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segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Qualidade do ar no Porto pode melhorar com árvores estrategicamente plantadas

Quando colocados estrategicamente os espaços verdes têm um enorme potencial para melhorar a qualidade do ar nas cidades. A conclusão é de uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) que na cidade do Porto estudou o potencial das zonas verdes para reduzir as concentrações de dois dos principais poluentes das cidades nacionais: o dióxido de azoto e as partículas em suspensão no ar. Só estes dois poluentes poderiam ser reduzidos em cerca de 20 por cento com a ajuda da Natureza.

Publicado este mês na revista Atmospheric Environment, o estudo centrou-se no Porto, mais concretamente no bairro do Batalhão dos Sapadores na Rua da Constituição, onde os investigadores do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da UA, e através de modelos numéricos previamente desenvolvidos, simularam a substituição de um bloco de edifícios por um parque verde urbano de 570 metros quadrados.

O trabalho previu os efeitos que a zona verde teria sobre dois dos principais poluentes e ambos emitidos pelo sector dos transportes: as partículas em suspensão suficientemente pequenas para serem inaladas e o dióxido de azoto, poluentes que no Porto, e de uma forma geral nas cidades portuguesas, são os mais preocupantes para a saúde pública.

As conclusões não deixam dúvidas: a existência de uma área urbana junto à Constituição permitiria reduzir, em média, as concentrações de partículas em suspensão no ar em 16 por cento e de dióxido de azoto em 19 por cento, reduções essas que serão maiores ou menores dependendo das condições meteorológicas que se verificarem.

A mesma necessidade por espaços verdes estrategicamente posicionadas se aplicará não só a outras zonas da cidade do Porto como também a outras cidades nacionais. É que apesar das particularidades da morfologia urbana (edifícios, árvores e estradas) da zona portuense onde foi realizado o estudo, e que têm um papel preponderante no microclima urbano e, consequentemente, na qualidade do ar, os modelos numéricos e o método usado pelos investigadores da UA podem ser utilizados em qualquer área urbana.
A investigadora Sandra Rafael

Planear o território a pensar na qualidade do ar
“Estes resultados são explicados pela introdução de árvores que sendo elementos porosos, ao contrário do que acontece com os edifícios, promovem um aumento da velocidade do vento na região em estudo aumentando, consequentemente, a dispersão dos poluentes atmosféricos”, aponta Sandra Rafael, a investigadora que assina o trabalho do CESAM juntamente com Bruno Vicente, Vera Rodrigues, Ana Miranda, Carlos Borrego e Myriam Lopes.

Este estudo permitiu concluir, “através de uma análise quantitativa, o potencial das soluções baseadas na Natureza para a melhoria da qualidade do ar nas cidades, demonstrando que estas podem e devem ser consideradas como um instrumento de gestão da qualidade do ar pelos decisores políticos”, apela Sandra Rafael.

Para além disso, é evidenciado neste estudo que “os benefícios destas soluções estão diretamente dependentes de um adequado ordenamento do tecido urbano”. Isto significa que “o planeamento do território, como é exemplo a seleção do local e áreas a aplicar estas soluções, entre outros fatores, é imprescindível, requerendo que as medidas sejam avaliadas antes da sua implementação, o que só é possível através de modelos numéricos”.

Decisão política apoiada pelos cientistas
“A qualidade do ar à escala local depende fortemente das singularidades de cada área urbana, pelo que a morfologia do território, onde se enquadra a presença da vegetação, e as condições meteorológicas locais são fatores preponderantes. Estamos a falar de um escoamento atmosférico complexo cujo comportamento varia hora a hora”, aponta a investigadora. Apesar desta complexidade, Sandra Rafael garante que “temos hoje disponíveis um conjunto de ferramentas e de conhecimento que nos permitem apoiar a decisão política nesta temática”.

Assim, os resultados deste estudo reforçam a necessidade de integrar o conhecimento e as ferramentas científicas no planeamento urbano, para otimizar o papel das soluções baseadas na Natureza na melhoria da qualidade do ar e da qualidade de vida dos cidadãos. Sabendo que mais de 75 por cento da população europeia vive e viverá em áreas urbanas e conhecendo hoje os efeitos da poluição atmosférica na saúde humana, “é imprescindível garantir um ar de qualidade nas nossas cidades”.

“Sabemos hoje que as designadas soluções baseadas na Natureza para a melhoria da qualidade do ar em ambientes urbanos permitem assegurar múltiplas funções e benefícios num mesmo espaço, podendo ser mais eficientes em termos de custo-benefício”, aponta Sandra Rafael.

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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Mistura Betuminosa Drenante em Vias Urbanas – Caso prático: Alameda da Europa, Covilhã

Com o crescimento urbanístico e o consequente aumento da impermeabilidade do solo em áreas urbanas, há a necessidade de repensar os pavimentos utilizados em infraestruturas urbanas, incluindo ruas e passeios, a fim de garantir as suas características funcionais. Com as alterações climatéricas que se têm vindo a verificar, como sejam grandes picos de fluxos de águas pluviais abundantes em curtos períodos de tempo que afetam o desempenho dos pavimentos convencionais. Este facto dificulta o tráfego e promove situações de inundação levando a um aumento da acumulação das águas pluviais superficialmente e dificultando a sua absorção pelo pavimento, o que resulta num aumento do caudal à superfície proporcionando assim, maior frequência de inundações urbanas.

Como consequência verifica-se a diminuição do desempenho das vias urbanas levando à degradação e desgaste precoce das mesmas, devido ao inadequado projeto de drenagem e à mistura betuminosa pouco porosa e o aumento do desconforto e a insegurança do trânsito automóvel e da circulação pedonal, o que leva ao impedimento da circulação, ocorrência de acidentes levando à perda de bens ou até mesmo perda de vidas humanas e acumulação de detritos na superfície derivados do escoamento da água.

Em resposta a este problema este estudo visou desenvolver em laboratório, uma solução de mistura betuminosa drenante (MBD) a aplicar em camadas de desgaste, para ser utilizada em vias urbanas, exibindo um melhor desempenho, na resposta à drenagem de águas pluviais, quando comparada com os pavimentos utilizados. Consequentemente, esta mistura betuminosa drenante permite uma maior segurança e conforto para o tráfego (automóveis e peões).
Corpos de prova das misturas drenantes com agregados naturais (à esq.) e resíduos das minas da Panasqueira (à dir.) (Fonte: Autor)

A MBD é uma mistura com uma porosidade de 25% (no mínimo) que confere à mistura a característica drenante e tem como função permitir a infiltração de água. Possui características especiais para a sua aplicação na camada de desgaste, conferindo maior segurança e comodidade de circulação aos utentes, principalmente em períodos de chuva, reduzindo a possibilidade de aquaplanagem e de ruído de rolamento, do efeito “splash” e efeito “spray” (pulverização) da água aquando da passagem dos veículos e diminuição do espelhamento devido à reflexão da luz, nos pavimentos tradicionais molhados, contribuindo assim, para melhorar a visibilidade e segurança do condutor.

O trabalho experimental teve por objetivo desenvolver uma MBD, produzida com betume modificado por polímeros SBS e britas graníticas. De forma a avaliar as propriedades das misturas realizaram-se os ensaios do módulo de rigidez, da permeabilidade, da perda por desgaste e da sensibilidade à água. Pretendeu-se, também, produzir uma mistura com resíduos das Minas da Panasqueira, Covilhã, em substituição parcial dos agregados naturais. Esta solução visa determinar possíveis vantagens económicas e ambientais da redução na utilização de recursos naturais não renováveis, contribuindo ainda para reduzir a quantidade destes resíduos depositados a céu aberto.
 Vista das escombreiras das Minas da Panasqueira, Covilhã (Fonte: Google)

O caso prático consistiu em extrair carotes da Alameda da Europa, na cidade da Covilhã (uma das mais movimentadas desta cidade) e comparar o seu desempenho relativamente à permeabilidade e perda por desgaste em relação às MBD produzidas em laboratório. No final, houve a possibilidade de verificar que a MBD apresentou um melhor desempenho, em termos das características estudadas, permeabilidade e perda por desgaste revelando, as inúmeras vantagens da aplicação desta mistura em vias urbanas face às misturas utilizadas. No que diz respeito à incorporação de resíduos das Minas da Panasqueira, as MBD não apresentaram o desempenho desejado, o que não invalida a sua utilização.
Carotes extraídas da faixa de rodagem com incorporação de resíduos das minas da Panasqueira, rua Centro de Artes, Covilhã

Para fazer download do artigo completo clique aqui.

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Artigo escrito por Ana Tavares, nascida em Aveiro em 1989 e formada em Engenharia Civil, no ramo de Estruturas e Construção pela UBI (Universidade da Beira Interior) desde 2013. Este trabalho foi desenvolvido para a dissertação de Mestrado sob a orientação da Prof.ª Doutora Marisa Dinis-Almeida e Prof.ª Doutora Ana Lídia Virtudes.

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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Minigeração na Contiforme gera 250.000 kWh e receita anual estimada de 100.000 Euros

A Sotecnisol Energia foi a empresa seleccionada para dimensionar e executar a instalação fotovoltaica de Minigeração de Escalão III, com a potência máxima de ligação de 250 kWn, para a Contiforme situada em Abóboda, Cascais. O projecto e instalação foi totalmente desenvolvido pela Sotecnisol Energia, representando um investimento total por parte da Contiforme na ordem dos 500 mil euros.

A potência de ligação dimensionada pela Sotecnisol Energia foi de 250 kWn, potência máxima permitida para este tipo de instalações, tendo sido utilizado um campo fotovoltaico de 293,25 kWp.

A instalação foi registada ainda em 2011, obtendo assim uma tarifa de venda de energia de 0,2499 €/kWh, o que se traduzirá em receitas anuais de venda de energia na ordem dos 100.000 euros. A instalação foi aprovada no dia 30 de Outubro de 2012 pela DREN, a ligação à rede aconteceu na semana passada.

SOLUÇÃO TÉCNICA UTILIZADA
Face aos elevados consumos energéticos da unidade industrial que está instalada nas instalações da Contiforme, a disponibilidade de espaço nas coberturas, requisitos essenciais no dimensionamento de sistemas fotovoltaicos de Minigeração, a Sotecnisol Energia propôs uma instalação que atingisse a potência máxima autorizada de ligação, de 250 kWn.

Assim, foram utilizados 25 inversores de 10 kWn de potência unitária de forma a permitir uma forte descentralização na conversão DC/AC e assim optimizar os períodos de funcionamento do gerador fotovoltaico.
O gerador fotovoltaico foi sobredimensionado tendo em conta a geometria e orientação da cobertura da unidade fabril, optando-se por instalar 293,25 kWp de painéis, deitados, a acompanhar o declive da mesma. Foram utilizados 1275 painéis fotovoltaicos policristalinos, com garantias de produção de 80% a 25 anos.

A ligação do sistema à rede pública foi efectuada em Média Tensão, utilizando-se um Transformador de Potência a óleo, de 315 kVA, dimensionado para garantir o mínimo de perdas na transformação BT/MT, com o corte de protecção da instalação colocado na Média Tensão, atuado por relé de tensão homopolar.

RESULTADOS EXPECTÁVEIS
A produção de energia da Minigeração da Contiforme está estimada em cerca de 410.000 kWh para o primeiro ano de funcionamento, com uma quebra anual de 0,8%, o que representará uma receita anual a rondar os 100.000 euros.
Face ao investimento realizado é esperado um pay-back de cerca de 5 anos, e uma TIR de projeto a 15 anos de cerca de 16%.

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domingo, 14 de outubro de 2012

Minigeração na Moda 21 gera 400.000 kWh e uma receita anual estimada de 100.000 Euros

A Sotecnisol Energia dimensionou e executou uma instalação fotovoltaica de Minigeração de Escalão III, potência máxima de ligação de 250 kWn, para a empresa Têxtil Moda 21 – Tinturaria e Acabamentos Têxteis, S.A., situada em Mire de Tibães, Braga. Esta instalação foi mais uma que resulta da parceria da Sotecnisol com a Yunit Renováveis, representando um investimento total por parte da Moda21 na ordem dos 530 mil euros. A potência de ligação dimensionada pela Sotecnisol Energia foi de 250 kWn, potência máxima permitida para este tipo de instalações, tendo sido utilizado um campo fotovoltaico de 345 kWp.

A instalação foi registada ainda em 2011, obtendo assim uma tarifa de venda de energia de 0,2499 €/kWh, o que se traduzirá em receitas anuais de venda de energia muito próximas dos 100.000 euros.

A instalação foi aprovada no dia 2 de Agosto de 2012 pela DREN, estando a ligação à rede prevista para o mês de Setembro.

SOLUÇÃO TÉCNICA UTILIZADA
Face aos elevados consumos energéticos da unidade industrial e disponibilidade de espaço nas coberturas, requisitos essenciais no dimensionamento de sistemas fotovoltaicos de Minigeração, a Sotecnisol Energia propôs uma instalação que atingisse a potência máxima autorizada de ligação, de 250 kWn.

Assim, foram utilizados 25 inversores de 10 kWn de potência unitária de forma a permitir uma forte descentralização na conversão DC/AC e assim optimizar os períodos de funcionamento do gerador fotovoltaico.
O gerador fotovoltaico foi sobredimensionado tendo em conta a geometria e orientação da cobertura da unidade fabril, optando-se por instalar 345 kWp de painéis, deitados, a acompanhar o declive da mesma. Foram utilizados 1500 painéis fotovoltaicos policristalinos, com garantias de produção de 80% a 25 anos.

A ligação do sistema à rede pública foi efectuada em Média Tensão, utilizando-se um Transformador de Potência a óleo, de 315 kVA, dimensionado para garantir o mínimo de perdas na transformação BT/MT, com o corte de protecção da instalação colocado na Média Tensão, actuado por relé de tensão homopolar.

RESULTADOS EXPECTÁVEIS
A produção de energia da Minigeração da Moda 21 está estimada em cerca de 410.000 kWh para o primeiro ano de funcionamento, com uma quebra anual de 0,8%, o que representará uma receita anual a rondar os 100.000 euros.
Face ao investimento realizado é esperado um pay-back a rondar os 5,5 anos, e uma TIR de projeto a 15 anos de cerca de 13%.
NÚMEROS
  • Produção de energia estimada no primeiro ano: 410.000 kWh;
  • Pay-back estimado em 5,5 anos;
  • TIR de projeto a 15 anos: cerca de 13%;
  • Tarifa de venda de energia: 0,2499 €/kWh;
  • Potência nominal de ligação: 250 kWn;
  • 25 inversores de 10 kWn;
  • Campo fotovoltaico de 345 kWp;
  • 1500 painéis fotovoltaicos com garantias de produção de 80% a 25 anos.

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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Prédio de Barcelos em perigo de derrocada?

Em Dezembro de 2008 os moradores do prédio panorâmico em Barcelos receberam o aviso da protecção civil para abandonar o prédio pois um estudo do Departamento de Engenharia Civil da Universidade do Minho apontava para a possível derrocada do mesmo. Entretanto com a mudança da presidência da Câmara Municipal de Barcelos, o novo presidente, Miguel Costa Gomes, decidiu encomendar outro estudo, desta feita aos Professores Joaquim Figueiras e Adelino Costa da Universidade do Porto. Estes indicaram que a solução preconizada pela Universidade do Minho está muito acima do necessário no que diz a custos de intervenção. Joaquim Barros, Professor Catedrático da Universidade do Minho, mantém a sua posição e garante o perigo de derrocada deste prédio. Entretanto a Câmara de Barcelos contratou uma empresa de engenharia civil para analisar este processo, a JFA Engenharia, e a mesma coloca-se ao lado da posição dos dois professores da Universidade do Porto. Veja de seguida um vídeo com a reportagem da RTP sobre este assunto.

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