segunda-feira, 31 de julho de 2017

Construção do Wine Lodge Hotel foi suspensa por Mário Ferreira

O empresário Mário Ferreira suspendeu a construção do Wine Lodge Hotel, na escarpa de Gaia, após sucessivos chumbos ao seu projeto que já sofreu cinco alterações para dar resposta aos entraves que encontrou por parte de entidades ligadas ao Ministério da Cultura. A intenção inicial da Mário Ferreira era que a obra de construção deste hotel de charme, um investimento de 15 milhões de euros, começasse no verão de 2016 para que o hotel pudesse entrar em funcionamento no final de 2017.

Este hotel surgiria no lugar da fábrica de cerâmica do Senhor d'Além, inserido na zona especial de protecção do Mosteiro da Serra do Pilar, próximo da área consagrada pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade.

Segundo o Negócios "a "volumetria excessiva" da construção levou logo chumbo da Direcção Regional de Cultura do Norte, em Junho do ano passado, quando foi apresentada a primeira versão do projecto. O empresário discordou, mas aceitou preparar uma nova proposta. Mas a segunda versão acabou também por obter um parecer desfavorável, por despacho de Dezembro do director dos serviços dos Bens Culturais."
Mas as dificuldades de conseguir autorização para avançar com o projeto não se ficaram por aí e "foi então que o projecto seguiu para a Direcção-geral do Património Cultural para ser submetido a parecer da secção de Património Arquitectónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura, que também o viria a rejeitar no início deste ano. Após mais dois chumbos, Mário Ferreira diz-se farto e colocou o Wine Lodge em "stand-by"."

"Estamos desgastados por ao fim de cinco diferentes alterações do projecto e, depois da quinta, ainda não se ver a luz ao fundo do túnel", revelou Mário Ferreira. O empresário explicou ainda que "pelo contínuo desgaste de pedidos e mais pedidos, achámos que seria mais interessante e produtivo ocupar o tempo e o dinheiro disponível em projectos de mais imediata concretização".
O Wine Lodge seria o primeiro hotel de Portugal com uma entrada pela água, como em Veneza. Um hotel cinco estrelas com 85 quartos, que criaria 80 empregos, e um complexo residencial com uma dúzia de apartamentos.

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Engenharia Natural versus Engenharia Civil

Tive conhecimento mais próximo da Engenharia Natural por um colega, amigo e professor, Matos Silva. Tendo ele por princípio divulgar o conhecimento, de uma forma simples, descomplicada e direta, tive a satisfação de poder estar com ele no início de uma intervenção com base na Engenharia Natural no Concelho de Santarém, já alguns anos.

Com base no livro de João Fernandes e Aldo Freitas com o título Introdução à Engenharia Natural, podemos ter uma ótima definição:
"A Engenharia Natural pode ser definida como um ramo da engenharia que tem como objeto o território, que procura otimizar os processos construtivos numa perspetiva simultânea de funcionalidade estrutural e ecológica. Tem, portanto, como objetivo primário que as suas intervenções preencham plenamente os objetivos que se lhes colocaram do ponto de vista das exigências de uso e se insiram simultaneamente o mais harmoniosamente possível no espaço sistemas naturais, utilizando para tal, os seus próprios sistemas e processos funcionais."

Assim sendo uma área que conhecimento muito abrangente, contudo tem alguns pontos em comum com a Engenharia Civil, nomeadamente técnicas de construção e gestão dos sistemas construtivos, contudo naturais, em especial relacionadas com a hidráulica e fluvial.
Na minha perspetiva considero que este tipo de técnicas de execução de intervenção, com base na natureza, deviam até ser as inicialmente utilizadas. E só com uma devida justificação técnica se podia passar para a utilização de materiais não naturais.

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Artigo escrito por Susana Lucas do SEIbySusana.

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sexta-feira, 28 de julho de 2017

Ampliação do Hospital Sant'Ana realizada pela Gabriel Couto

A Santa Casa de Misericórdia de Lisboa (SCML), acabou de inaugurar a empreitada referente à Ampliação e construção do novo Edifício do Hospital Sant’Ana, localizado na freguesia da Parede, Cascais, um projeto levado a efeito pela construtora Gabriel Couto.

De resto a presença na inauguração de importantes personalidades públicas como o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o Provedor da Santa Casa da Misericórdia, Pedro Santana Lopes e o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras são elucidativos da importância desta intervenção, que visou dotar o edifício de modernas infraestruturas e transformá-lo num hospital polivalente.
Com uma área total de construção de 6.719,48 m2, o Hospital de Sant’Ana, nova Unidade Hospital da Santra Casa da Misericórdia de Lisboa, tem um bloco operatório com quatro salas de operação, 60 camas de internamento, seis camas na unidade de cuidados intensivos e uma unidade de recobro com 32 postos, prestando assim serviço em urgência ambulatório e nas especialidades de Neurocirurgia, Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Ortopedia.
Com um custo global a rondar ou nove milhões de euros, esta empreitada de ampliação e construção da nova unidade hospitalar do Hospital de Sant’Ana, tem um enorme significado para os utentes do concelho de Cascais.
Esta intervenção aproveitou a estrutura já existente no edifício centenário e classificado pelo IGESPAR, anteriormente destinada ao Centro Ortopédico de Desenvolvimento Infantil, para dotá-lo com características capazes de responder às atuais exigências de uma prática clinica de excelência e, ao mesmo tempo, criar todas as condições para transformar o novo espaço num hospital polivalente. Tratando-se de um projeto do tipo conceção-construção, foi determinante a análise cuidada de todas as inter-relações dos fatores inerentes à cadeia dos processos nas várias fases da empreitada.
 
 
Este foi, na opinião de Carlos Couto, CEO do grupo Gabriel Couto, um desafio aliciante e ambiciosos alcançado num prazo extremamente exigente, tendo em conta que a obra foi concluída no espaço de tempo estabelecido (14 meses), consolidando o conhecimento e a experiência da construtora na área de construção de grandes polos e empreendimentos na área da saúde.

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quinta-feira, 27 de julho de 2017

Um Lugar de Partilha vai nascer no Bairro das Campinas em Ramalde

Arranca amanhã, 28 de julho, no Bairro das Campinas, em Ramalde, com organização da Casa da Arquitectura, o Programa Lugar de Partilha, um Laboratório de Autoconstrução para a realização de uma infraestrutura ao serviço da comunidade daquele bairro social do Porto.

O Lugar de Partilha é o primeiro ato do programa inaugural da Casa da Arquitectura, intitulado Please Share! e comissariado pelo arquiteto Roberto Cremascoli, que celebra a inauguração das novas instalações da Casa da Arquitectura no Quarteirão da Real Vinícola, em Matosinhos, agendada para o dia 18 de novembro próximo.
Organizado em colaboração com a Domus Social, Porto Academy e Junta de Freguesia de Ramalde, o Lugar de Partilha leva até ao Bairro das Campinas um grupo de 20 arquitetos e estudantes de arquitetura de todo o mundo que se inscreveram para dar o seu contributo neste programa que decorre até 11 de agosto.
Durante duas semanas, estudantes e arquitetos vão criar uma estrutura para a comunidade do Bairro de Ramalde tendo como coordenadores os arquitetos Roberto Cremascoli, Nicolò Galeazzi e Ivo Poças Martins.

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terça-feira, 25 de julho de 2017

Garcia, Garcia assegura ampliação da Intraplás

A Intraplás, empresa portuguesa líder na produção de laminados e embalagens plásticas para a indústria alimentar, escolheu a Garcia, Garcia, especializada em design and build de edifícios industriais e logísticos, para ampliar a sua unidade em Lordelo, Guimarães. Já anteriormente a construtora foi responsável pelo projeto design and build da unidade industrial, que permitiu à Intraplás o aumento da sua capacidade de produção e uma resposta mais eficiente às exigentes necessidades de mercado.

Localizada no parque industrial de Mide, a ampliação da unidade, que deverá estar concluída em janeiro de 2018, surge na sequência da forte dinâmica de crescimento evidenciada nos últimos anos pela Intraplás. Este investimento tem como principal objetivo potenciar a sua capacidade de armazenagem, bem como a eficiência do processo de stockagem e logística, reforçando, assim, o seu posicionamento de líder de mercado.
O projeto de ampliação consiste na conceção e construção de uma nave industrial de armazenagem, com a integração de um armazém totalmente automatizado tipo iCube autoportante. Esta nova nave, com ligação ao armazém atual, contíguo à fábrica existente, terá uma área de 9.150 m2 e uma altura até 33 metros de altura.

Igualmente prevista está a requalificação da zona exterior envolvente, bem como a instalação de um avançado Sistema de Combate a Incêndios.

Em termos construtivos, os principais desafios assentam nas fundações do armazém automático, que exigiu que fosse adotada uma solução com a execução de fundações indirectas.
Fundada em 1968, a Intraplás, Indústria Transformadora de Plásticos, S.A. dedica-se à produção de Laminados e Embalagens Plásticas para a Indústria Alimentar. A permanente atualização e inovação tecnológica dotaram a Intraplás de competências diferenciadoras, que se traduzem numa liderança no mercado. Exportando acima de 80% da sua produção e com presença em mais de 20 países, a Intraplás é uma referência no setor, e um parceiro especializado no desenvolvimento de soluções de embalagem para a indústria alimentar.

Dados do projeto:
Localização: Lordelo, Guimarães
Construção e Engenharia: Garcia, Garcia
Área de Implantação: 17.200 m2
Área de Construção: 9.150m2
Área Industrial / Armazém: 9.015 m2
Cércea: 33 m

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segunda-feira, 24 de julho de 2017

Grupo dst constrói viaduto na segunda circular em Lisboa

A empresa dst, sa, está executar o projeto de requalificação da Segunda Circular, em Lisboa, nomeadamente na construção de um viaduto de ligação, sobre o atual cruzamento desnivelado entre a Avenida Padre Cruz e a Segunda Circular, passando esta a estar ligada à Avenida do Campo Grande. A obra representa um volume de negócios de mais de 1,5 milhões de euros para o grupo dst.

A obra, que se desenvolve ao longo de dois vãos com quase 63 metros de comprimento, inclui ainda, sob o viaduto, um novo tramo de ligação entre a Segunda Circular e a Avenida Padre Cruz. Este novo tramo, que surge com o objetivo de vencer o desnível entre as duas vias existentes e garantir um alinhamento muito próximo daquela circular da cidade de Lisboa, obrigará à construção de um muro de suporte para contenção do volume de terras.
A empreitada, com assinatura da Betar Consultores, prevê ainda a construção de um terceiro tramo, que consiste na relocalização do tramo que liga atualmente a Avenida do Campo Grande à Avenida Padre Cruz, a poente do viaduto. A dst, sa, é o empreiteiro geral da obra, cabendo à bysteel, do grupo dst, o fabrico e a montagem da estrutura metálica do viaduto, montagem esta que está a ser realizada parcialmente de noite, devido aos conhecidos constrangimentos de trânsito do local. A ligação final entre os dois tramos do viaduto, será feita com auxílio de 2 soldadores em simultâneo.
Para José Teixeira, presidente do Conselho de Administração do grupo dst, esta empreitada “reforça o posicionamento do nosso grupo na área da construção em Portugal, fruto de um know-how único, associado à capacidade de inovação e cumprimento de prazos”. O mesmo frisa ainda que “é motivo de orgulho redobrado para o grupo dst participar no projeto de requalificação de uma das principais vias da capital, que, após a intervenção, beneficiará de uma melhoria significativa no trânsito, naquele que é um dos locais que regista maior volume de tráfego”.

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5 R's das obras na construção existente

Existe por vezes alguma confusão em definir os tipos de intervenção em construção existente. A sistematização que apresento tem como base uma apresentação que Demétrio Alves efetuou em 2015 numas Jornadas de Revitalização Urbana em que estive na organização.

Assim teremos os 5 R’s tendo em conta o seu grau de intensidade física e morfológica bem como os objetivos, natureza e âmbito espacial.

RENOVAÇÃO: Apresenta um grau de intensidade muito intenso. Sendo a substituição total do edificado preexistente, através de prévia demolição voluntária, ou na sequência de sinestros, acidentes ou cataclismos naturais. São intervenções em geral bem localizadas (partes de vilas ou cidades) e de larga escala de atuação.

REABILITAÇÃO: Grau intenso, na vertente do edificado, embora podendo ser apenas médio quanto às morfologias urbanas globais. Visa a não destruição/demolição do preexistente, mas o restauro metodológico e participado, com vista à adequação a novas necessidades sociais, económicas, energéticas, estéticas funcionais, etc.

REQUALIFICAÇÃO: Com um grau intenso nos espaços públicos e nos edificados públicos, por exemplo em bairros sociais e ambientes degradados e deprimidos. Procura melhorar as condições de vida das populações, habitantes e visitantes, promovendo a construção e recuperação de equipamentos e infraestruturas, com a valorização do espaço público e promoção de medidas de dinamização social e económica.

REVITALIZAÇÃO: Apresenta uma intensidade reduzida, tratando-se de um processo que assenta num plano estratégico de médio a longo prazo. Será a soma de projetos num determinado território. Programado para assegurar a sustentabilidade no sentido amplo. Não está ficado numa localização, embora a sua operacionalização implique ações locais.

REGENERAÇÃO: Apresenta um grau intenso de intervenção, apresentando pontos comuns da Requalificação e da Revitalização, sendo zonado e localizado. Visa transformar o espaço público e a base socioeconómica de certas áreas urbanas obsoletas, através de requalificação e da melhoria do ambiente urbano. São usualmente fases de um processo de Revitalização.
Considero esta sistematização um ótimo ponto de partida para conseguirmos desde o princípio do projeto ou do programa se definir o âmbito do pretendido, bem como a escala temporal que se está a perspetivar.

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Artigo escrito por Susana Lucas do SEIbySusana.

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sexta-feira, 21 de julho de 2017

Sede do BNL-BNP Paribas em Roma

O edifício da sede do BNL-BNP Paribas Group, em Roma, é um exemplo impressionante de como conjugar, com sucesso, o desenho arquitetónico inovador com o máximo de conforto e bem-estar para os seus ocupantes. Projetado pelo ateliê de arquitetura italiano 5+1AA Alfonso Femia Gianluca Peluffo, o edifício de 12 andares (com quatro níveis subterrâneos adicionais) foi criado de forma a integrar-se no ambiente urbano circundante.

Concluído em 2016 e localizado junto à Estação Ferroviária de Tiburtina em Roma, a estrutura acolhe mais de 3.000 locais de trabalho, para além de um centro de formação, um auditório, um restaurante, garagens, um ginásio, uma creche e um terraço com vista panorâmica. Devido ao inteligente vidro estrutural, a estética é visualmente atrativa, refletindo a parte envolvente do edifício em todos os lados e mudando o seu aspeto dependendo da hora do dia e do clima.
O projeto destaca-se igualmente pelo seu elevado nível de compromisso face à sustentabilidade ambiental, refletido nas certificações de classe A e LEED Gold, apresentando um menor consumo de energia quando comparado com os edifícios tradicionais. Em julho de 2016, a sede foi reconhecida com o galardão "The Plan 2016" para o melhor desenvolvimento imobiliário para escritórios, concorrendo contra 500 outros projetos de todo o mundo.
Combinar o controlo solar com cores e reflexos
O vidro ajuda a transformar o edifício numa estrutura semelhante a uma miragem, cujo aspeto muda continuamente à medida que capta os reflexos do céu e das luzes da cidade, ao mesmo tempo que evita ser um obstáculo para a vista. A estética também oferece a transição perfeita entre a Estação de Tiburtina e os bairros residenciais circundantes.

Como Alfonso Femia, Sócio Fundador, Presidente e Diretor Executivo da 5+1AA e Gestor de Projetos, afirmou: “O nosso objetivo era responder às necessidades funcionais com um edifício que pudesse, no que diz respeito à autonomia e identidade, pertencer ao contexto urbano da Estação de Tiburtina, representando simultaneamente a cidade de Roma e os seus utilizadores".

“Partindo destas premissas, criámos um edifício capaz de se relacionar de uma forma diferente com o distrito de Pietralata, a noroeste, e com o complexo da Estação Tiburtina, a sudeste. Com as suas cores dinâmicas e reflexivas, o vidro no edifício procura o seu próprio diálogo com a parte envolvente e com as luzes de Roma. De noite ou de dia, o vidro oferece reflexos cromáticos, cores e transparências únicos e em constante mudança. Desta forma, o edifício assume diferentes papéis, remetendo a nossa imaginação para importantes obras de artistas contemporâneos e cineastas que abordaram os temas da "perceção" e "reflexo” da realidade”.
 
Para o vidro estrutural, a Guardian Glass forneceu cinco produtos diferentes da sua gama de vidro de controlo solar SunGuard® – quatro destes proporcionam um visual prateado e, o outro, um visual mais neutro. Todos estes produtos de vidro revestido oferecem diferentes níveis de transmissão e reflexo externo de luz para atender aos requisitos precisos do arquiteto. Através de uma cuidada seleção destes produtos, o arquiteto conseguiu distribuir os vários tipos de vidro por todo o edifício de uma forma lógica e esteticamente atraente, alcançando, ao mesmo tempo, o desempenho de controlo solar exigido.

Todas as unidades de vidro isolante duplo (UVI) no edifício são constituídas por:
- Um painel exterior de vidro temperado com 10 mm ou vidro flotado Guardian ExtraClear® sem revestimento, ou um dos cinco produtos de vidro de controlo solar Guardian SunGuard (detalhados abaixo).
- Um espaçador com 16 mm preenchido com árgon.
- Um painel interior de vidro de isolamento térmico Guardian ClimaGuard® 1.0 com 10 mm
Os cinco diferentes produtos Guardian SunGuard utilizados nos painéis exteriores são:

- Guardian SunGuard® Solar – um vidro de controlo solar que reflete o calor do sol para longe do vidro, ajudando a evitar que o espaço interior sobreaqueça. A gama oferece uma grande variedade de cores (neste caso, prata e neutro) combinadas com excecionais requisitos técnicos térmicos. Foram utilizados três produtos de vidro SunGuard® Solar neste projeto: SunGuard® Solar Silver 10, SunGuard® Solar Silver 20 e SunGuard® Solar Neutral 67 – todos oferecem diferentes níveis de transmissão de luz e de ganho de calor solar.

- Guardian SunGuard® High Performance - A série Guardian SunGuard® High Performance de vidro de controlo solar oferece a máxima flexibilidade de projeto, combinando opções visuais únicas com diversas de opções de ganho de calor solar e de nível de isolamento térmico. Foram selecionados dois produtos de vidro SunGuard High Performance para este projeto: Vidro Guardian SunGuard® HP Silver 35/26, que oferece uma transmissão de luz de 35% em conjunto com um fator solar de 26%*. Isto reduz o brilho da luz solar direta, ao mesmo tempo que oferece uma excelente reflexão do calor solar, o que ajuda a manter o edifício fresco e a reduzir a solicitação do ar condicionado. Apresenta um valor U de 1,2 W/m2K, oferecendo um bom isolamento térmico. Também foi utilizado o vidro Guardian SunGuard® HP Silver 43/31 que oferece uma transmissão de luz de 43% em conjunto com um fator solar de 31%*.
Foi selecionado o vidro Guardian ClimaGuard 1.0 para o painel interior de todas as UVI duplas. Este vidro termicamente isolante com um valor U de 1,0 W/m2K oferece o mais elevado nível de isolamento térmico fisicamente possível em UVI padrão com vidro duplo. Transparente e com uma cor neutra, este vidro transmite a luz magnificamente.

Para esta combinação de transparência, estética e desempenho, o arquiteto escolheu o vidro flotado Guardian ExtraClear para ser utilizado nos painéis exteriores. Este proporciona uma maior neutralidade de cores na transmissão e reflexão.

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quarta-feira, 19 de julho de 2017

Ordem dos Engenheiros acusa a Ordem dos Arquitetos de persistir na ilegalidade criada

O Bastonário da Ordem dos Engenheiros escreveu um artigo no Jornal Económico onde defende a intenção do grupo de engenheiros que pretende continuar a realizar atos de arquitetura. Segundo Carlos Mineiro Alves a Ordem dos Arquitectos persiste na ilegalidade criada, discriminando assim 200 profissionais que não podem efetuar esses atos em Portugal, quando o podem fazer na restante União Europeia. Recorde-se que a Ordem dos Arquitectos acusou de "chico-espertice" o grupo de engenheiros aqui em causa. De seguida transcrevemos algumas frases fortes do artigo de opinião do Bastonário da Ordem dos Engenheiros (que pode ler na íntegra no site do JE).

- Com algum alarido, a Ordem dos Arquitetos (OA) tenta passar publicamente mensagens imprecisas, socorrendo-se de nomes sonantes e de apoios internacionais, com o fito de transmitir a ideia de que a força popular legitimará novamente a violação do Direito Comunitário, o que confunde os cidadãos.

- Os engenheiros e os arquitetos por ela abrangidos trabalham, pois, ao abrigo dos “mesmos direitos adquiridos”, situação a que a lei da vida porá cobro. Os restantes engenheiros nunca o fizeram, nem poderão fazer!

- Com efeito, se a Lei 9/2009, de 4 de março, acautelou os “direitos adquiridos” de todos, as que se lhe seguiram subverteram-nos, tentando sonegá-los aos engenheiros civis.
- A OA persiste na ilegalidade criada, defendendo uma situação que lesa perto de 200 portugueses e que discrimina estes profissionais no seu próprio país, que não podem aqui trabalhar (atos de arquitetura) quando o podem fazer no resto da UE, e sem nunca questionar a atividade em Portugal de profissionais estrangeiros abrangidos pela mesma Diretiva.

- [...] estes engenheiros têm toda a razão, dado que o devido enquadramento legal europeu não foi acatado no seu país.

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Ordem dos Arquitetos denuncia "chico-espertice" de grupo de engenheiros

A propósito do projeto lei que está a votação no parlamento e que se for aprovado reabre trabalhos de arquitetura a alguns engenheiros, Daniel Fortuna do Couto, vice-presidente da Ordem dos Arquitetos, deu uma entrevista ao I onde ataca a intenção de levar esta situação para a frente. A entrevista acaba por ser bem mais do que apenas uma crítica a essa intenção, tendo inclusive diversas frases polémicas. Por sua vez a Ordem dos Engenheiros acusa a Ordem dos Arquitetos de persistir na ilegalidade criada. De seguida transcrevemos algumas frases fortes da entrevista do vice-presidente da Ordem dos Arquitetos (que pode ler na íntegra no artigo do I).

- Serão centenas de casos [inscritos na Ordem dos Engenheiros que se formaram como arquitetos] e houve cursos específicos para atualizarem a sua formação. Aquilo a que estamos a assistir agora é a um grupo que se diz ser de 200 engenheiros – mas que ninguém sabe quantos são – que procura ser reconhecido com base num chico-espertismo.

- Não queria usar casos extremos, mas assinalámos recentemente os 150 anos da abolição de pena de morte. Quando foi abolida, os carrascos deixaram de ter trabalho. Foi abolida em Portugal a possibilidade de os engenheiros fazerem projetos de arquitetura. Para que eles se adaptassem foi-lhes dado um período de transição de cinco anos. Ao fim deste período foram dados mais três anos de transição, o que vai ao encontro de toda a jurisprudência de como se cessam direitos adquiridos. E quer-se agora revogar aquilo que foi um avanço.

- A arquitetura, a paisagem, o território. É tão só o que tem mantido Portugal a sair da crise.

- A culpa não é só dos engenheiros, é essencialmente da pouca formação com que se tratou os processos urbanísticos durante demasiados anos.

- Toda a reabilitação das nossas cidades e obras novas têm tido ganhos de qualidade [na sequência da mudança da lei em 2009] que têm levado a mais reconhecimento internacional e interno.

- Os arquitetos portugueses são reconhecidos do Qatar à América do Sul, do Japão a Londres.

- Em todas as profissões há sempre os melhores e os menos melhores. [relativamente aos "mamarranchos" de arquitetura]
- Todo um leque disciplinar que os engenheiros não dominam. Os engenheiros têm cadeiras durante o curso que lhes permitem dominar o desenho de arquitetura. Sabem desenhar uma fachada como eu sei desenhar um coração. Mas isso não faz de mim um cardiologista.

- O arquiteto é, por natureza da sua formação, aquele que desenha o espaço e isso não está ao alcance de qualquer outro curso ou formação. São universos conceptuais distintos.

- O que temos é uma disputa entre alguns engenheiros que pretendem ganhar na secretaria, com o apoio inexplicável da Ordem depois todos os outros engenheiros que não concordam com isso.

- Basta ir à página de Facebook da Ordem dos Engenheiros para ver uma discussão em que são os próprios engenheiros a questionar por que motivo se quer voltar atrás no tempo.

- A arquitetura é para os arquitetos e a engenharia para os engenheiros, e têm de trabalhar em complementaridade.

- Estes engenheiros que agora querem as suas habilitações reconhecidas não se adaptaram, mas houve outros que o fizeram. Para esses, o Estado ao aprovar esta lei estaria a quebrar o princípio da confiança e o princípio da igualdade.

- Mas uma coisa posso garantir: a obra desenhada por um arquiteto não é mais cara do que a desenhada por um engenheiro. E é fácil perceber porquê: um arquiteto leva o desenho da obra ao detalhe e, portanto, tudo está muito mais previsto desde o inicio.

- A obra do engenheiro deixa tudo muito mais à consideração do tempo. [explicando o porquê de afirmar que as obras desenhadas por engenheiros têm mais derrapagens]

- Espanta-me este apoio que a Ordem dos Engenheiros decidiu dar a estas pessoas que têm uma visão anacrónica.

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terça-feira, 18 de julho de 2017

Praças Concreta constroem na Exponor o futuro da arquitetura nacional

A Concreta – Feira de Construção, Reabilitação, Arquitetura e Design, que decorre na Exponor entre 23 e 26 de novembro, quer afirmar-se como o maior evento de arquitectura do ano e como um pólo de negócios. O evento vai reunir as empresas que marcam a diferença no setor da construção, apresentando novas formas de trabalhar e integrando nos seus produtos, o potencial das indústrias criativas. São empresas com capacidade de exportação do nosso saber, conjugando a nossa forma de fazer com a de criar. Este espírito estará bem patente nas «Praças Concreta». O evento será comissariado pelo arquiteto Diogo Aguiar.

A Ordem dos Arquitetos - Secção Regional do Norte (OASRN) é o parceiro principal deste certame, marcando presença com uma praça dedicada à ‘arquitetura’ e onde 20 gabinetes vão expor o seu trabalho. O auditório para conferências será outra das atrações da OASRN.

Prémio ‘Concreta/CIN’
Mas a Concreta contará ainda com mais praças no interior da Exponor, o que permitirá uma ampla visão sobre a arquitetura e o design. Os jovens arquitetos contarão com o seu espaço, na Praça do Prémio Concreta/CIN. André Chiote, arquiteto e ilustrador levará à ‘Praça da Ilustração de Arquitetura’ as ilustrações que eternizam obras-primas de nomes incontornáveis, o mesmo acontecendo na ‘Praça Tapeçarias’, com trabalhos têxteis de Ana Aragão. Na ‘Praça da Fotografia de Arquitetura’ (com trabalhos do fotógrafo Francisco Nogueira) e na ‘Praça do Vídeo de Arquitetura’ (sob a batuta da Building Pictures), o poder da imagem vai revelar ângulos surpreendentes de projectos únicos.

E como este é um setor onde a integração na envolvente é fundamental, nas suas mais diversas vertentes, a ‘Praça do Portal da Construção Sustentável’ apresentará propostas inovadoras para uma actividade cada vez mais responsável.

Architects on Business
Outra das iniciativas em relevo é a "Architects on Business" que tem como objetivo divulgar o trabalho dos arquitetos a nível nacional e aproximar a arquitetura ao público em geral.

O design também marca presença, através de uma parceria com a Associação Portuguesa de Designers, com um espaço próprio onde serão apresentados trabalhos de designers nacionais, assim como um polo de jovens designers.
A Engenharia também estará em destaque com a presença da Ordem dos Engenheiros, com membros de todos os colégios, num intercâmbio que se espera frutuoso.

Esta edição da Concreta pretende ser um espaço que servirá de inspiração e de divulgação de produtos inovadores, dando ainda a esta indústria a possibilidade de se reinventar e de rever processos, sem esquecer que este é um setor que passa por uma mudança de paradigma, com a reabilitação em franco crescimento nos principais centros urbanos nacionais e a ocupar uma quota de mercado cada vez mais apreciável.

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Galerias Fashion Flats nasce na Baixa do Porto num investimento de 2 milhões de euros

A Baixa do Porto vai ter a oferta de alojamento local reforçada com um conjunto alargado de novos apartamentos, na zona das conhecidas “Galerias”. O projeto Galerias Fashion Flats nasce após um investimento de cerca de 2 milhões de euros, assegurando novos locais de estadia para turistas ou visitantes da Invicta, numa altura em que há cada vez mais procura dado a época alta de Verão.

A Feel Porto, empresa de gestão de alojamento local, é a responsável pela administração dos apartamentos, passando assim a gerir mais de 50 ativos no Porto, num segmento considerado alto. “Até ao momento, apesar de já contarmos com alguns clusters de apartamentos, temos a gestão dos nossos ativos dispersos por vários edifícios no Grande Porto. Com este projeto passamos também a gerir uma porção do edifício, o que nos permite mais liberdade no momento da disponibilização do serviço ao hóspede e se revela mais estratégico numa altura em que o alojamento local é tão discutido”, avança Rui Lé Costa.
O CEO da Feel Porto afirma ainda que o novo projeto “acrescenta também uma mudança de paradigma” no tipo de apartamentos que a empresa vai passar a ter disponível. “Estávamos mais focados em apartamentos de luxo de maior dimensão, orientados para o lazer, para famílias ou grandes grupos que procuram o lado mais histórico e cultural da cidade. Com o Galerias Fashion Flats vamos introduzir um conceito mais jovem e dinâmico, focado naqueles que querem viver com a máxima intensidade a baixa do Porto e usufruir do melhor que “movida” tem para oferecer ou, também, para quem viaja sozinho, como acontece no segmento corporate, que procura tipologias mais pequenas.
Situado na Rua da Galeria de Paris, o Galerias Fashion Flats nasce assim no coração do Porto e garante o alojamento para cerca de 50 pessoas, com apartamentos de tipologias T0 a T2. Destaque ainda para o novo rooftop, introduzido com a obra de reabilitação do edifício, que vai permitir que os hóspedes usufruam de uma vista para a cidade do Porto, assim como momentos de descontração e lazer.
No processo de reabilitação foram tidos em conta fatores como o ruído, próprio da atividade noturna que se vive atualmente naquela zona da cidade, a fim de garantir o máximo conforto para os hóspedes. Para tal foram utilizados materiais isoladores, como a cortiça no pavimento, peliculas isoladoras nas paredes, e janelas duplas com o intuito do potenciar a insonorização.
Até ao final do ano a Feel Porto conta ainda com entrada de novos ativos para gestão, nomeadamente, na zona da Trindade, Cardosas e do Campo Alegre.

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Monte Gordo inaugura maior passadiço pedonal do Sotavento

O município de Vila Real de Santo António inaugurou, esta sexta-feira, o passadiço pedonal da praia de Monte Gordo. A estrutura, que contou com um investimento de um milhão de euros, possui 3 quilómetros de extensão e constitui já o maior passadiço sobrelevado do Sotavento algarvio.

A estrutura foi batizada como Passeio Marítimo Dr. António Almeida Santos, em homenagem ao ex-presidente da Assembleia da República, frequentador assíduo desta localidade e que em muito contribuiu para a consolidação turística da praia de Monte Gordo, com a qual mantinha laços de afinidade.

O passadiço está orçamentado em um milhão de euros e está iluminado em toda a sua extensão, possuindo zonas de descanso, bem como um circuito pedonal e de lazer.
Também esta sexta-feira, o presidente da Câmara Municipal de VRSA anunciou a construção da fase II do passadiço, que irá ligar o troço já existente à praia de Santo António (perto da foz do Rio Guadiana, em VRSA).

O prolongamento está orçamentado em um milhão de euros e terá mais 4 quilómetros de extensão, sempre com o magnífico enquadramento da Mata Nacional das Dunas Litorais. Uma vez terminado, será o maior do Algarve e um dos mais extensos do país.

Além do acesso ao areal, o equipamento garante, este Verão, o acesso a todos os apoios de praia existentes em Monte Gordo, que poderão funcionar normalmente até ao dia 15 de outubro.

Após essa data, os concessionários terão até ao dia 8 de fevereiro de 2018 para demolir as antigas estruturas e proceder à construção das novas, que ficarão ao mesmo nível do passadiço e possuirão uma arquitetura uniformizada.

Para Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de VRSA «este é o passadiço de todos: da população, dos agentes económicos e empresariais e dos que escolhem a baía de Monte Gordo para passar férias».
«Queremos, pois, a reafirmação daquela que foi a primeira zona balnear do Algarve e onde nasceu o turismo algarvio, nos anos 60, com a construção do Hotel Vasco da Gama. O passeio marítimo obrigou a uma grande concertação, mas os bons resultados estão à vista», prosseguiu.

Requalificação da duna e do calçadão também em plano
Ao nível ambiental, será ainda recuperado o cordão dunar da praia, enquanto as construções a implementar serão sobrelevadas, de forma a evitar o pisoteio, e obedecerão a materiais e projetos sustentáveis.

A reabilitação da praia de Monte Gordo junta-se ao processo de requalificação da frente de mar (calçadão), promovido pela autarquia de VRSA e avaliado em 2,2 milhões de euros.

O passadiço será comparticipado pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos e pela Agência Portuguesa do Ambiente.

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segunda-feira, 17 de julho de 2017

Manual do Arquitecto Descalço

Finalmente chegou o livro sobre o qual estava com muita curiosidade: o Manual do Arquiteto Descalço de Johan Van Lengen. A sua apresentação e forma de explicar os conceitos é muito simples e intuitiva, bem como os desenhos bastante ilustrativos das soluções, em especial para habitações unifamiliares. Posso dizer que é um ótimo manual para quem se quer iniciar na área e não só… Por vezes com a simplicidade conseguimos analisar as soluções com maior clareza.

No primeiro capítulo é apresentado tudo o que deve ser considerado no projeto, desde o desenho, forma da casa, a sua implantação até à sua ligação com a envolvente. Nos 3 capítulos seguintes são divididas as tipologias de casas pela sua localização, trópicos húmidos, trópicos secos e zona temperada. É assim sistematizado o que é usual utilizar em cada zona para as diversas componentes das casas, bem como as necessidades distintas de conforto.

Em seguida são apresentados os materiais, os tipos que existem e como deve ser efetuada a sua escolha, desde questões de manutenção, à sua existência no local, à possibilidade de transformação ou a necessidade de mão-de-obra especializada.

Depois são abordados os temas relacionados com a obra em si. Como esta deve ser preparada, à aplicação de materiais e construção das diversas componentes até às instalações técnicas.

Nos três capítulos seguintes são abordadas questões relacionadas com a energia, água e saneamento. Desde o seu fornecimento até sistemas de armazenamento ou produção.
Como tinha referido inicialmente todo o livro é ilustrado de um forma fantástica e muito explícita de apresentação de soluções.

Considero que este livro é um excelente manual tanto para arquitetos como engenheiros ou técnicos na área da construção, para analisarem como pode existir construção com soluções já existentes e muito recorrentes, que estão comprovadamente adaptadas às condicionantes locais.

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Artigo escrito por Susana Lucas do SEIbySusana.

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Palacete de Belmarço em Faro - Reabilitar o Património Nacional

Verão em terras algarvias não se traduz apenas em aproveitar a praia, há muito que explorar e apreciar, e para quem tem a construção bem vincada dentro de si, os edifícios não escapam à vista. O passeio foi em Faro. O centro histórico, designado por cidade velha histórica, é tão típico como outras cidades portuguesas, as imponentes igrejas, a catedral riquíssima com os seus altares, a mistura de edifícios novos com antigos e com as características “casinhas” dos pescadores, a calçada antiga, polida com o tempo e os jardins bem conservados. Aqui, existem três bairros: a Mouraria, o Bairro Ribeirinho e a Vila-Adentro.

É neste último, na Vila-Adentro, que se encontra o Palacete de Belmarço. Neste momento, encontra-se rodeado por rede, andaimes e tapumes, sendo que a sua imponência não é facilmente visível mas suscita curiosidade.

O Palacete de Belmarço foi edificado entre 1912 e 1917 para habitação própria de Manuel de Jesus Belmarço, natural de Faro, e que fez fortuna no Brasil com o negócio de café e cereais. Para o desenho de projeto do edifício, Belmarço contratou um arquiteto lisboeta, autor de outros palacetes urbanos de estrutura imponente e gosto eclético - Manuel Joaquim Norte Júnior.
O corpo principal divide-se em três pisos, a que se acrescentam os dois pisos da torre, que inclui uma mansarda. A traça do edifício obedece à moda revivalista do seu tempo, destacando o torreão-mirante com sacadas de ferro forjado, as cantarias, os elementos decorativos em pedra lavrada e, esculpida no calcário, a cabeça de mulher de esfíngico sorriso, que ladeia a porta principal e os painéis de azulejos, datados de 1916 e assinados por Pinto, representando monumentos nacionais e paisagens e a escada de acesso ao andar nobre em estrutura de ferro representativa da época da Arte Nova.
Ao falecer em 1918, Manuel de Jesus Belmarço deixou o edifício ao seu filho, Vidal Belmarço e sua esposa, que viveram aí até aos anos 60. Em 1996, a Câmara Municipal de Faro adquiriu o edifício com a intenção de o reabilitar para instalar o Tribunal da Relação de Faro. A autarquia ainda investiu 250 mil de euros em obras de reabilitação mas aquando a abertura do fosso de elevador detetou-se que as fundações do palacete estavam ao nível das águas da ria formosa e concluiu-se que, com o agravamento dos custos inerentes, a obra tinha chegado ao fim.
Em 2006, a Estamo – empresa pública que gere o património imobiliário do Estado, adquiriu o imóvel e em 2014 vendeu-o em hasta pública a uma empresa da região – a Suburbs, detentora da Herdade do Menir, onde é produzido o vinho alentejano Couteiro Mor, e os empreendimentos turísticos Lagoa do Ruivo, em Castro Marim.

As obras de reabilitação deram início em setembro de 2016 e a sua conclusão está prevista para o início do ano de 2018. Devido ao avançado estado de degradação do imóvel, a reabilitação passa pelo reforço da estrutura do edifício, assim como na recuperação de todo o interior. O Palacete passará a ser a sede administrativa de várias empresas, convertendo o espaço em escritórios funcionais e de qualidade superior. Houve uma grande preocupação em manter a arquitetura original, dessa forma, foram selecionadas as melhores empresas nacionais em termos de capacidade técnica, profissional e experiência na área de recuperação de edifícios históricos.
O dono da empresa, João Rodrigues, natural de Faro, pretende dar uma nova vida a um outro edifício emblemático nesta cidade, o Antigo Magistério Primário, que também comprou em hasta pública e que pretende transformar numa unidade hoteleira de luxo.
Alguém disse um dia que “Daqui por diante é preciso conservar sistematicamente, pois a degradação também é sistemática”. Felizmente, os mais abastados, compreendem o significado desta frase e permitem que o nosso património respire de novo.

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Artigo escrito por Catarina Vicente.

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sexta-feira, 14 de julho de 2017

Oli associa-se ao Espaço Familiar Ronald no Hospital Santa Maria

Solidária com as famílias com crianças em internamento hospitalar, a Oli associou-se ao primeiro Espaço Familiar Ronald McDonald, em Portugal, inaugurado, na quarta-feira, pelo Ministro da Saúde, Adalberto Campos, no Hospital de Santa Maria - Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN).

Com uma área de 183 metros quadrados, esta segunda casa possibilita aos familiares das crianças internadas na unidade de pediatria descansarem, tomarem um duche, fazerem refeições, lavarem e secarem roupa.

A Oli equipou este “refúgio” com sistemas sanitários “Oli 74 Simflex”, placas de comando de autoclismos interiores “Oceania Inox Cromo”, misturadoras de lavatório, de duche, de lava-loiças e chuveiro.

António Oliveira, Presidente da Oli, explica que esta parceria: “resulta da política de Responsabilidade Social e Mecenato da empresa, sendo uma boa causa à qual nos associamos desde a primeira hora, fornecendo soluções de banho sustentáveis e inclusivas, porque acreditamos no valioso contributo que o projeto Ronald McDonald dá às famílias num momento emocionalmente difícil”.
Sublinhe-se que, já em 2013, a Oli participou na construção na Casa Ronald McDonald Porto que apoia o Hospital de São João e o Instituto Português de Oncologia.

A primeira casa Ronald McDonald nasceu em 1974, em Filadélfia, nos Estados Unidos, existindo hoje 335 casas construídas, em 35 países, e envolvendo mais de 30.000 voluntários.

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segunda-feira, 10 de julho de 2017

Casa nobre do século XVI na Baixa do Porto dá lugar ao edifício Flores 77

O edifício que serviu de residência à família nobre portuense, os Sousa e Silva, construído no século XVI, está a ser reconvertido no edifício Flores 77. Localizado em pleno Centro Histórico do Porto, a Rua das Flores, uma das artérias mais emblemáticas da cidade, o projeto preserva um imóvel de alto valor patrimonial e que se inspira em conceitos contemporâneos de reabilitação, privilegiando o caráter histórico e aristocrático da casa e misturando-o com o luxo e o conforto da habitação moderna. A comercialização está a cargo da Predibisa, consultora imobiliária especializada no norte do país.

Da autoria do gabinete de arquitetura AnarchLab, o edifício histórico está a ser recuperado, dando origem a 13 habitações únicas, todas diferenciadas, de tipologias T0 Mezzanine e T2. Como características do imóvel destacam-se os espaços amplos, que beneficiam de muita luz natural, com áreas de 54 m2 a 127 m2, complementadas por pátios e terraços até 30 m2, tendo preços de venda situados entre os 260 mil e os 650 mil euros.
Salas, quartos e zonas comuns pautam-se por uma linguagem histórica da casa e as restantes divisões definem-se por uma linguagem mais moderna e contemporânea, numa fusão de conforto e bom gosto. Foi dada especial atenção à qualidade dos revestimentos, aos desenhos dos pavimentos, aos equipamentos das instalações sanitárias, cozinhas e à existência de armários roupeiros nos quartos e antecâmaras.
Para além da localização central e de toda a envolvente histórica, o Flores 77 preserva ainda outras características do histórico edifício, como pedra de armas, o brasão barroco da família Sousa e Silva, os amplos arcos internos de aduelas de granito, as senhorinhas em pedra junto das janelas, as pinturas parietais em trompe l’oeil, os exuberantes tetos com decoração estucada ou de caixotões, os lambrins, as portas e portadas em madeira trabalhada ou as típicas varandas em ferro forjado assentes em mísulas de pedra.
Para Joana Lima, responsável da Predibisa pelo negócio, “o edifício Flores 77 destaca-se pela singularidade. Trata-se de um projeto de reabilitação, em pleno coração do Porto, que alia o respeito pela herança histórica do imóvel a uma oferta residencial contemporânea.” A consultora acrescenta ainda que “além do forte simbolismo do edifício, este é um excelente exemplo de reabilitação urbana de sucesso e que vem acrescentar valor à paisagem urbana da Baixa do Porto. O Flores 77 é, sem dúvida, a morada ideal para atrair novos residentes que apreciam a vida cosmopolita e pedonal que a Baixa oferece e para o investidor que pretende rentabilidade. Não temos dúvidas que a comercialização deste novo edifício será um sucesso”.

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A cidade com maior biodiversidade do mundo

Li o artigo no The Guardian, que considerei muito interessante a abordagem às cidades e à biodiversidade. Começa por definir que estamos cada vez mais urbanizados. Estamos entre betão, vidro, betuminoso e aço. Contudo existem cidades em que a ligação com um ambiente natural nunca se perdeu, ou seja, ainda existe coexistência entre os humanos e os animais, como os texugos em Londres ou os pinguins na Cidade do Cabo.

Existem diversos indicadores definidos para identificar a Biodiversidade. Um deles é a percentagem de espaços verdes. Neste momento existe uma viragem da tendência de decréscimo devido às coberturas e fachadas verdes que começam a ser definidas e por vezes exigidas em determinadas cidades.

A título de exemplo Londres tem uma cobertura média de árvores de 19,5%; Los Angeles foi registado como tendo 13% em 2015 após diminuição significativa de 21% em 2008.

Foi mesmo apresentado um estudo Dinamarquês em que existe uma comparação entre a probabilidade de stress das pessoas e a sua distância a espaços verdes, sendo que pessoas que vivam a mais de 1 quilómetro de um espaço verde tinam mais probabilidade de stress dos que vivem a menos de 300 metros.
Em termos de países com maior biodiversidade são os tropicais ou semitropicais, como o Brasil, Colômbia, Indonésia, China, México, Peru, Austrália, Índia, Equador e Venezuela. Contudo a urbanizarem de uma forma acelerada que tem levado à diminuição das prioridades com a natureza e o ambiente, devido às necessidades de abastecimento de água, pavimentação, habitação, educação, saúde e outras questões.

Contudo Singapura demonstrou que estas limitações podem ser parte da solução. Por exemplo as infraestruturas urbanas podem contribuir para prevenir inundações, mitigar as temperaturas extremas e diminuir a poluição. Cidades com estratégias integradas podem promover diversas dinâmicas desde o turismo até melhores condições de saúde pública, promovendo assim a qualidade de vida e felicidade dos seus cidadãos.

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Artigo escrito por Susana Lucas do SEIbySusana.

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quinta-feira, 6 de julho de 2017

Grupo dst amplia unidade industrial da Mora Portugal para aumentar capacidade produtiva

A dst, sa é responsável pela execução do projeto de ampliação da unidade industrial da Mora Portugal, uma empresa especializada na injeção de peças técnicas termoplásticas para a indústria automóvel. A ampliação desta unidade fabril, localizada em Arcos de Valdevez, resulta da necessidade do aumento da capacidade produtiva da Mora Portugal, representando um volume de negócios de mais de 1,3 milhões de euros para o grupo dst, num total de cerca de 4 milhões de euros que a Mora vai investir neste projeto.

A execução dos trabalhos, a cargo da dst sa e com assinatura da DDN, inclui a ampliação do edifício destinado à produção e logística, com uma área aproximada de três mil metros quadrados, bem como do edifício administrativo e equipamentos sociais.
A steelgreen, empresa parceira e especialista no corte e moldagem de varão nervurado em Portugal, participa também neste projeto de ampliação, através do fornecimento, corte e moldagem de armaduras de aço. No final da obra, a unidade fabril da Mora Portugal contará com mais 140 toneladas de estrutura metálica.
A conquista deste novo projeto é para José Teixeira, presidente do Conselho de Administração do Grupo dst, “motivo de satisfação redobrada, não só pelo facto de colocarmos uma vez mais o nosso know-how e capacidade de inovação em termos de construção ao serviço da área industrial, mas também por estarmos envolvidos num processo de ampliação que contribuirá para o aumento da capacidade produtiva do nosso parceiro e, consequentemente, para a dinamização da economia local e nacional”.

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quarta-feira, 5 de julho de 2017

Empresa que detém Oli muda no nome

A Oliveira & Irmão, S.A., empresa que detém a marca portuguesa de soluções de banho OLI, mudou de nome e chama-se agora Oli - Sistemas Sanitários, S.A.

Esta alteração reflete a evolução de uma empresa familiar, fundada em 1954, em Aveiro, para uma empresa global que exporta 80% da produção para 70 países dos 5 continentes, e é líder da Europa do sul na produção de autoclismos.

António Oliveira, Presidente da Oli, explica que a mudança de nome “é uma consequência natural do crescimento e da globalização da empresa, que detém uma marca implementada e reconhecida em todo o mundo”.
“A Oli - Sistemas Sanitários herda a ambição de progresso e a capacidade de mudança que caracterizou os 63 anos de história da Oliveira&Irmão, comprometendo-se com a mesma missão de garantir um espaço de banho sustentável, sem desperdício de água, autónomo e seguro para todos”, afirma.
Sublinhe-se que em 2016, ano em que a Oli cresceu pelo terceiro ano consecutivo, o investimento alocado à expansão internacional e à competitividade industrial foi o maior dos últimos anos. Iniciou a produção de mecanismos numa fábrica própria na Rússia, inaugurou uma filial na Alemanha, concluiu a ampliação da fábrica em Portugal, que engloba uma área total de 82 mil metros quadrados, e lançou a primeira pedra na construção de uma nova unidade industrial de moldes, em Aveiro, destinada ao fabrico de moldes complexos das indústrias hidro-sanitárias e automóvel de todo o mundo.

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