sexta-feira, 13 de março de 2020

As empresas de construção estão preparadas para o Covid-19?

Ao longo da semana muitas foram as empresas de construção que publicaram nas suas redes sociais os planos de contingência relativos ao Covid-19, mas analisando esses planos a maior parte não passava das frases de aconselhamento básico para esta situação que se encontram nos mais diversos sites sobre o assunto. Na realidade poucos desses planos eram realmente de contingência. Este é um primeiro artigo sobre o assunto, mais serão publicados em breve.

Na parte de produção em obra o plano de contingência deve ser implementado no local, com a obra em funcionamento. Não é fácil, mas é possível, tudo depende da preparação das chefias das empresas para fazer face a uma situação imprevisível como esta. No caso de não ser possível por algum motivo implementar no local, deve ser considerada a suspensão da obra, de acordo com o dono de obra.

Na parte de escritório as medidas podem ser mais extensivas, e apesar de haver alguma resistência por parte de vários empresários da construção, o que é certo é que muitas empresas de construção têm já muitos dos seus funcionários (técnicos e administrativos) a trabalhar a partir de casa. Em alguns casos estão todos os funcionários de escritório a trabalhar a partir de casa. Esta medida tem várias vantagens que enumeramos nos próximos parágrafos.

Primeiro, e mais importante de tudo, esta medida tem desde logo a vantagem de contribuir para uma menor propagação do Covid-19, o que na perspetiva global do assunto é ótimo.

Segundo, igualmente muito importante, dá aos funcionários a tranquilidade de saberem que têm menos hipóteses de serem infetados e de contaminarem a sua família, o que lhes dará mais motivação para executar o seu trabalho do que aquela que terão se estiverem num escritório onde a qualquer segundo podem ser infetados.

Terceiro, e numa visão mais particular da empresa, a vantagem também é evidente uma vez que diminui a hipótese de contágio dos seus funcionários, e se um for infetado, os outros estão salvaguardados fazendo com que a empresa não tenha que parar (ao contrário do que vai acontecer se estiverem todos a trabalhar num escritório e tiverem que ir todos de quarentena por haver um infetado).

Como dissemos no início do artigo, este é apenas um primeiro artigo sobre a situação do Covid-19, as suas implicações no mercado da construção e a forma como as empresas de construção estão a reagir. Mais serão publicados nas próximas semanas.

Se tem relatos ou experiências com esta situação e quiser partilhar connosco envie-nos as informações para geral@engenhariaeconstrucao.com.










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