quinta-feira, 16 de junho de 2011

Arquitecto argentino recomenda aos angolanos a utilização de matéria-prima nacional

O arquitecto argentino Mauricio Gandulha recomendou hoje (quarta-feira), em Luanda, aos empreiteiros angolanos a utilizarem a matéria-prima nacional na construção dos seus projectos por estas apresentarem qualidades aceitáveis.

Falando à Angop no âmbito do X Congresso da União Africana dos Arquitectos, o especialista disse ser importante a utilização de materiais locais nas novas centralidades em edificação no país para fortalecer a economia do país.

Dos materiais que podem ser utilizados, o também mestre em cultura construtiva, destacou o adobe, madeira, granito, dentre outros inertes que poderiam ser mais explorados.

Para Maurício Gandulha, que está em Angola desde 2000, este tipo de arquitectura valoriza a cultura dos povos e dá um maior prazer de habitabilidade.

“Uma casa feita com material local é mais arejada e mais económica em termos de construção e manutenção”, disse o especialista que foi prelector do tema “Construção com materiais locais para o desenvolvimento sustentável em Angola”.

Para sustentar a sua tese sobre a qualidade e durabilidade de materiais locais, o palestrante mostrou a imagem de alguns edifícios feitos com materiais locais em alguns países de África, com destaque no Irão onde existe uma mesquita erguida antes de Cristo (há mais de dois mil anos).

Cento e vinte arquitectos vindos da África do Sul, Sudão, Quénia, Marrocos, Nigéria, RD Congo, Congo Brazzaville, Zimbabwe, Ruanda, Uganda, Benin e Tchade participam no certame, que decorre até sexta-feira no Centro de Convenções Talatona (CCTA).

Sob o tema "África Glocal Arquitecture", o evento abordará ainda o novo conceito de urbanização "Kimbópolis", que resulta da subposição de dois temas Kimbo (zonas rurais) e Polis (cidade).

O encontro está dividido em quatro subtemas: "A Geo-urbanidade (território)”, "Sistemas e Redes (construção de infra-estruturas)”, " Habitats e Culturas (industriais)” e habitação (construções de residência de alta, media e baixa renda)”.

Fonte: ANGOP










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