quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Falta de mão-de-obra especializada é um problema para a construção em Portugal

Albano Ribeiro, presidente do Sindicato da Construção Civil de Portugal, revelou preocupação com a falta de mão-de-obra qualificada em Portugal para a área da construção civil, porque há cerca de sete anos emigraram “mais de 200 mil trabalhadores do setor” e não pensam em regressar, porque estão a “ganhar três vezes mais do que em Portugal”.

Além disso Albano Ribeiro revelou ainda preocupação pelos trabalhadores reformados que estão a regressar ao setor com 70 anos e mais, porque têm uma reforma de cerca de “400 euros”, adiantando que chegam através de “angariadores de mão-de-obra”, que “não cumprem a legislação aplicável ao setor em matéria de segurança, salários e impostos”.

No balanço que o sindicato apresentou do setor da construção civil em 2017, o setor da construção em Portugal criou em 2017 mais do dobro dos postos de trabalho face ao ano anterior, de 6 mil para 15 mil, e morreram 33 pessoas em acidentes de trabalho, menos 9 que no ano anterior.
A questão da dificuldade de arranjar mão-de-obra especializada e o aumento do volume de trabalho são duas questões que se interligam e ajudam a explicar a dificuldade que atualmente as empresas de construção portuguesas têm em sub-contratar mão-de-obra... Seja pela sua escassez, seja pela inerente subida dos preços.










5 Comentários:

Abel M. J. Silva disse...

Só uma pequena informação: esse material, em português, chama-se bambu, sendo a palavra bamboo pertencente à língua inglesa.

Rosy Barbosa disse...

Conheço um excelente profissional brasileiro que é mestre de obras e deseja trabalhar em Portugal,tem algum site para o envio de currículo? Att Prof Rosy Barbosa

Manuel Louro disse...

Comecei como aprendiz nas obras com 13 anos,e tenho 54...
Trabalho na Islandia e pretendo voltar para Portugal..
Tenho carta de condução pesados com reboque e máquinas e faço de tudo nas obras incluindo leitura de progeto e conhecimentos em higiene e segurança no trabalho e chefia....
Manuel tel.003547881169 mjsantos500@gmail.com

Paulo Santos disse...

Paguem valores justos que os trabalhadores aparecem.

Ricardo Castel-Branco disse...

O problema da falta de qualificação profissional não é exclusivo do sector da construção civil.
É uma questão transversal à sociedade portuguesa, para a qual alertaram vários especialistas desde há décadas.
Se alguns governos mostraram preocupação com esse aspecto, outros foram deixando a questão cair no esquecimento, como se alegremente o mercado se encarregasse de fazer o problema resolver-se por si próprio.
Os próprios empresários carecem muito de cultura e formação, sendo muitas vezes os principais responsáveis pela "fuga" de profissionais qualificados, tanto assim sendo, que têm na representação dos sectores empresariais, indivíduos que se batem constantemente pelo argumento de "salários baixos" como factor de competitividade.
O custo do trabalho é um polinómio de vários factores, e dentre esses, a eficiência do trabalho é o que mais pesa no custo final da produção.
Ora, para atingir valores de eficiência no trabalho, é preciso ter uma capacidade de planear, organizar, gerir e monitorizar a produção, que as empresas muitas vezes não têm, porque não se rodeiam de técnicos qualificados e pagos condignamente para fazerem valer os seus conhecimentos nessas áreas.
Grande parte das empresas do setor, gerem o trabalho "a sentimento", de forma muito empírica e na maior parte das vezes de forma reactiva, e não de forma proactiva.
Portugal carece de gente, a todos os níveis, que antes de "deitar mãos à obra", pense a obra como um todo, e saiba reunir as condições para que a mesma decorra com normalidade e sem sobressaltos... Mas para isso é necessário que as empresas e os empresários (patrões), entendam o real valor dos seus técnicos e trabalhadores enquanto factor de eficácia, e não como um custo... pensamento esse que é um dos cancros da produtividade em Portugal.

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