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quarta-feira, 25 de julho de 2012

AMOP nos Jogos Olímpicos de Londres

A AMOP destacou-se por ser a empresa fornecedora dos novos Equipamentos de Segurança Urbana de Londres, que vai albergar os Jogos Olímpicos deste ano. Amop Camden Bench expressa um novo conceito de Design de Equipamento Urbano de Segurança, um elegante projecto, num dos mais importantes distritos da cidade de Londres, “Camden Town”.

Este projeto foi desenvolvido em parceria com a "Factory Furniture", contando com a consultadoria de diversos órgãos de segurança, sendo as peças certificadas pelo CPNI.
A actividade exportadora da AMOP já representa cerca de 40% do seu volume de negócios, confirmando a o crescente peso da internacionalização, em todas as áreas de negócio do grupo.
Sobre a AMOP
A AMOP é a uma marca industrial portuguesa de mobiliário urbano, pavimentos e revestimentos, com elevada notoriedade e reconhecimento do seu “Know How” e Design Industrial internacional.

A originalidade e a diversidade das suas soluções, resultam da sua aposta nas sinergias industriais e criativas, articulando a complementaridade industrial nas diferentes áreas de negócio, com uma estreita colaboração com designers e arquitetos de excelência, autores que ao longo dos últimos anos desenvolveram com a AMOP novas soluções arquitetónicas.

A AMOP conta 39 anos de história e tem hoje uma presença internacional nos cinco continentes: Europa, América, África, Ásia e Oceânia.

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terça-feira, 19 de junho de 2012

Londres 2012 - Vida Saudável e Jogos Olímpicos (II)

Muitas vezes acontece que no mercado as laranjas têm um verniz para lhe dar mais cor, para que fiquem mais bonitinhas e vender mais! Isso é proibido! As laranjas ficam assim disfarçadas. E claro na casca ficam depositados os agro-tóxicos! Estes trazem problemas com seu manuseio até para os camponeses. Agora a agricultura orgânica, aquela sem agro-tóxicos é outra coisa! Na Europa uma alface menor, aliás orgânica, custa mais caro que una mais grandona de vivas cores, esta sim com agro-tóxicos. Lembremos que o alimento bom para o consumidor é bom para o meio ambiente.

O estilo de vida saudável está muito ligado a outros temas sustentáveis; e aos princípios da saúde e da felicidade do “One Planet Living” ®. O comitê organizador dos Jogos e seus parceiros estão comprometidos em maximizar os benefícios para a saúde dos espectadores, para a força de trabalho, e para o Reino Unido todo. Enquanto aos parceiros dos Jogos temos a Coca-Cola, Mc Donald´s, os chocolates Cadbury mmm…E ainda parceiros de energias sustentáveis como EDF Energy, BT, etc
O masterplan das Olimpíadas compreende atuações nas áreas de Saúde & Segurança, como as temos também na indústria: HSE & S, quer dizer Health, Safety (proteção), Environment & Security (patrimônio). E também melhoras da terra contaminada, limpeza das vias de água poluídas, qualidade do ar, e claro a alimentação sadia.
Desde Outubro do 2006, foram feitas 3.000 pesquisas para vasculhar e mapear as áreas poluídas. Lembrando que as Olimpíadas de Beijing foram no 2008, as de Londres acontecem no 2012, quanta antecedência e previsões! Óptimo. Aconteceu que solo estava contaminado com azeite, petróleo, alcatrão, cianeto e arsénico (são venenos), chumbo; e baixos níveis de radioatividade.

Tudo isso após décadas de uso industrial sem controle. Então para construir as instalações e a infra-estrutura, foi necessário fazer a limpeza e ordenar um território das 245 hectares. Assim foram demolidas 200 edificações, o 97% do entulho foi reusado, por exemplo para fazer o concreto; o que significa que esse 97% não foi para o aterro sanitário! Maravilhoso! Também 8 prédios de estrutura de aço tiveram retrofit para serem usados como prédios de escritórios. Atenção engenheiros e arquitetos: sua responsabilidade não termina quando a obra é entregue ao dono, é necessário ter mais responsabilidade com nosso meio ambiente.
Finalmente com as escavações foram descobertos 140 sítios arqueológicos da pré-história, da época romana, e da vitoriana; 2.000.000 m³ de terra foram deslocados para fazer a base da “grande edificação“ do Olympic Park.


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Artigo escrito por Roberto Steneri, Arquitecto e Urbanista pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-Brasil. Por convite escreveu um book review para o Journal of Latin American Geography da Universidade do Texas.

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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Londres 2012 - Vida Saudável e Jogos Olímpicos (I)

Com muita alegria mesmo estou escrevendo isto, pois vamos falar de vida saudável nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos em Londres 2012. O lugar onde foi construído o Parque Olímpico era uma região danificada por décadas de uso industrial, água de pouca qualidade, e pouco acesso para o público todo. Estes Jogos foram uma maravilhosa oportunidade, para limpar as 245 hectares deste Lower Lea Valley. Este foi um aspecto importante na candidatura de Londres para hospedar os Jogos. Mas também é bom lembrar como o Reino Unido conseguiu limpar o poluído rio Tamisa, um ícone de Londres como o rio Sena é de Paris.

A visão dos organizadores dos Jogos é: “Inspirar ao povo do Reino Unido a fazer desporto e desenvolver um estilo de vida mais ativo, saudável e sustentável”. O que significa que se você vai de carro a fazer as compras e não é capaz de caminhar esses sete quarteirões, não é um cara ativo! E claro se você fuma, e até contamina com sua fumaça aos que compartilham esse momento; é um cara não sadio além de egoísta! E se vai dirigindo e joga fora pela janela sua latinha não é um cara sustentável, você é um cara sujo! Alguns dos grandes benefícios para saúde estão sob nosso controle: boa comida (hamburger todos os dias vade retro!), compromisso em fazer desporto, ioga e meditação, e até dança de salão. A vida saudável inclui o acesso aos espaços verdes de boa qualidade, o que entusiasma o pessoal a praticar desporto e as crianças a brincar.
E também morar e trabalhar num ambiente sadio, com ar puro, árvores e flores. Há estudos do aumento da produtividade dos funcionários das empresas, quando eles trabalham nestas ótimas condições. As caminhadas e a bicicleta são atividades sem contaminação, também os alimentos sadios que vêm da agricultura responsável com o meio ambiente. Este estilo de vida saudável está muito ligado a outros temas sustentáveis; e aos princípios de saúde e felicidade do “One Planet Living” ®, como vemos no vídeo. Mas para fazer tudo isso é necessário atitude, coaching!! Estamos assim melhorando nossa qualidade de vida, nosso bem-estar e a nossa felicidade. O que vocês acham disso?
Uma vez li que um engenheiro costumava fazer cooper e caminhada todas as manhãs, antes de ir ao seu escritório. Ele dizia que após disso seu trabalho era bem mais criativo. O qual requer concentração, tomar decisões corretas, e até suportar algum cliente chato. As Olimpíadas também são uma oportunidade de fornecer saúde, às comunidades carentes do leste de Londres. Para isso o caminho é a melhora da sua vida económica, isto significa desenvolver um ambiente favorável à criação de empregos e microempresas. Pois o assunto é ensinar a pescar, não só dar peixe.

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Artigo escrito por Roberto Steneri, Arquitecto e Urbanista pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-Brasil. Por convite escreveu um book review para o Journal of Latin American Geography da Universidade do Texas.

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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Londres 2012 - Resíduos e Jogos Olímpicos (IV)

Os Jogos Olímpicos são uma ótima oportunidade, de inspirar mudanças na gestão dos resíduos no sector de eventos, focados no conceito fundamental de “lixo é recurso”. Foram feitos detalhados estúdios para estimar a quantidade total de resíduos emergentes na época dos Jogos, eis os resultados: aproximadamente 8.250 toneladas de lixo operativo serão geradas, o 60% no Olympic Park. Aproximadamente o 40% dos resíduos serão alimentos o embalagens contaminados pelos alimentos. Por isso os parceiros dos Jogos como Coca-Cola, Cadbury, Mc Donalds), estão focados em que o lixo seja minimizado com ótimos sistemas de gestão. Isso chama-sede de Responsabilidade Social Empresarial.

Por exemplo, com embalagens recicláveis de alimentos, de preferência de um só material. Com as caixinhas de tetrapak é difícil, pois têm plástico, papelão, foil de alumínio. A Tetrapak do Brasil providencia aulas de reciclagem, e há empresas fabricando telhas para casas com as caixas, e criando assim emprego e negócios. Com isto impedimos que as caixas cheguem ao aterro sanitário ou pior ainda terminem nas ruas ou vias aquáticas.
Nos Jogos há um sistema de lixeiras para a coleta seletiva, com cores de fácil compreensão para todos os visitantes estrangeiros. Os organizadores sempre falam da herança após Jogos, neste caso trata-se da transferência de conhecimentos sobre a gestão de resíduos, no sector eventos. Enquanto a herança está se organizando um esquema de gestão do lixo, com monitoração contínua e relatórios, e treinamento de voluntários. Os Jogos são um caso excepcional pela grande quantidade de instalações temporárias, enquanto as instalações permanentes foram construídas só no caso tenham uso pós-Jogos.
A desmontagem das instalações normalmente é rápida, se produzindo um monte de resíduos e danos! Por isso é importante o controle do processo. E multas, não adianta só controles sem sanções! E atenção engenheiros: há preferência da desmontagem sobre a demolição; por isso as estruturas metálicas como as do Olympic Stadium são parafusadas, sem solda. Após a desmontagem vem a re-distribuição dos equipamentos usados, como móveis para as escolas, é a herança.

Hoje estamos encerrando este assunto dos resíduos, no próximo encontro vamos ver outro dos 5 eixos destes Jogos Olímpicos, o estilo de vida saudável: Healthy Living.

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Artigo escrito por Roberto Steneri, Arquitecto e Urbanista pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-Brasil. Por convite escreveu um book review para o Journal of Latin American Geography da Universidade do Texas.

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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Londres 2012 - Resíduos e Jogos Olímpicos (III)

Vamos ver um pouco mais este assunto sério dos resíduos, o qual a maioria das vezes não é tido em conta pelos arquitetos e engenheiros no canteiro de obra, um puxão de orelha para eles. Tão importante é, que existem diversos cursos pós-graduação nas faculdades de engenharia sobre o particular. Mas este sério assunto deve ser focado com criatividade, como neste anúncio de uma empresa fabricante de diversos tipos de recipiente, para coleta seletiva de resíduos. Ou ainda pode ser focado com humor para educar ao público, como vemos nesta imagem de uma campanha, para as pessoas jogar a pastilha elástica nos recipientes para resíduos na rua.

É muito encorajador, o fato de que o pessoal do Comité Organizador leva a sério as práticas de gestão dos resíduos. Há estudos sobre tipos e volumes destes nos Jogos. Sendo atingidas metas como o 98% do material de demolição foi reciclado ou reusado. Como já vimos o 80% do solo do Olympic Park foi limpo e reusado. Foi escolhida uma empresa, para fazer possível que o 90% dos resíduos da construção não foram para o aterro sanitário e sim pelo contrário, foram para o reuso ou para a recuperação. Esta meta está sendo atingida, e obviamente significa melhores práticas industriais num Mega-evento como este. Temos o Waste Consolidation Centre WCC, que faz a seleção dos resíduos vindos de 17 empreiteiros no parque tudo. Estes materiais incluem madeira, tijolos, concreto, plástico, metais, resíduos de escritórios. Importante é o fato de como os empreiteiros participam das auditorias, para mostrar como elas estão minimizando seu lixo.
Adicionalmente os empreiteiros estão trabalhando com os fornecedores, para lhes retornar os pellets e outras embalagens. Para reduzir os deslocamentos dos camiões e as emissões de CO², foi instalada no local uma máquina de produção de aparas (chips)de madeira para ser usado como combustível. Também há outra para moer e compactar betão e tijolos de demolição. Na imagem abaixo vemos as diversas etapas de construção do Olympic Stadium.

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Artigo escrito por Roberto Steneri, Arquitecto e Urbanista pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-Brasil. Por convite escreveu um book review para o Journal of Latin American Geography da Universidade do Texas.

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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Londres 2012 - Resíduos e Jogos Olímpicos (II)

Seguindo com o Programa de Gestão dos Resíduos nos Jogos Olímpicos, temos seis níveis de hierarquia desde o melhor para o meio ambiente até o pior:

- Redução do consumo, o que significa que se você tem 20 pares de sapatos não é uma pessoa sustentável.
- Reutilização das coisas, por exemplo, essas campanhas de doação de roupa de abrigo no inverno.
- Reciclagem e compostos... é o adubo orgânico, como vemos na imagem.
- Uso de novas tecnologias para poupar energia.
- Queima de lixo para produzir energia.
- O lixo vai para o aterro sanitário: vade retro, satanás!
Enterrar lixo no aterro sanitário não é de jeito nenhum uma opção sustentável no longo prazo, pois é criado ali gás metano, o mais potente gás de efeito estufa, mais ainda que o CO². E temos os resíduos perigosos como o lixo-electrónico e as lâmpadas de baixo consumo que tem mercúrio! Mas também há emissões de CO² com o transporte do lixo até o aterro. Sem falar que quando enterramos resíduos, também enterramos a energia embutida neles; é a energia usada na fabricação dos produtos. Enterrar energia é enterrar dinheiro, e você não vai fazer isso, não é?
Os resíduos -e não o lixo- são um nobre negócio, por isso o desenvolvimento deste Mega-Evento mundial providencia a oportunidade de criar a micro-economia do resíduo eficiente, instalando a infra-estrutura e os processos para minimizá-los, e maximizar seu o reuso e a sua reciclagem. Neste caminho o Londres 2012 almeja atingir novos padrões de redução de resíduos e aproveitamento dos recursos.
As áreas prioritárias para a acção incluem o desenho das edificações olímpicas, e a da herança das instalações para operar com eficiência, tanto como possível. Também a redução dos resíduos durante a construção, operação, demolição, ou reconversão (esta última é a melhor) de ambas instalações: as permanentes e as temporárias. Nas fundações do Acquatic Centre, Handball Arena e Olympic Stadium foi usado betão com 30% de materiais reciclados.
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Artigo escrito por Roberto Steneri, Arquitecto e Urbanista pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-Brasil. Por convite escreveu um book review para o Journal of Latin American Geography da Universidade do Texas.

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segunda-feira, 14 de maio de 2012

Londres 2012 - Resíduos e Jogos Olímpicos

Hoje vamos tocar um daqueles cinco temas-eixo dos Jogos Olímpicos: os resíduos. A visão do Comité Organizador é: “Fazer entrega de uns Jogos Zero Resíduos, demonstrando exemplares práticas de gestão deste recurso e promover mudanças de comportamento permanentes.” Mas tudo isto para honrar o compromisso de “Jogos Zero Resíduos”, feito na apresentação da candidatura para sediar os Jogos Olímpicos na cidade de Londres. Mas o que significa Zero Resíduo? Zero Resíduo é definido como zero lixo indo directo ao aterro sanitário no período dos Jogos. É uma meta ambiciosa, pois os Jogos Olímpicos e os Jogos Para-Olímpicos têm em conjunto uma duração de 77 dias. Achei interessante o facto que eles falam de resíduos como recurso, e isso significa dinheiro!

Se as pessoas não tivessem essa miopia, enxergaria o lixo jogado alegremente nas ruas, ou ainda nas caçambas dos canteiros de obra - atenção arquitectos e engenheiros - como dinheiro! E acho maravilhoso fazer a promoção de mudanças de conduta duradouras, isto referido aos nossos hábitos de consumo.
Os Jogos estão apelando à sua capacidade de liderança, pois quantos milhões de telespectadores vão assistir eles no mundo todo? A sonhada meta é ir criando um estilo de vida “baixo-resíduo”, muito diferente ao existente hoje, já deu para pensar como às vezes no embrulho para um presente quantos diversos papéis e fitas têm? E claro que é boa coisa começar isso já na infância, como vemos na imagem.
Com orgulho britânico os organizadores dizem: “um dos mais visíveis elementos de sustentabilidade dos Jogos Olímpicos vai ser com certeza a gestão dos resíduos”. O Comité Organizador e os parceiros (Coca-Cola, Cadbury, Mc Donalds), estão focados em que o lixo seja minimizado já desde o programa dos Jogos. E também desde o planeamento da herança pós-Jogos, mostrando como a redução dos resíduos e a reciclagem faz sentido económico e meio ambiental. No fim não é um bom negócio cuidar dos nossos recursos naturais?

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Artigo escrito por Roberto Steneri, Arquitecto e Urbanista pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-Brasil. Por convite escreveu um book review para o Journal of Latin American Geography da Universidade do Texas.

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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Londres 2012 - Energia nos Jogos Olímpicos

Vamos falar do uso eficiente da energia nos Jogos Olímpicos e Jogos Para-Olímpicos. Para providenciar a força necessária temos o Olympic Park Energy Centre, o qual foi inaugurado no ano 2010, dois anos antes dos Jogos. É uma das maiores usinas de cogeração do Reino Unido, mas o que é cogeração? Cogeração ou CCHP - combined cooling, heat & power - significa que vai fornecer a força, o aquecimento, e a refrigeração, necessários para os Jogos. Acontece que muitas vezes ao gerar energia só um 35% do combustível é transformado em força, há um subproduto que é o calor, o qual é desperdiçado, pois é emitido ao meio ambiente, ainda que você não acredite.
Ao invés estes CCHP fornecem eletricidade, calor e refrigeração para diversos usos, sua eficiência pode ser bem maior: 86%. Este Energy Centre já é sustentável desde o pique, pois além da nova construção foi aproveitado um antigo moinho da época Victoriana, os Kings Yard Industrial Buildings, que podem ver na imagem seguinte.
Mas também é sustentável, pois é flexível, para permitir no futuro as novas tecnologias da energia ser empregadas no momento que surgirem. Esta usina inclui boilers que usam biomassa, neste caso são aparas de madeira (woodchip), e gás natural para gerar calor. Também há uma rede de linhas de 16 km saindo deste Energy Centre para fornecer água quente doméstica, e também aquecimento para as piscinas do Aquatics Centre e outras instalações.
Mas também temos outro Energy Centre, este construído em Stratford City, é também um CCHP. As duas usinas, vão servir ao futuro desenvolvimento urbano no Leste de Londres após os Jogos de 2012, pois estão já sendo planeados cinco novos bairros. Algo a salientar é a capacidade dos britânicos para planear seu futuro: na Segunda Guerra Mundial enquanto as bombas caiam sobre Londres, nos subterrâneos os técnicos estavam já desenvolvendo os planos para a reconstrução da cidade. E há poucos anos, assumindo que o nível do mar vai subir, eles estão planeando o deslocamento das povoações à beira-mar.

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Artigo escrito por Roberto Steneri, Arquitecto e Urbanista pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-Brasil. Por convite escreveu um book review para o Journal of Latin American Geography da Universidade do Texas.

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domingo, 29 de abril de 2012

Londres 2012 - As Mudanças Climáticas e os Jogos Olímpicos

A queima de combustíveis fósseis, as mudanças no uso do solo, os diversos processos industriais: tudo isso está adicionando mais gases de efeito estufa na atmosfera, em especial dióxido de carbono CO². Mas acontece que a maioria das atividades associadas com o uso das instalações e hospedagem dos Jogos Olímpicos é causadora de emissões de gases efeito estufa, é o que se chama de “pegada de carbono”. Estas emissões estão relacionadas com a mudança climática, mas com diversas medidas adotadas foi possível reduzir a pegada ecológica a 19 milhões de toneladas equivalentes de CO², ao invés dos 34 milhões de toneladas originais. A visão dos organizadores é entregar estes Jogos com baixas emissões de CO² e mostrar como é possível adaptar-nos a um mundo mais e mais afetado pela mudança climática.

O coração das instalações é o Energy Centre (nas imagens) construído na parte oeste do Olympic Park. Ele vai fornecer força, aquecimento, refrigeração, para os Jogos e para as novas edificações e comunidades a serem desenvolvidas após 2012, pois o tema da herança pós-Jogos está sempre presente.
O planeamento dos Jogos está em sintonia com o Protocolo de Kioto, mas este Protocolo expira este ano. Tomara que no Cume da Terra no “Rio + 20” nós tenhamos boas notícias para o nosso planeta Terra! Há também uma Estratégia de Gestão do Carbono que inclui a medição da redução das emissões, encorajando aos operadores dos Jogos a adotarem melhores práticas meio ambientais, e a implementação de estratégias de adaptação com foco na herança pós-Jogos.
E também o verde é importante para a luta contra os gases de efeito estufa, daí a construção desta maravilhosa zona de parques, como vemos no vídeo.

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Artigo escrito por Roberto Steneri, Arquitecto e Urbanista pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-Brasil. Por convite escreveu um book review para o Journal of Latin American Geography da Universidade do Texas.

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segunda-feira, 23 de abril de 2012

LONDRES 2012 - O que são os Jogos Olímpicos?

Na realidade trata-se dos Jogos Olímpicos e os Jogos Paraolímpicos de Verão, mas podemos dizer também que eles representam uma épica mega-operação de requalificação urbana de Londres. As imagens valem por mil palavras, na primeira temos o Lower Lea Valley uma ex-zona industrial até agora contaminada, e abaixo a visão do Olympic Park. A escolha deste local é baseada em considerações de sustentabilidade, pois a área é acessível aos transportes públicos, e pelo grande potencial de regeneração que os Jogos poderiam impulsionar. O coração destes Jogos é o Olympic Park, de 246 hectares na zona Leste de Londres, num local rodeado por algumas das diversas comunidades mais pobres do país, e no lado oeste do rio Tamisa. A ideia é potenciar a vida dessas pessoas, valorizando a zona com diversas melhorias em infra-estrutura, e com educação, empregos e oportunidades de negócios; aliás, isto é responsabilidade social empresarial.
O parque vai acomodar 10 instalações desportivas, o Olympic Village, os centros da comunicação social, e a nova zona de parques construída ao redor das vias aquáticas do Lea Valley. Após os Jogos, algumas destas instalações serão conservadas, e outras vão ser desmontadas; pois só foram construídas as instalações permanentes que tenham uso pós-Jogos. Esta maravilha tuda inclui novas áreas de parque a serem executadas, e a construção de milhares de novas casas no Leste da cidade.
Finalmente, como podemos ver neste vídeo foram escavados, limpados e feitos paisagem 1,5 milhões de m³ de terra, formando assim um dos maiores parques urbanos na Europa em 150 anos!

Se gostou deste artigo, leia também: Londres 2012 - O que é sustentabilidade?

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Artigo escrito por Roberto Steneri, Arquitecto e Urbanista pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-Brasil. Por convite escreveu um book review para o Journal of Latin American Geography da Universidade do Texas.

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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Londres 2012 - O que é sustentabilidade?

Os Jogos Olímpicos de Londres 2012 vão ser os primeiros Jogos sustentáveis da história. Mas o que significa “sustentabilidade”? Na prática é isto: na primeira imagem abaixo temos o estádio de volley-ball de praia dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, o qual está sem uso e carente de manutenção. Na segunda imagem vemos o Olympic Stadium de Londres 2012, o qual vai ser ajustado de 80.000 para 25.000 cadeiras após os Jogos, pois ele é desmontável. O que significa que a sustentabilidade - entre outras coisas - não é o desperdício dos recursos do planeta!

(Estádio de voleibol de praia dos Jogos Olímpicos de Pekin 2008) 
(Estádio Olímpico de Londres)

Os britânicos dizem com convicção que se todo o mundo consumir como eles fazem, seriam necessários os recursos de 3 planetas terra! Quer dizer que se você tem na sua casa 20 pares de sapatos, você não é uma pessoa sustentável. Acontece que a sustentabilidade e a nossa sociedade do consumo vão por caminhos diferentes! A sustentabilidade tem 3 patas, a ambiental é a mais óbvia; logo temos a pata económica que significa que se fabrico eco-pinturas por exemplo que são caras e não consigo vender, isso não é sustentável. Finalmente a pata social; se em uma empresa uso mão de obra infantil isso claro que não é sustentável, e ainda é crime. Agora que já sabemos do que se trata o assunto, posso dizer que os Jogos Olímpicos de Londres 2012 estão baseados em 5 eixos que vamos revelar em sucessivos artigos: mudança climática, resíduos, biodiversidade, inclusão social e estilo de vida saudável.

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Artigo escrito por Roberto Steneri, Arquitecto e Urbanista pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-Brasil. Por convite escreveu um book review para o Journal of Latin American Geography da Universidade do Texas.

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