segunda-feira, 29 de maio de 2017

Construção tradicional e sustentabilidade

Tem existido uma mudança ou evolução dos sistemas construtivos utilizados. Talvez mesmo uma uniformização. Será que é o caminho? Em Portugal, mesmo sendo um país com uma escala pequena, apresentava uma tipologia de habitações por local ou regiões. Todos nós conseguimos distinguir uma casa tradicional da beira interior de uma casa alentejana. Por isso vou apresentar exemplos de Sustentabilidade destes dois tipos de Casas Portuguesas, mas a análise podia ser mais abrangente.

Assim a construção tradicional apresenta algumas características que podemos analisar com base em critérios de Sustentabilidade.
Materiais: usualmente são locais. Na Beira interior a utilização da pedra granítica é comum, enquanto no Alentejo temos o adobe, construção em terra.

Utilização dos espaços:
é usual nas casas das beiras existir a dita “loja” onde estão os animais, no piso 0, enquanto a casa em si é no piso superior. No Alentejo é usual se entrar para a sala, cozinha e espaço comum como a sua grande chaminé.

Janelas:
usualmente no Alentejo são pequenas e nas Beiras também. Nas primeiras para não entrar o calor e nas segundas para não sair.

Massa térmica: Aqui tendo em conta a espessura das paredes em qualquer um dos casos, acima dos 50 cm, é bastante significativa.

Uso da Água: dado não existir muitos pontos de abastecimento dentro destas casas o seu consumo é minimizado. Existe igualmente, por exemplo mais explícito no Algarve, forma de recolha, armazenamento e utilização da água da chuva.

Resíduos: nas beiras é comum existir um alçapão para descarga dos orgânicos diretamente para os animais. Podendo não ser diretamente mas a separação da parte orgânica para os animais é muito comum, quando os mesmos existem.

Conforto térmico: a massa térmica promove a maximização do conforto. Quem já não entrou numa casa alentejana com 40º lá fora e sentir logo o fresco no interior?

Assim considerando que devemos evoluir na forma de construir e devíamos continuar a aproveitar o que de sustentável temos nas nossas habitações tradicionais.

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Artigo escrito por Susana Lucas do SEIbySusana.










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