segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Primeira Demão: Carpintaria criativa e Renovação

Na marca portuense “Primeira Demão” encontramos carpintaria criativa e renovação pelas mãos da arquitecta Patrícia Barbosa que transforma o passado em presente, reinventando objectos que nos remontam para outro tempo. Armários sem portas, cadeiras carcomidas pelo implacável passar dos anos, sem estofos, sem serventia e velharias oferecidas ou abandonadas ganham nova vida tocadas pelas hábeis mãos que dançam ao som de uma tradição renovada.

O seu trabalho toca várias esferas da criação. Apaixonada pelo universo dos objectos esquecidos, Patrícia gosta de explorar a beleza banal que encontra no dia-a-dia. Sob o mote original “Procuro monos!” a arquitecta nascida na Invicta encontra na reutilização e renovação dos materiais uma verdadeira vocação. Procurando resolver os problemas práticos do quotidiano de forma criativa, Patrícia Barbosa acredita que quando algum objecto está estragado é possível, não só melhorá-lo, mas também transformá-lo.

Na Primeira Demão encontram-se peças que contam histórias, conseguidas com a frequente introdução de apontamentos que conferem aos trabalhos de restauro um cunho muito próprio.
Por um arquitecto fala a obra própria e a de Patrícia Barbosa revela diversidade e a leitura honesta do lugar e das pessoas. O seu trabalho baseia-se na experimentação das técnicas tradicionais da manufactura, enquanto testa novas soluções, dando origem a verdadeiras criações exclusivas.

Cada produto é o resultado da imaginação e da técnica, reflexo puro de uma forma de estar que se traduz numa linguagem divertida ilustrada com imagens do passado.

A “mão” que reconstrói
O fascínio desta portuense pelas artes plásticas surgiu de um constante questionar de hábitos, realidades e formas de expressão. Essa curiosidade levou-a a concorrer a uma Residência Criativa na Escola de Artesanato de Santo Amaro do Pico, nos Açores, onde teve a possibilidade de aprender as técnicas e desenvolver um projecto pessoal em conjunto com artesãos e carpinteiros numa verdadeira troca de experiências e saberes que deu origem ao projecto “Namoradeira de Santo Amaro”. A peça, nascida a partir da união de duas cadeiras tipicamente açorianas, acabou por encontrar um lugar na memória colectiva daqueles que acompanharam todo o processo produtivo e que nela reconheceram o amor pela ilha.
Depois dos Açores, entusiasmada pelas ilhas e motivada pela curiosidade em relação à tradição escandinava no design de mobiliário e na construção em madeira, Patrícia Barbosa rumou ao Arquipélago de Turku na Finlândia para participar num aliciante projecto de voluntariado europeu de protecção ambiental que lhe conferiu a oportunidade de trabalhar na manutenção das tradicionais "summer cottages" e dos barcos de madeira característicos da região.

Empreendedora e aventureira, arquitecta de formação e artesã por vocação, Patrícia encontrou na oficina um lugar onde pode construir os seus projectos com as próprias mãos, rendendo-se à capacidade de comunicação do design e do restauro em particular.










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