segunda-feira, 20 de julho de 2015

Trabalhadores da Soares da Costa em protesto no Porto e em Angola

Os trabalhadores da Soares da Costa que estão em Angola com salários em atraso desde maio estão a ameaçar queimar camiões e contentores onde dormem em protesto contra a situação dos atrasos dos ordenados. Os protestos alargam-se ao Porto, tendo os trabalhadores protestado à porta da seda da empresa, antes de se deslocarem até à Câmara Municipal do Porto. O protesto dos trabalhadores da Soares da Costa era encabeçado por uma faixa que dizia "Exigimos o pagamento dos salários em atraso em Portugal, Angola e Moçambique. Despedimento coletivo: Não!".

Em Angola há 400 portugueses a trabalhar para a Soares da Costa e neste momento têm 3 meses de salários em atraso. Segundo o presidente do Sindicato da Construção Civil, Albano Ribeiro, os trabalhadores angolanos da Soares da Costa têm "apenas" 1 salário em atraso, o que indicia uma situação de discriminação.

Em Portugal os 275 trabalhadores em inatividade da Soares da Costa ameaçam mesmo ocupar com as suas famílias os escritórios da empresa.

"A manter-se o não pagamento dos salários, os trabalhadores e suas famílias vão ocupar os escritórios até que sejam pagos os salários", lê-se no comunicado do Sindicato da Construção de Portugal, dizendo ainda que "quer em Portugal quer em Angola a Soares da Costa tem milhões de euros nos bancos e há muitos trabalhadores e suas famílias que estão a recorrer a familiares para se alimentarem."
Recorde-se em 2011 a Soares da Costa avançou com uma reestruturação da empresa, que implicou centenas de despedimentos. No ano passado António Mosquito assumiu a presidência da Soares da Costa após ter injetado 70 milhões de euros na empresa. Juntamente com a Mota-Engil e a Teixeira Duarte, a Soares da Costa figurou entre as 5 maiores construtoras da Europa.










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