terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Ordem dos Arquitectos opõe-se às obras de ampliação do Lar da Criança em Portimão

A Câmara Municipal de Portimão autorizou obras de ampliação do edifício do Lar da Criança que, segundo a Ordem dos Arquitectos, vão “destruir, subverter e adulterar” o projecto original da autoria do arquitecto António Vicente de Castro. A Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos (OASRS) esteve presente na Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Portimão no passado dia 6 de Fevereiro para apelar à não legalização de obras existentes e do projecto de ampliação do edifício do Centro de Assistência Polivalente, Lar da Criança. Contrariando as recomendações da OASRS e os apelos de outras instituições na área da preservação do património, a autarquia licenciou as obras clandestinas, realizadas e denunciadas desde 1999.

A OASRS pretende “impedir a destruição, subversão e adulteração” do edifício, construído entre 1959 e 1962 e considerado, pelo Docomomo, como “uma obra de referência da arquitectura portuguesa no mundo”, “de valor inestimável” e “um exemplar da obra excepcional do arquitecto António Vicente de Castro”. Com o objectivo de “defender a sua preservação para a posteridade”, o Docomomo enviou à Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) o pedido de abertura de classificação do edifício, que está, ao que a OASRS apurou, “em processo de decisão” na Direcção Regional de Cultura do Algarve.
Em carta enviada em Setembro transacto à presidente da Câmara de Portimão, Isilda Gomes, à Comissão de Coordenação da Região do Algarve e à DGPC, a OASRS expressou “sérias e graves preocupações relativamente às intervenções clandestinas anteriormente realizadas, bem como ao projecto de ampliação solicitado pela actual Direcção do “Lar da Criança”.










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