quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Mercado Imobiliário em Outubro mantém optimismo

O Imovirtual Market Index, (IMI) indicador que reflete a expectativa dos agentes imobiliários em Portugal, desenvolvido pela REVConsultants, evidenciou a manutenção dos níveis de optimismo imobiliário no mês de Outubro. Embora com ligeiro ajuste face ao mês anterior, a manutenção dos níveis de optimismo foi evidente e ficou a dever-se a uma aparente melhoria do dinamismo imobiliário, em particular no que concerne ao número de transações realizadas, a um novo ajustamento em baixa do tempo médio de absorção, tanto no segmento de mercado para venda, como para arrendamento e à manutenção de elevadas expectativas, de curto prazo, relativas ao desenvolvimento da atividade.

Este indicador, que reuniu este mês respostas de 224 Empresas de Mediação Imobiliária, Angariadores Imobiliários, Empresas de Gestão e Administração de Imóveis e Promotores e Investidores Imobiliários, reflecte no mês de outubro:
  • A diminuição do tempo médio de venda do imóvel, sendo este o mais diminuto desde o início da série. De facto, a colocação de imóveis residenciais para venda assegurou uma sua absorção em 11,9 meses (valor bastante inferior à média dos últimos 3 trimestres, que se situou em torno 13,9 meses).
  • No referente a imóveis para arrendamento, o tempo médio de absorção rondou os 3,8 meses, registando igualmente um valor diminuto e bastante inferior à média observada desde Abril último (um pouco abaixo dos 5 meses).
  • 63,8% da Procura Imobiliária em Outubro foi orientada para Apartamentos
  • 40,4% da Procura Imobiliária concentrou-se no distrito de Lisboa
  • 57,7% da Procura Residencial demonstrou-se interessada em arrendar
  • 50,8% da Oferta Imobiliária em Outubro encontra-se alicerçada em Apartamentos
  • 27,2% da Oferta Imobiliária encontra-se localizada no distrito do Porto e 23,5% no distrito de Lisboa
  • 88,0% da Oferta Residencial encontra-se vocacionada para o mercado de Venda

Desagregando o âmbito de análise no mês de Outubro, importa destacar as seguintes dinâmicas:
  • 42% dos participantes no inquérito mencionou um aumento do produto em carteira (tanto em termos de valor, como em termos de volume) e 45% referiu uma sua manutenção em níveis do mês anterior;
  • 46% dos inquiridos registou um aumento de visitas de potenciais interessados, sendo que apenas 11% mencionou uma eventual contracção deste indicador;
  • 53% dos inquiridos observaram uma estabilização no que concerne à concretização das transações, e cerca de 34% dos profissionais mencionou inclusivamente um aumento dos negócios efetuados (destacando-se com o valor mais elevado desde o início da série);
  • 51% das respostas obtidas apontam para um comportamento estável em termos da atividade imobiliária, valor que contrasta com os 12% de opiniões expressas que referem um decréscimo do dinamismo observado.
Perspectivas futuras
No que concerne a expectativas futuras de curto prazo e ao nível da evolução de preços, 65% dos inquiridos prevê a manutenção dos índices de confiança, sendo que 25% dos profissionais antecipa um eventual aumento dos valores de mercado. Colocando o foco no dinamismo da actividade, as expectativas de 53% dos inquiridos apontam para uma melhoria (otimismo superior ao mês anterior), e apenas 6% acredita numa hipotética deterioração das condições em que o mercado imobiliário actua.

De referir, em termos estruturais, que do total dos inquiridos, 70% centralizam-se nos distritos de Lisboa, Porto e Setúbal e que as empresas de mediação imobiliária inquiridas centram maioritariamente a sua atividade no segmento residencial (tal como seria de esperar).

O mercado imobiliário é influenciado por uma multiplicidade de estímulos, pelo que, no mês de Outubro, e seguindo a tendência de meses anteriores, destacaram-se os seguintes:
  • A restritividade bancária, que registou uma representatividade de 52% (valor inferior ao registado nos últimos meses, mas que não é suficiente para se reportar uma qualquer descompressão na concessão de crédito à habitação por parte das instituições financeiras);
  • A instabilidade no mercado de trabalho, com uma incidência de cerca de 49% das respostas obtidas (valor em linha com o reportado no mês de Setembro);
  • A diminuição do poder de compra, de acordo com 46% dos profissionais que participaram no inquérito.










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