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quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Emprego para engenheiro civil pelo salário mínimo nacional

A situação não é uma novidade, mas provoca sempre indignação em quem a encontra. Fomos alertados por um visitante do nosso site para uma oferta de emprego no site Net-Empregos onde se oferece o salário mínimo nacional para contratar um engenheiro civil. Na oferta ainda referem "outras regalias"... Talvez considerem que pagar o salário mínimo nacional a um engenheiro civil já é uma boa regalia. Recorde-se que há uns meses demos conta de uma oferta de estágio para engenheiro civil por 557 euros.

Veja de seguida a imagem com a oferta de emprego para engenheiro civil pelo salário mínimo nacional.

Numa altura em que ainda há propostas miseráveis destas, não se percebe como há pessoas (com responsabilidades na representação da classe profissional dos engenheiros civis) que tentam passar a ideia de que Portugal precisa importar engenheiros civis. Algumas tentam alarmar ainda mais dizendo que o país pode parar por falta de engenheiros civis. Como é possível?

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terça-feira, 11 de junho de 2013

Brasil reconhece cursos de engenharia e arquitectura portugueses?

Apesar de hoje ser notícia um pouco por todo o lado a revelação do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, de que os cursos de engenharia e arquitectura portugueses vão passar a ser reconhecidos no Brasil, apresentamos o título deste artigo sob a forma de interrogação porque este filme já foi visto antes, com os resultados que se sabe. Relembre-se que após ter sido dado como certo (e inclusive assinado) o acordo para o reconhecimento profissional dos engenheiros portugueses no Brasil, a Confea voltou atrás com a sua palavra e desistiu desse acordo.

Paulo Portas disse que "Nós tínhamos um problema, engenheiros portugueses muito qualificados que não conseguiam exercer a sua profissão no Brasil. Qual era a razão? O reconhecimento do seu título académico. (...) O título académico está reconhecido, com regras. Não há razão para que os títulos não sejam reconhecidos e a possibilidade de exercício profissional não seja reconhecida".

O que não foi dito por Paulo Portas, nem está a ser referido nas notícias, é o lugar que a Confea e a Ordem dos Engenheiros ocupam neste acordo. Se estas organizações estiverem de fora deste acordo entre Portugal e o Brasil, então todo este burburinho que hoje se gerou pode significar pouco mais que nada.
Se já houve acordos assinados que não foram respeitados, será assim tão decisivo este acordo para reconhecimento dos cursos de engenharia e arquitectura portugueses no Brasil? E o reconhecimento profissional, onde é que fica no meio disto tudo?

Deixe-nos a sua opinião sobre este assunto.

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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

2012 de saída, 2013 a chegar...

Acaba mais um ano complicado para o mundo da construção em Portugal, onde o desemprego no sector e as insolvências e falências de empresas de construção foram notícia de forma constante. Surgiram algumas "bóias de salvação", foram feitas promessas para um 2013 menos negro do que muitos estão a prever. O futuro é muito incerto mas dificilmente o ano não será negro para uma boa parte daqueles que têm a sua vida ligada à construção em Portugal.

A não ser que sejam realmente concretizadas medidas sérias para salvar o sector da construção, de nada adiantarão as palavras inférteis dos responsáveis nacionais com influência directa no sector. O desespero levará muitas empresas e muitos trabalhadores a optar pela internacionalização, solução apontada por muita gente, mas que nem sempre é realmente uma solução para o sector como um todo. O fascínio pela internacionalização facilitou o aparecimento de esquemas montados por burlões.

No que diz respeito ao nosso site, o ano de 2012 foi excelente. Milhares de visitas por dia, mais de 5000 fãs no facebook, livros oferecidos em passatempos, uma comunidade crítica e activa, o lançamento da newsletter que também já conta com milhares de subscritores, parcerias de sucesso, uma nova página de emprego com muita adesão.

Esperamos que em 2013 a evolução do nosso site continue, e que daqui a um ano o sentimento de dever cumprido seja pelo menos igual. A pensar nisso estamos a trabalhar em algumas novidades a introduzir durante o ano que se aproxima. Fiquem por aí, em 2013 contamos ainda mais convosco. Feliz 2013 para todos!

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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

As empresas insolventes podem concorrer às obras públicas?

Esta é uma questão polémica e que dificilmente a sua resposta gera consensos sobre a sua adequabilidade, como se verá mais à frente neste artigo. Com o elevado número de empresas de construção que se encontram em insolvência, uma dúvida que surge a muita gente é se as empresas que se encontram nesse estado podem concorrer às obras públicas. A resposta é clara, as empresas insolventes podem concorrer às obras públicas, desde que estejam abrangidas por um plano de insolvência.

O Decreto-Lei n.º 278/2009, de 2 de Outubro, diploma que procedeu à alteração e republicação do Código dos Contratos Públicos, entre outras situações, apresentou uma alteração à alínea a) do artigo 55º. Essa alínea refere-se às entidades que não podem ser candidatos, concorrentes ou integrar qualquer agrupamento, como se pode ver na transcrição da mesma:

Artigo 55.º
Impedimentos
Não podem ser candidatos, concorrentes ou integrar qualquer agrupamento, as entidades que:
a) Se encontrem em estado de insolvência, declarada por sentença judicial, em fase de liquidação, dissolução ou cessação de actividade, sujeitas a qualquer meio preventivo de liquidação de patrimónios ou em qualquer situação análoga, ou tenham o respectivo processo pendente, salvo quando se encontrarem abrangidas por um plano de insolvência, ao abrigo da legislação em vigor;


A parte sublinhada foi o acréscimo que o Decreto-Lei nº 278/2009, de 2 de Outubro trouxe à referida alínea, e deixou assim a porta aberta para as empresas insolventes, desde que abrangidas por um plano de insolvência possam concorrer às obras públicas.

Esta situação surgiu após alguma discussão sobre o assunto, onde havia quem defendesse que o próprio estado estava a fechar a porta à possível recuperação das empresas insolventes ao deixa-las de parte da possibilidade de obter novos contratos.

Se por um lado essa argumentação colhe na forma teórica, na prática é discutível pois dificilmente se encontram subempreiteiros a quererem trabalhar para empresas insolventes, e se uma empresa insolvente conseguir o contrato de uma obra pública, o mais provável é deixa-la a meio… ou mesmo no início. Assim acontecendo, lesa-se o estado e o próprio mercado pois a empresa insolvente ficou com um contrato que não levou até ao fim e que podia ter sido concretizado por outra empresa com condições económicas para executar a empreitada por inteiro.

Qual a sua opinião sobre este assunto?

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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O que se passa com a cidade dos empreiteiros?

Braga, conhecida como a cidade dos empreiteiros, dificilmente justificará esse nome nos próximos tempos. Não é que faltem empreiteiros na cidade, mas dos principais, alguns já caíram, outros estão a cair, e em breve o grupo dos que eram mas já não são deverá aumentar. Hoje o Jornal de Notícias deu destaque à insolvência da CCR (7 milhões de euros de dívida), relembrando que esta insolvência vem na sequência recente das insolvências da FDO, JFS (34 milhões de euros de dívida) e ACF. Deve-se ainda relembrar as dificuldades extremas que a Sá Machado e a Europa Ar-Lindo atravessam, já para não dar especial valor aos rumores que envolvem outros empreiteiros de nomeada da cidade de Braga.

Mesmo com a provável queda destas empresas, a cidade de Braga mantém nomes grandes da construção em Portugal como a Casais, Eusébios, DST, JGomes, ABB e Britalar. É certo que algumas destas últimas empresas também se vêem envolvidas em rumores que atravessam o mercado, mas até ver vão-se mantendo.

No fundo o que se passa em Braga, é a imagem do que se passa no país. É que se por um lado é certo que os tempos estão a ser penalizadores demais para o sector da construção em Portugal, por outro não deixa de ser verdade que talvez não tenha sido prudente deixar um sector apenas ter um peso tão grande no país (atente-se à percentagem de mão-de-obra que até há uns anos estava empregada directa ou indirectamente no sector da construção).
Em Braga grande parte da população esteve a vida inteira ligada ao mundo da construção, e nesta altura não vislumbra saída dado que muitos perderam o emprego, e muito dificilmente o conseguirão noutros lados, porque os tempos para as empresas são de contenção, quando não são mesmo de retracção.

E, como se sabe, nem sempre a internacionalização é a solução.

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quinta-feira, 31 de maio de 2012

A internacionalização é a solução para a crise do sector da construção?

O sector da construção em Portugal atravessa uma crise sem precedentes, com centenas de empresas a entrar em insolvência ou falência todos os dias, e as que se aguentam só a muito custo o conseguem fazer. O panorama futuro não augura melhoras visíveis. Perante isto o que dizem os responsáveis do nosso país e de grande parte das associações profissionais e empresariais? Internacionalização, internacionalização e mais internacionalização! Será esta a solução? Parece óbvio, mas se pensarmos bem, não é.

Primeiro porque se pensarmos bem, se todo, ou quase todo, o sector da construção fosse para fora, e se de caminho fossem os familiares próximos correspondentes também, o país levaria um rombo descomunal no número de população.

Segundo porque as empresas portuguesas, actualmente fortemente internacionalizadas, apesar de terem muito trabalho no estrangeiro, nunca teriam trabalho para absorver o sector todo que está a ruir em Portugal.

Terceiro porque muitos países colocam entraves à presença de mão-de-obra estrangeira, pelo que muitas vezes a actividade internacional das nossas empresas se resume ao abrir de oportunidades para os quadros técnicos e superiores, não mais que isso.

Quarto porque apesar de tudo, não se pode exigir ou esperar que toda gente esteja disponível para emigrar e deixar uma vida para trás.

Claro que se as oportunidades não existem, muitas vezes é preciso ir atrás delas. O que aqui se quer dizer é que não é aceitável que pessoas de responsabilidade passem a vida a apontar a internacionalização como solução para a crise na construção, sem nunca esboçarem soluções para a crise "dentro de portas". Parece que querem ignorar que a internacionalização das empresas só resolve o problema de uma pequena parte do sector da construção.

A ideia que fica no ar é que pensar em soluções viáveis dá muito trabalho e então é preferível servir de papagaio e repetir o que já toda gente ouviu da boca dos outros. De "responsáveis" assim o sector da construção em Portugal não precisa… Mais valia internacionaliza-los!

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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Porque não se olha para o dumping da construção?

Há uns tempos foi notícia a prática de dumping por parte do Continente na venda de leite, agora torna-se a falar no dumping devido à promoção de descontos directos de 50% que se verificou ontem no Pingo Doce. Antes de mais, vamos definir dumping para quem ainda não conhece o significado do termo: Dumping é uma prática comercial que consiste em uma ou mais empresas de um país venderem seus produtos, mercadorias ou serviços por preços extraordinariamente abaixo de seu valor justo para outro país (preço que geralmente se considera menor do que se cobra pelo produto dentro do país exportador), por um tempo, visando prejudicar e eliminar os fabricantes de produtos similares concorrentes no local, passando então a dominar o mercado e impondo preços altos. (via Wikipédia)

Um pouco por todo o lado, inclusive partidos políticos (PCP e BE pelo menos), já se ouviu as pessoas exigirem a intervenção da ASAE no sentido de investigar se esta acção do Pingo Doce foi legal ou se constituiu uma acção de dumping. Curiosamente as pessoas que exigem isso nesta situação, nunca se ouviram quando o mesmo acontece na construção. Pode-se alegar que muitas empresas que ganham concursos com margens de 20 ou 30% (quando não ainda mais) abaixo do preço de custo o fazem por desespero e não por estratégia de dumping, no entanto nunca se exigiu uma investigação, nunca se referiu a gravidade da situação.

Isto acontece talvez por causa do estigma que as empresas de construção têm em Portugal. As pessoas que estão do lado de fora ao assistirem ao que se passa neste momento no sector da construção nacional pensam que finalmente é feita justiça, que finalmente os empreiteiros estão a deixar de ganhar rios de dinheiro. Esquecem-se que a construção é um negócio como outro qualquer, e que quem anda nele é para ganhar dinheiro, não para trabalhar para aquecer.

Mas estamos em Portugal, e o que interessa é falar do que dá mediatismo e simpatia do povo. Portanto falemos do dumping no leite, nas fraldas, etc... e deixemos o sector da construção afundar-se até não poder mais.

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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Profissionais com "chico-espertice" a mais

Quem nunca conheceu um engenheiro civil ou um arquitecto que pegasse no projecto de outro, alterasse a legenda, e siga... toca a submeter assim que está bom. Penso que já todos vimos casos assim, já todos nos cruzamos com os chamados profissionais da treta. Hoje em dia assiste-se muito a essa postura nos concursos públicos, principalmente no que concerne às memórias descritivas dos empreiteiros. Este tema já foi abordado no Engenharia e Construção, no artigo Os Engenheiros "cábula". A questão é que com o agravar da crise, com o número de insolvências e falências na construção a não dar sinais de abrandar, a canibalização profissional aumenta exponencialmente.

Muitos engenheiros civis e arquitectos hoje procuram outras saídas pois olham à volta e não vêem emprego. Uns entram em desespero, outros emigram, e outros ainda pensam encontrar a galinha dos ovos de ouro. O problema no meio deste processo todo, é que muitos não tem escrúpulos e, pior que isso, não têm dignidade profissional e pessoal. Infelizmente para eles, o país é muito pequeno, e aqueles quem hoje tentam passar a perna, amanhã encontram-nos noutro local, e aí começam a receber os retroactivos de uma postura indigna.

E não se enganem, o país é mesmo muito pequeno para um meio tão dinâmico como o da construção, toda gente se cruza com toda a gente, e a chico-espertice do presente pode ser um desastre no futuro. Ainda bem que assim acontece, é a forma de penalizar aqueles que procuram o facilitismo e o oportunismo como modo de vida. Infelizmente não faltam exemplos por aí, basta estar atento e de olhos abertos...

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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Há vida para lá do Parque Escolar?

A intervenção prevista para 330 escolas até 2015 por parte da Parque Escolar foi um balão de oxigénio decisivo para muitas empresas portuguesas. Por empresas portugueses referem-se não apenas as construtoras, mas também os projectistas, empresas de fiscalização, subempreiteiros. Muitas empresas que estavam em sérias dificuldades conseguiram estabilizar a sua situação através desta oportunidade que surgiu através do ex-governo socialista. A importância da Parque Escolar para a sociedade portuguesa é relevante pois a modernização do conjunto de escolas portuguesas constitui um investimento sério no futuro do país.

O problema é que a crise actual não abranda e nos últimos meses foram já cancelados diversos concursos da Parque Escolar que já tinham decorrido, tendo mesmo alguns já um vencedor. As previsões apontam para que pelo menos nos próximos tempos não se avance para a Fase 4 do programa, deixando apenas que se conclua as obras que estão em curso (muitas iniciadas no último trimestre do ano passado).

Mais, há rumores que vão circulando onde se diz que a Parque Escolar não terá dinheiro para pagar as obras que estão em curso até ao fim. Posto isto, e mesmo relativizando estes rumores, parece certo que o balão de oxigénio que a Parque Escolar constituiu está a acabar (só não se sabe ao certo quando). Em plena crise, conjugando com a pouca apetência deste governo para o investimento em obras públicas, a suspensão das obras da Parque Escolar será um marco para muitas empresas portuguesas ligadas à construção pois terão muita dificuldade em manter o volume de trabalho até agora verificado.

O que fazer? A forte aposta na internacionalização parece o único caminho possível para grande parte delas. Cá dentro algumas conseguirão aguentar-se e passar a tempestade económica que vivemos, mas quantas irão fechar entretanto? Seria vantajoso para o país o governo aguentar a Parque Escolar até ao fim? Digam de vossa justiça...

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terça-feira, 26 de julho de 2011

Guerra entre a ANET (futura OET) e a Ordem dos Engenheiros

A alteração do Regulamento de Admissão e Qualificação (RAQ) abriu mais uma guerra entre a Associação Nacional dos Engenheiros Técnicos (ANET) - futura Ordem dos Engenheiros Técnicos (OET) - e a Ordem dos Engenheiros (OE). A alteração mais significativa centra-se na admissão dos licenciados pós-bolonha, ou seja, licenciados com apenas três anos de estudos superiores. Até agora apenas a ANET admitia as pessoas com o primeiro ciclo de formação, correspondente aos 180 ECTS.

A ANET acredita, e sempre afirmou, que é possível formar convenientemente engenheiros técnicos em ciclos curtos de estudo, e afirma-se como a associação nacional representativa desses profissionais de forma exclusiva. Já a Ordem dos Engenheiros não alinhava nesta ideia da formação adequada em apenas três anos de estudos superiores. A questão é que com esta alteração do RAQ por parte da OE, pode haver conflito de interesses entre as duas associações o que acabará por ser prejudicial para pelo menos parte dos profissionais.

E, claro, a ANET aproveitou esta situação para dizer que isto vem demonstrar que eles é que sempre tiveram certos ao afirmar que era possível formar bons profissionais com apenas o 1º ciclo de estudos. A OE ao voltar atrás no que dizia acabou por de certo modo dar um tiro nos pés. Esta reviravolta de posições por parte da OE pode ser encarada como um reconhecimento da razão alheia, ou então, como uma mera decisão táctica (por sentir que está a perder terreno para a futura OET) ainda que vá contra aquilo que a própria OE defende (e a ser este o caso, devia ter sido tomada há muito mais tempo). Em ambas as hipóteses, a Ordem dos Engenheiros não sai bem da fotografia...

Vamos aguardar para ver no que isto dá, mas é certo que a "guerra" está instalada. E só se antevêem duas hipóteses:

1 - Este conflito de admissão de profissionais é sanado, ficando então os do 1º ciclo para a futura OET com a classificação de Engenheiros Técnicos, e a Ordem dos Engenheiros continua tal como estava até agora mas sai muito mal vista desta situação toda.
2 - Este conflito de admissão de profissionais mantém-se, e então este pode muito bem ser o inicio do fim da futura OET.

E vocês, o que acham desta polémica que promete dar que falar no mundo da engenharia portuguesa?

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terça-feira, 19 de julho de 2011

Estado torna insustentável situação das construtoras

Há empresas de construção a fechar todos os dias (abordamos recentemente os casos da Teodoro Gomes Alho e da NOVOPCA), e se é certo que alguns desses casos se devem à diminuição do mercado, acabando por haver uma selecção natural, outras há que têm que fechar porque lhes devem milhões de euros. Nesse ponto o estado tem especial responsabilidade com a administração central e a administração local a pagarem cada vez mais tarde, havendo casos de empresas que apenas recebem a um ano. Obviamente que assim não há milagres e as empresas acabam por abanar (umas caem, outras não). Já é mais que tempo do estado assumir as suas responsabilidades nestes casos!

Hoje o Público noticia que o estado deve um total de 1,2 mil milhões de euros às construtoras. O valor é assustador, e mais assustador se torna se pensarmos em quantas empresas se poderiam salvar com esse valor. Muita gente pede ao estado para salvar empresas, no caso das construtoras já seria um grande passo se o estado simplesmente pagasse aquilo que deve. Deixamos de seguida a notícia do Público:

“Somos o maior credor do Estado, quer em termos das autarquias, quer em termos da Administração Central. Temos uma dívida de 1,2 mil milhões de euros”, afirmou Reis Campos.

O presidente da CPCI disse que a dívida das câmaras ascende a 850 milhões de euros, enquanto a da Administração Central totaliza 370 milhões de euros.

Quanto aos prazos de pagamento, Reis Campos disse que “a lei obriga à realização do pagamento em 60 dias, mas as câmaras continuam a pagar a oito meses e o Estado a quatro meses”.

Na segunda-feira, Reis Campos reuniu-se com o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, e entregou-lhe um documento em que a CPCI aponta 11 áreas de intervenção e medidas concretas para a recuperação do sector da construção e do imobiliário. A regularização dos montantes em dívida é uma das áreas que consta do documento.

Até ao final de Agosto, o Governo terá “realizar e publicar um levantamento completo dos pagamentos em atraso” do Estado aos fornecedores.

De acordo com o acordo de resgate financeiro, o novo Executivo terá de “realizar e publicar um levantamento completo de pagamentos em atraso de entidades das administrações públicas e empresas públicas, abrangendo todas as categorias de despesa com referência a Junho de 2011”.

Fonte: Público

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domingo, 19 de junho de 2011

Os Engenheiros "cábula"

Nos últimos dias veio à baila o tema das cábulas em exames devido ao caso dos alunos do CEJ que foram apanhados a copiar. Uma vez que foram apanhados, a consequência imediata devia ser chumbar... não ter 10, ou até repetir o exame. Uma decisão num destes dois sentidos, descredibiliza quem a toma e todo o meio onde se insere. Mas interessa reter outra coisa, é que não podemos discutir o assunto como se se tivessem descoberto os primeiros malandros que copiam em Portugal. Já todos (e aqui o todos não se aplica a 100% das pessoas, mas quase) em algum ponto do percurso estudantil copiamos ou pelo menos tentamos. No que diz respeito aos engenheiros nem é preciso ir muito longe, quem nunca municiou a sua máquina de calcular de informação que não era permitida a consulta em exame? Com mais ou menos arte, a maior parte dos alunos que copiam acaba por se safar sem nunca ser apanhado. O problema é que muitas vezes trazem esse sentimento de impunidade para o mercado de trabalho, e aí o caso muda um bocado de figura, aí é cada um por si.

Actualmente com a introdução das plataformas electrónicas de contratação pública nos concursos públicos, as propostas de todas as empresas ficam disponíveis para as outras logo a seguir à abertura dos resultados. Um recurso que devia ser usado apenas para consulta da proposta dos outros concorrentes para aferir se está tudo conforme o exigido no programa de procedimento, acaba por ser um recurso que as empresas usam para desenvolver e melhorar os seus próprios processos. Até aí tudo bem, não tem mal olhar para quem faz melhor que nós. Não tem mal irmos buscar "inspiração" à memória descritiva de um concorrente que a tem muito melhor elaborada que nós. O que tem mal é quando alguém pega nessa memória e a plagia... aí entra no domínio do crime e as consequências podem ser várias.

A primeira é que nos concursos em que coincidirem com a empresa da qual plagiaram a memória, poderão ser excluídos, arriscando-se a perder obras por uma estupidez. A segunda é que além de serem excluídos, podem ser processados, com direito a indemnizações. E não pensem que estas coisas só acontecem se coincidirem em concursos com a tal empresa plagiada... já tem acontecido de alguém avisar a empresa plagiada (o país é pequeno, toda gente conhece toda gente) e da mesma intervir judicialmente, mesmo não estando ligada ao concurso.

O pior é que isto muitas vezes acontece sem o consentimento do patrão. Ou seja, o engenheiro em causa, cábula por natureza, pensa que encontrou o caminho marítimo para a Índia, e decide copiar uma memória descritiva de um concorrente, tendo assim pouco trabalho e garantindo reconhecimento nas avaliações técnicas. Pensa ele que nunca ninguém reparará, que nunca ninguém irá denunciar (esquece-se que já não é estudante, que já é profissional)... até o dia em que alguém repara, em que a empresa para a qual trabalha é metida em sérios problemas e que em último o caso o pode despedir com justa causa.

Por muito acessível que esteja, por muito fácil que seja, copiar um texto (por vezes até mesmo uma ideia) pode ser um crime grave, que mais não seja vai afectar a reputação da empresa envolvida no caso e do técnico (engenheiro civil, arquitecto, ou outros) que o pratica. Além da reputação, o que não é assim tão insignificante, como referido no texto, há outras coisas em jogo...

Aquele que perde a reputação pelos negócios, perde os negócios e a reputação. [citação de Francisco Quevedo]

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sábado, 21 de maio de 2011

Uma visão estratégica para a Responsabilidade Social

Recebemos um email de Gabriella Santana Caldeirão, relações públicas que desenvolve trabalhos de assessoria de comunicação e Marketing para o cenário da Construção Civil, apresentando um texto dela, texto esse que nós consideramos interessante e nos decidimos pela sua publicação. Optamos por manter o texto integralmente como o original que a Gabriella nos enviou, sendo por isso natural que encontrem alguns termos no português do Brasil. Aqui fica o texto:

Atualmente no cenário mundial, estão surgindo cada vez mais organizações preocupadas com a sua imagem perante a opinião pública. Para isso é preciso que haja uma evolução de conceitos como, por exemplo, a qualidade de vida de seus públicos (interno, externo, direto e indireto) isso nada mais é do que a Responsabilidade Social.

As mudanças de conceitos culturais, sociais e políticos fizeram com que as organizações olhassem de um ponto de vista mais estratégico a ambientalização de sua empresa dentro da sociedade.

A Responsabilidade Social não é um bicho de sete cabeças, apenas é preciso que se entenda o assunto para que não haja distorções perante o publico alvo e seus adjacentes, portanto é preciso refletir sobre o que devemos fazer para que então sejamos compreendidos e principalmente lembrados pelo que fazemos de bom.

A percepção por boa parte dos empresariados sobre a necessidade de um desenvolvimento de Responsabilidade Social é elevar lucros e a conquista capitalista de seus acionistas. Dentro de uma visão estratégica sabemos que a Responsabilidade Social é uma Cartada de Mestre para uma boa colocação ou recolocação no mercado, porém é preciso cautela e entender que o conceito de Responsabilidade Social é amplo e precisa ser muito bem planejado para que haja sucesso.

Temos que entender que a organização é um reflexo do seu entorno, tendo em vista que o conhecimento externo é vital para um crescimento pleno da empresa.

Estar em uma ótima colocação no mercado não depende apenas de menores preços e qualidade de serviço, estes são pontos a serem acrescentados a outros conceitos tais como: sociais, políticos e culturais da organização.

Hoje em dia as pessoas deixaram de ser apenas consumidores para serem cidadãos conscientes, com isso procuram produtos e serviços que cumprem com suas responsabilidades com a sociedade. As organizações que trabalham com estes conceitos, são classificadas, como empresas cidadãs.

É válido ressaltar que para agregar valor a sua marca é preciso não apenas adotar uma política de doações filantrópicas e sim investir em projetos sociais, por exemplo, a Rede Mc Donald´s, que promovem eventos como o Mc dia Feliz e investem no Instituto Ronald Mc Donald´s.

Não pense que ações de Responsabilidade Social são apenas para grandes organizações, empresas de pequeno e médio porte, não só podem como devem agregar valores, isso mostra o quanto a sua empresa é seria e preocupada com o bem estar dos seus colaboradores e comunidade onde se insere, ações simples neste caso fazem grande diferença.

A filantropia estratégica posiciona a organização perante a opinião pública, mostrando clareza e credibilidade, gerando um ciclo onde a sua marca sempre será lembrada com referencias favoráveis. Este tipo de ação engloba a questão de satisfação e bem estar dos colaboradores internos (funcionários), criando entretenimento para eles sejam inserindo-os dentro das atividades para com a comunidade, com esta atitude os empresários terão notoriamente ganhos múltiplos. Ganha a empresa e os negócios pela representatividade da marca e das ações sociais, ganham os funcionários pela experiência de humanidade e bem- estar, por fazerem parte de uma corrente positiva, ressaltando que a primeira e a principal propaganda positiva tem que derivar dos colaboradores, funcionário feliz é o mesmo que lucro para a organização.

Dentro do contexto apresentado, torna-se fácil o entendimento que um profissional de Relações Públicas em uma organização é de extrema importância para a saúde financeira e estratégica da mesma, o Relações Públicas visa traçar oportunidades de investimento a longo e a curto prazo tendo como resultado o sucesso no esforço distribuído dentro do plano de ação.

Empresário, o sucesso da sua organização depende apenas de você!

por Gabriella Santana Caldeirão

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