terça-feira, 17 de outubro de 2017

E se a sua casa fosse um contentor?

Na Era da Sustentabilidade, o respeito pelo ambiente e pela natureza é o melhor amigo para a humanidade. Como tal, a construção civil tem cada vez mais que se modernizar e se tornar criativa na forma como executa as suas obras. A reabilitação de edifícios, a poupança dos recursos naturais e a introdução de novos produtos, reciclados e eco-friendly, são pontos importantes para tornar uma construção sustentável. “Mas então e se utilizássemos um contentor marítimo e fizéssemos dele a nossa casa?”

Os contentores marítimos têm uma vida útil de cerca de 15 anos, contudo, dada a sua composição conter aço corten (material que apresenta 3 vezes mais resistência à corrosão comparativamente ao aço comum) a sua durabilidade pode atingir os 90 anos e portanto, apresenta potencial para ser reutilizado.

A partir do momento que se decide que aquele contentor será a sua nova casa, inicia-se todo o processo de transformação de forma a torná-lo compatível com as suas necessidades e com o seu conforto. A estrutura metálica é isolada termicamente e acusticamente de forma a garantir as exigências técnicas e legais para o fim a que se destina. Além do mais, é possível melhorar ainda mais o conforto térmico com a introdução de aquecimento e/ou ar condicionado.

As fundações são realizadas em betão armado e estrutura metálica de forma a adequar a estabilidade da estrutura do contentor. Ao nível de resistência sísmica é garantida a função anti-sismica, podendo-se, para melhorar a segurança estrutural, adequar a estrutura de fundação para este efeito.

Uma das vantagens passa também pelo facto destas estruturas serem portáteis. Se porventura tiver que mudar o seu local de residência, não necessita de se desfazer da sua casa e de passar por todo o processo inerente, ela poderá ir consigo seja qual for o seu novo endereço.

Em Portugal, o cepticismo em relação à questão da pré-fabricação ainda é uma constante, no entanto, no tempo dos Descobrimentos, fomos os impulsionadores da pré-fabricação. Enquanto franceses, ingleses, demoravam tempos indetermináveis a construir as suas fronteiras, muralhas, os portugueses levavam tudo organizado de Portugal e assim que chegavam ao destino só tinham que colocar no sítio planeado. Então por que é que perdemos a noção de inovação? Por todo o mundo temos exemplos desta reutilização de material que se transformam em obras esteticamente bastante agradáveis.
Habitação na Holanda
Habitação em Nova Orleães - EUA
Habitação em Bringhton - Canadá
Residência Cité A Docks em Le Havre - França

Mas, tal como aconteceu nos Descobrimentos, o nosso país continua a ter mentes brilhantes, criativas e investidoras que apostam em projectos como este e incentivam ao avanço e à mudança da construção civil em Portugal.

Temos o exemplo da Boxcode, equipa formada por arquitectos, designer, markeeters, apostam na introdução de soluções sustentáveis e de reduzido impacto ambiental, dedicando a sua construção de baixo custo, com matérias reciclados, aproveitando as energias renováveis, para vários tipos de utilização, tanto habitacional como turísticos, desportivos, activação de marcas, entre outros.
Outro exemplo é a Slice of Design, empresa que aposta no conceito eco-friendly e na economia de tempo de construção e de materiais. Entre casas contentor, Bares e Restaurantes e Eco Resorts-Turismo, são várias as opções que propõem consoante orçamento e pretensão.
A prova de que de algo tão tosco e tão inútil se pode inventar novas formas espectacularmente. O próximo vídeo é um exemplo disso:


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Artigo escrito por Catarina Vicente.
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Também pode ser do seu interesse o artigo Piscinas não convencionais, onde apresentamos, entre outras, a solução de piscinas feitas com contentores marítimos.










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