domingo, 18 de agosto de 2013

Transaccionados 35.000 m2 de escritórios no primeiro semestre do ano em Lisboa

No 1º semestre deste ano foram colocados cerca de 35.000 m2 de escritórios em Lisboa, o que revela um desempenho semelhante a 2012, que no período homólogo registou uma colocação de 36.000 m2. De notar que 2012 foi o ano com pior desempenho desde que há registo, em linha com a crise generalizada no mercado imobiliário e na economia. O pico da procura no mercado de escritórios de Lisboa aconteceu em 2008, quando foram transaccionados mais de 230 mil metros quadrados.

A fraca actividade deste sector é fruto não só do aumento verificado no desemprego, mas também da incerteza e falta de confiança que se continua a viver no cenário económico nacional e europeu. As tomadas de decisão das empresas em relação à opção por novos espaços de escritórios são hoje, na sua maioria, motivadas por uma estratégia de redução de custos, o que leva em muitos casos à renegociação de contratos ou a processos de downsizing em termos de recursos humanos, que em alguns casos conduzem a mudanças de instalações para espaços de menor dimensão.

Os negócios motivados por expansão de áreas ocupadas ou de abertura de novas empresas com áreas significativas são muito pouco frequentes no mercado português desde 2008, registando-se uma actividade residual que tem ajudado a manter os elevados níveis de disponibilidade e pressão nos valores.

No 1º semestre de 2013 a taxa de desocupação média do mercado de escritórios de Lisboa situa-se acima dos 13%, sendo que a zona 6, Corredor Oeste, foi a localização com uma maior desocupação, tanto em termos percentuais (20%), como em volume, somando-se só nesta zona cerca de 190 mil m2 de escritórios disponíveis.

Em termos de valores de mercado, a renda prime mantém-se nos 18,5€/m2/mês em Junho de 2013.

Segundo Carlos Oliveira, partner e director do departamento de escritórios da Cushman & Wakefield, “As perspectivas de fecho de ano em 2013 não apontam ainda para uma inversão da situação dos últimos anos, embora pareça que se tenha atenuado o ritmo contínuo de desvalorização, sendo provável que se volte a assistir a uma ligeira melhoria nos níveis de procura de escritórios no próximo ano, embora ainda com pressão sobre os preços.”

“O facto de se ter travado quase completamente a construção especulativa ajuda a que apesar da baixa absorção, os níveis de disponibilidade não tenham subido de forma muito significativa ”, conclui Carlos Oliveira.










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