quarta-feira, 22 de julho de 2015

Fissura ou junta de dilatação na Ponte Rio-Niterói?

Há uma imagem da Ponte Rio-Niterói, no Brasil, que tem levantado muitos comentários e discussões na internet.

A 'abertura' que se vê na imagem é uma fissura (rachadura se preferir) ou uma junta de dilatação? Faça a sua análise e diga-nos o que pensa.

A seguir à imagem damos-lhe a resposta, leia apenas depois de tirar a sua conclusão.


RESPOSTA

Na altura que a polémica sobre esta imagem surgiu, a concessionária, a CCR Ponte, veio a público esclarecer que se trata apenas de uma junta, não havendo qualquer perigo de desabamento. Segundo a CCR Ponte "esta abertura é necessária e consiste em uma separação física entre as duas partes de uma estrutura, para que estas possam se movimentar sem transmitir esforços entre si". Nesta explicação a concessionária acrescentou ainda que "toda ponte de grandes dimensões precisa deste tipo de abertura para acomodar a movimentação da estrutura em função das variações térmicas, evitando tensões indesejáveis, o que poderia ocasionar fissuras nas lajes e vigas".

De acordo com a CCR, no trecho sobre a Baía de Guanabara, as juntas de dilatação existem a cada 400 metros, com cerca de 13 cm de abertura. Nos acessos ao Rio e a Niterói, há aberturas de 3 cm a cada 30 metros.










13 Comentários:

Virgílio Ventura disse...

Uma mostra de competência que não é de hoje, parabéns.

Carvalho Augusto disse...

a foto é falsa, a junta de dilatação não funciona assim, tem que ter um aparelho de apoio por baixo e em cima uma junta de dilatação a escolher entre vários tipos e materiais, dependendo tambem do gep da dilatação, nem no sistema de aduela nos tuneis se vê uma tal fissura :)

Carlos Lopes disse...

É muito provável que seja uma junta de dilatação. Não estou a ver uma fissura de rotura a ter esta configuração, como que uma das partes a apoiar a outra! Os aparelhos de apoio a existirem não se vêm deste ângulo!

João Moessa disse...

Estou defasado ou está errado a afirmação de junta de dilatação com 13 cm.

Antonio Vieira Rodrigues disse...

Eu também concordo com comentário do senhor. Carvalho.
Visto qua a frissura que se diz ser uma junta de dilatação, não se encontra alinhada na vertical, e nem. se encontra apoiada na esquadria com nada.
Para mim este esclarecimento ,da CCR. Não fundamento.

Joâo disse...

Pode ser verdade se a imagem que vemos for uma parte em consola da ponte. Ou seja, a junta situa-se no fim de cada laje em consola.

Luis Pinto disse...

As juntas não tem que estar obrigatoriamente sobre apoios. A estrutura pode funcionar em balanço sobre os pilares e fazer a junta a meio dos vasos laterais.

Luis Pinto disse...

Não é "vasos", queria dizer "vãos"

Carvalho Augusto disse...

É de admitir que sim , mas pouco usual e prática uma vez que a oscilação dos vãos irão fazer tambem a oscilação da junta na vertical, em vez de só na horizontal, não conheço nenhuma desse género salvo uma no viaduto de Neyrolles-Nantua auto estrada Lyon Geneve, mas mui próxima de um pilar sendo portanto o vão mais afastado do mesmo de pouquíssimos metros, a ver se encontro a foto

Paulo Alcanfor disse...

Entendo que o esclarecimento da C C R, tem sentido sim. Não visitei exatamente esta junta, porém tenho conhecimentos dos dispositivos de engenharia que tornou esta ponte um exemplo de eficiência como uma das pontes mais longas até então.
E um grupo consolidado no ramo rodoviário, com anos de experiencia tanto na Ponte quanto nas maiores e melhores rodovias do Brasil. Das quais pude participar como Empreiteiro de pequenos serviços e construção de passarelas de alguma das rodovias do Grupo.
O quadro de engenheiros e especialista montado para gerenciar a ponte, tem muitos serviços prestados desde que assumiram a ponte. Meus melhores professores de engenharia, foram profissionais que prestaram serviços para ponte, donde foram tirados exemplos de técnicas de construção e manutenção que funcionam em perfeita consonância com o fluxo por anos a fio, sem o menor prejuízo para os usuários. Em fim, como foi afirmado entendo que jamais uma organização com tantos engenheiros de responsabilidade iriam mascarar um problema de tal ordem para enganar a quem? Desta feita, questionar 13 cm, ou aparelho de apoio, posição de fissura, sem um estudo consistente, e mera especulação. Este tipo não torna relevante o eixo da desconfiança. Por outro lado Existe um grupo de estudos sobre a ponte montado em parceria com a faculdade federal do Rio de Janeiro que tem apresentado as melhores soluções a todos os problemas que eventualmente surge nesta bela obra.

Paulo Alcanfor disse...

ok

Carlos Manuel Rosa disse...

Fáz algum tempo que esta foto apareceu no face, e eu pensei no assunto e entendi que era brincadeira, então copiei a foto e num programa apropriado desenhei uma junta igual.Já trabalhei em pontes e sei que são necessérias juntas no entanto o que me fez duvidar foi a cor azulada que se vê na longarina posterior e julgo que náo se devia ver, contudo não conheço o projeto.

Simone disse...

Eu não vi esta junta, apenas na foto, e não conheço o projeto para certificar a sua existência, mas sabendo que a ponte não foi feita "in loco" e sim pré moldada e depois transportada até o local, este tipo de junta deve ter sido moldado e planejado para que, caso haja alguma intempérie que ocasiona-se uma "queda" de qualquer das estruturas estas se apoiasem (servindo de apoio uma a outra), evitando momentaneamente um desabamento completo. Posso estar supondo uma asneira enorme, mas é o que me parece vendo a foto e a posição de encaixe entre as placas.

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