma área total de 74m2, o pavilhão foi concebido para duas pessoas e está dividido em dois pisos, com um design e equipamento minimalistas. Os 40m2 do primeiro piso dividem-se num camarote em suíte e um terraço privado que serve como extensão do espaço interior. Os 34m2 do segundo piso são um convés para relaxamento, uma área idealizada para a descontração. Todos os espaços têm boa iluminação e garantem a possibilidade de música ambiente.

O Punta de Mar destaca-se ainda pelo controlo que os hóspedes têm sobre a sua experiência, através de uma app de controlo automático da casa que lhes permite tomar decisões relativamente a aspetos específicos da estadia. A inovadora solução tecnológica deste projeto, permite que os hóspedes escolham a luz, o som, as fragrâncias e o nível de segurança. Este controlo pode ser feito diretamente no pavilhão ou remotamente.
Vale a pena notar que a iluminação em Punta de Mar é biodinâmica, o que significa que reproduz a luz natural do exterior para o interior, ou seja, à medida que o dia avança, a luz varia o seu tom para se assemelhar às variações da luz natural.

Compromisso com a sustentabilidade
Punta de Mar é uma iniciativa turística sustentável que não produz resíduos porque é uma estrutura modular com um sistema baseado no “Plus & Go”. Além disso, integra-se com a envolvente e usa materiais com um baixo impacto ambiental. Outro benefício refere-se ao facto de a estrutura poder ser rebocada por água bem como facilmente transportada por estrada. O que significa que a Punta de Mar pode ser deslocada para diferentes paisagens naturais e cenários que tenham ligações a abastecimento de energia elétrica (como marinas ou praias privadas de hotéis) de forma a oferecer experiências únicas e exclusivas aos hóspedes.

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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Building Pictures lança documentário inédito sobre Fernando Guerra

Estreia, este ano, um filme único e o primeiro sobre Fernando Guerra, um dos melhores fotógrafos de arquitetura do mundo. Durante um ano, o “fotógrafo voador” foi acompanhado num documentário que pretende mostrar o processo criativo, mas também o lado mais pessoal do fotógrafo. O trailer já está disponível e pode ser visto no final deste artigo.

Fernando Guerra, destaca-se pelas novidades que trouxe à fotografia de arquitetura: introduziu as pessoas, objetos e animais nos seus trabalhos e foi um dos primeiros a utilizar a fotografia digital. O fotógrafo português foi ainda o primeiro a utilizar drones (fotografia aérea) neste tipo de trabalhos, em 2004.

Sara Nunes, realizadora de filmes de arquitetura e fundadora da Building Pictures, começou a acompanhar o dia-a-dia do fotógrafo há mais de um ano. “O Fernando tem procurado estar longe das câmaras das entrevistas, por isso esta é uma oportunidade única de conhecer as histórias, paixões, o olhar e embarcar no processo criativo dele. O meu principal objetivo é que este filme chegue à Netflix.”, acrescenta.

Sara Nunes começou por acompanhar o trabalho do fotógrafo no Brasil e no Dubai e registar as entrevistas dos premiados arquitetos brasileiros Isay Weinfeld, Arthur Casas, Márcio Kogan e dos arquitetos dos Emirados Árabes Unidos X-Architects. A Siza Vieira, foi buscar a inspiração para o título do documentário na dedicatória que este fez a Fernando Guerra, aquando do Prémio Valmor.

É através da lente deste fotógrafo que o mundo conhece a grande maioria das obras da arquitetura portuguesa, nomeadamente de Siza Vieira com quem trabalha há 19 anos. Por esse motivo, Sara Nunes quer explorar vários países. “O próximo objetivo é encontrar patrocínio para a viagem à Ásia. É lá que Siza, juntamente com Carlos Castanheira, mais obras constrói neste momento e onde, até agora, apenas as conhecemos através das lentes do fotógrafo.”, refere a promotora do projeto.
O documentário vai, ainda, acompanhar Fernando, em Portugal, e na sua paixão pelas máquinas fotográficas, pelos automóveis e no seu hobby favorito: desenhar peças para a FG Edition, uma linha de acessórios pensada para quem gosta de fotografia.

Até agora a Building Pictures, empresa graduada da UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da U.Porto, contou com o patrocínio d’ O Feliz e da Panoramah!. Tem, também, a parceria estratégica da Casa da Arquitectura, que fará a estreia do documentário na Cidade Invicta, e de outras instituições como a Canon, a Trienal de Lisboa, a Ordem dos Arquitectos, a Archdaily, a FAUP e a FAUL.

O filme que estreará este ano no Arquitecturas Film Festival, no Cinema São Jorge em Lisboa, e pode ver a seguir o seu primeiro trailer.

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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

A Casa em Afife

A casa está construída no Norte de Portugal, numa povoação rural que se estabeleceu no sopé do monte e cresceu em direcção à planície, que é usada para lavradio e se prolonga até ao mar. O terreno está separado de uma capela por um caminho e encontra-se a uma cota inferior. É comprido (aproximadamente 60 X 18m) e de pendente suave. A capela está assente num embasamento de muros em granito com entrada voltada a poente, e impõe-se no lugar. A sua presença teve influência no projecto, nomeadamente no que se refere ao desenho do volume, à sua implantação no espaço e à definição dos pormenores construtivos. A casa procurou não perturbar a harmonia deste espaço religioso. Ao mesmo tempo não quis ser submissa à sua presença.

Afastou-se o volume da rua para criar um espaço exterior de chegada e manter o edifício em segundo plano relativamente à capela e à sua relação com a via pública. A largura da casa (8.6m) foi definida pelos afastamentos que a largura do terreno ditava. Definiu-se uma im-plantação quadrada que se repete na piscina, e no espaço que fica entre ambos. O volume regular, compacto e vertical, evoca a essência de um tipo de construção tradicional no Minho.

Uma segunda intenção do projecto foi respeitar a topografia natural do terreno. Para a cumprir, o edifício adaptou-se às cotas existentes através de meios pisos, o que permitiu uma relação directa com o exterior no lado Sul e Poente da casa. Rentabilizou-se o espaço útil com a colocação da escada ao centro para menorizar as áreas de circulação e promover o percurso que culmina no terraço da cobertura - o quinto alçado - onde transparece o desfasamento dos pisos através da organização volumétrica. Esta associação de elementos espaciais arrasta consigo - analisando à posteriori - reminiscências ‘Loosianas’.
Existe um forte contraste entre o exterior e o interior. A fachada funciona como uma cara-paça que permite pontualmente, através de aberturas, o contacto entre a casa e o mundo.

Quando as portadas estão encerradas, a fachada é a negação de si, é uma anti-fachada. Anula um interior, sugerindo apenas matéria. Transformar-se-ia numa escultura abstracta se as duas gárgolas em cobre não denunciassem uma preocupação funcional. O exagero ornamental dessas gárgolas contrasta com a secura da fachada.

Quando se abrem, as portadas revelam um interior com diferentes materialidades que se inspira na arquitectura vernacular. As portadas do alçado Sul (voltado para a capela) invo-cam a talha dourada e lembram, também de uma forma abstracta, as pinturas religiosas medievais em tríptico. As caixilharias são de madeira, assim como o rodapé do piso de entrada, e ambos estão pintados com tonalidades utilizadas em tempos idos. O rodapé tem uma liberdade que lhe permite vaguear pelo espaço, assumindo um carácter tão plástico como funcional. Os pavimentos do piso térreo são em marmorite com juntas em latão e os restantes pisos em soalho de madeira com junta aberta. As portas interiores não interrom-pem o plano da parede, escolhem um dos lados e encostam-se. A casa é mais antiga que moderna. A piscina é aquilo que é.

Veja o vídeo "somewhere in Afife" do Arquitecto Guilherme Machado Vaz, produzido pela Building Pictures, e que ilustra os últimos dias de Verão na "Casa em Afife":

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sexta-feira, 21 de setembro de 2018

A Casa do Deserto, uma experiência única de arquitetura sustentável

Basta olhar para A Casa do Deserto, da Guardian Glass, localizada em Gorafe (Granada), para ver a importância do vidro na globalidade da experiência: as suas paredes são totalmente em vidro. E este é um enorme desafio do ponto de vista energético e de eficiência. Enfrentar este desafio e superá-lo recorrendo ao mesmo material construtivo tem sido outro dos principais objetivos deste projeto, em que uma equipe internacional e multidisciplinar de arquitetos, engenheiros e consultores de energia, liderados pela Guardian Glass, colaboraram estreitamente por forma a torná-lo uma realidade, demonstrando a importância do vidro na nossa vida quotidiana e deixando claro como este material influencia a qualidade e o conforto dos espaços interiores que habitamos.

Além do mais, sob a premissa do respeito ambiental, A Casa do Deserto foi projetada e construída com uma pegada ecológica mínima. Tem um sistema de painéis solares instalados no telhado que fornece ao interior a energia necessária, bem como um sistema de filtragem de águas residuais.
A Casa do Deserto surgiu há cinco meses neste ambiente tão adverso quanto belo e de acordo com as medições realizadas, o vidro inteligente selecionado para a sua construção, o Guardian SNX 60, reage como esperado face às condições extremas do deserto. Isto significa que, graças à camada invisível fundida com o vidro, os habitantes da casa podem desfrutar de temperaturas médias agradáveis no seu interior, independentemente do calor ou do frio exterior que se faça sentir, tanto no verão como no inverno.

De facto, tendo em conta os resultados obtidos durante este Verão, no interior de A Casa do Deserto a temperatura média ronda os 22-24º, ainda que no exterior os termómetros tenham ultrapassado os 32º. O vidro deixa entrar a luz natural do sol, mas impede que 75% do seu calor entre na casa.
(As temperaturas superiores sob fundo azul são as do exterior da casa. As de menor valor sob fundo branco, por abaixo, são as do interior da casa, recolhidas no mesmo momento. Fonte Netatmo)

Isto é possível por causa do modo como este material funciona. As paredes de vidro são feitas de uma unidade de vidros triplo que fornece o isolamento térmico ideal durante o inverno e proteção solar durante o verão. Além do mais, dependendo do ambiente da casa (elevado ruído externo, necessidade de segurança), os painéis de vidro podem ser laminados com as soluções Guardian LamiGlass® ou LamiGlass® Acoustic, para proteger o habitante dos raios UV e desse mesmo ruído, bem como melhorar a segurança da estrutura de vidro.

Tudo isto é conseguido com o vidro de A Casa do Deserto de apenas 6cm de espessura e sem ter quaisquer obstáculos visuais que impeçam as vistas, quase panorâmicas, do deserto. A fronteira entre interior-exterior é quase completamente diluída neste projeto, que também mostrou como, com este vidro transparente, as condições interiores acima descritas podem ser alcançadas, permitindo ainda o pleno contacto do seu habitante com a sua envolvente.

Tudo isto pode não ser exclusivo de A Casa do Deserto, pode também ser alcançado nas vivendas e apartamentos dos que buscam melhorar a habitabilidade de suas casas, a forma como nelas se sentem e as habitam. Em média 80% de uma janela é vidro, pelo que se torna essencial escolher o tipo mais adequado para cada caso. Para facilitar esta tarefa, a Guardian Glass possui um configurador de vidro online que agiliza no processo de seleção: www.janelasadentro.pt.
Em suma, o desafio neste projeto foi criar um "invólucro" global, estruturalmente estável, que não necessite de mais energia do que a fornecida pelos painéis solares e que, por sua vez, seja suficientemente transparente para que os seus habitantes sintam a conexão com o belo ambiente natural que os rodeia, enquanto se encontram protegidos do calor excessivo, frio extremo, ruído ou raios UV e desfrutem de um ambiente confortável. Tendo sempre em mente que, quer o desempenho, quer a função e a estética do vidro, estão intrinsecamente ligadas - uma depende da outra.

Outras informações de interesse sobre A Casa do Deserto
➢ Área: 20m2
➢ Tipologia: 3 quartos - quarto, casa de banho e sala-cozinha
➢ Superfície de painéis fotovoltaicos: 26m2
➢ Capacidade de armazenamento de energia: 18,2 kWh
➢ Temperaturas máximas e mínimas previstas no interior: 18ºC - 28ºC
➢ Amplitude térmica no deserto do Gorafe: verões até 45ºC | Invernos até -10ºC

Veja de seguida mais imagens da Casa do Deserto.

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segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Casa da Arquitectura acolhe Congresso Internacional de Arquitectura e Arte (AAICO)

A Casa da Arquitectura (CA) - Centro Português de Arquitectura acolhe de 3 a 8 de setembro 2018 o Congresso Internacional de Arquitectura e Arte (AAICO), uma produção da AMAG magazine and books que vai reunir no grande Porto mais de 30 arquitetos e artistas de referência nacional e internacional. Manuel Aires Mateus, Eduardo Souto Moura, José Pedro Croft, Tony Fretton, Marc Dubois, Francis Kéré e Carmody Groarke estão já confirmados.

Durante esta semana, a segunda edição do AAICO, pretende promover a prática e as disciplinas da Arquitetura e Arte, potenciar, desenvolver e estreitar relações entre arquitetos, designers, artistas, estudantes e também com a comunidade em geral.

"Para esta segunda edição, preparámos um programa auspicioso. Será uma semana dedicada à arte e arquitetura, que se divide entre conferências, workshops, exposições e visitas guiadas, com a colaboração de mais de 30 arquitetos e artistas de referência nacional e internacional, uma capacidade ate 500 participantes com o apoio de três entidades de referência [a Casa da Arquitectura – Centro Português de Arquitectura (CA), a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP) e a Fundação Serralves], conta Ana Leal, fundadora da editora AMAG.

Ainda segundo Ana Leal, a primeira edição do AICO, em 2010, "foi uma iniciativa que ficou na memória de todo os seus participantes". "Em 2018, assinalamos o 7.o aniversário da editora e da revista AMAG e queremos por isso celebrar continuando a trabalhar para a divulgação e aproximação da arquitetura, acreditando que o AAICO 2018, seja uma experiência ainda mais enriquecedora para todos e um momento de debate, de partilha e de aprendizagem, reunindo as disciplinas da arte e arquitetura.”

“A Casa da Arquitectura tem muito gosto em receber este congresso numa parceria estratégica que coloca em debate a produção arquitetónica contemporânea reforçando a sua importante relação com a arte e sociedade”, referiu por sua vez Nuno Sampaio, diretor executivo da Casa da Arquitectura e responsável pela programação da instituição que é hoje o Centro Português de Arquitectura. O programa do evento contempla a realização de atividades complementares e/ou simultâneas entre as três instituições parceiras.

O primeiro, das 09h00 às 12h30, dedicado à realização de workshops e master classes na FAUP, workshops para os mais pequenos (entre os 8 e os 12 anos) na Casa da Arquitectura e ainda visitas guiadas a espaços de referência no Porto e em Matosinhos. Durante a tarde, entre as 14h30 e as 19h00, e noite, entre as 21h00 e as 23h00 realizar-se-ão conferências e mesas redondas na Sala da Tanoaria na Casa da Arquitectura.


As inscrições para o congresso ainda estão a decorrer e garantem a participação no programa completo do congresso: assistência a 30 conferências e participação em 1 workshop ou 4 masterclasses, e, no final, a atribuição de um diploma de participação.

O bilhete para programa completo tem o valor de 200 euros para estudantes e 300 euros para profissionais, podendo o mesmo ser adquirido online com um desconto de 50% por todos os subscritores AMAG.

O AAICO é organizado pela editora AMAG com parceria estratégica da Casa da Arquitectura e da Câmara Municipal de Matosinhos e o apoio da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto e a Fundação de Serralves e apoio institucional da Ordem dos Arquitectos.

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